faça sua pesquisa

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

A FRATERNIDADE REAL NUMA PASSAGEM EMOCIONANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os exemplos falam mesmo mais numerosas palavras. E a vida do cidadão Chico Xavier precisa ser lembrada também por isso. Marcada por grandes dificuldades familiares, econômicas e sociais, serve de inspiração para muitas reflexões sobre ângulos geralmente esquecidos por nós em meio às tribulações em que nos vemos. A passagem a seguir demonstra isso. Conta ele: -“Em 1939, desencarnou um de meus irmãos, José Cândido Xavier, deixando sob nossa responsabilidade, a viúva com dois filhinhos. Em 1941 ela foi acometida de grave distúrbio mental. Depois de alguns meses o caso agravou-se requerendo internação numa casa de saúde mental em Belo Horizonte. Voltei para casa com o coração muito abatido. Era noite. O segundo filho de minha cunhada, com meu irmão, era uma criança paralítica, cega e surda-muda. A criança chorava e me enterneci muito ao ver o pequenino sem a presença materna. Sentei-me e comecei a orar. As lágrimas vieram-me aos olhos, ao lembrar meu irmão desencarnado muito moço ainda, a viúva tão cedo numa prova tão difícil! Na incapacidade de dar a ela a assistência precisa, senti que minha dor era muito grande! Achegou-se, então, a mim, o Espírito de nosso amigo Emmanuel. Perguntou-me porque chorava. Contei-lhe que, naquela hora eu me enternecia muito por ver minha cunhada numa casa de saúde mental em condições assim precárias. – Não! disse ele – você está chorando por seu orgulho ferido; você, aqui, tem sido instrumento para cura de alguns casos de obsessão, para a melhoria de muitos desequilibrados. Quando aprouve ao Senhor, que a provação viesse debaixo de seu teto, você está com o coração amargurado, ferido, porque foi obrigado a recorrer à assistência médica o que, aliás, é muito natural. Uma casa de saúde mental, um sanatório, um hospício, é uma casa de Deus. Você não deve ficar assim. Disse-lhe, então, que concordava e pedi-lhe como Espírito Benfeitor, que trouxesse a minha cunhada de volta ao lar, pois a criança, o seu segundo filho era paralítico e aquele choro atestava a falta que o pequenino sentia dela. Ela voltaria – afirmou-me. Mas aquele “Ela voltaria” poderia ser depois de muito tempo – o que de fato aconteceu só depois de dois anos. – Eu queria que ela voltasse depressa – disse a ele impaciente. – Imaginemos a Terra – respondeu-me – como sendo o Palácio da Justiça, e ela como sendo uma pessoa incursa em determinada sentença da Justiça. Eu sou seu advogado e você é serventuário no Palácio da Justiça. Nós estamos aqui para rasgar ou cumprir o processo? Para cumprir – respondi. Continuei, porém, chorando por observar o assunto ser mais grave do que pensava. – Por que você continua chorando? – disse ele. Querendo me agastar, diante de um Amigo Espiritual tão grande e tão generoso, disse-lhe: – Estou chorando porque, afinal de contas, o senhor precisa saber que ela é minha irmã! – Eu me admiro muito – respondeu-me – porque, antes dela, você tinha lá dentro naquela casa, trezentas irmãs e nunca vi você ir lá chorar por nenhuma. A dor Xavier não é maior que a dor Almeida, do que a dor Pires, do que a dor Soares, a dor de toda a família que tem um doente. Se você quer mesmo seguir a Doutrina que professa, ao invés de chorar por sua cunhada, tome o seu lugar ao lado da criança que está doente, precisando de calor humano. Substitua nossa irmã, exercendo, assim, a fraternidade.



No evangelho encontramos situações em que Jesus expulsa Espíritos malignos, que estão perturbando as pessoas, inclusive, causando doenças. Mas, não vemos Jesus tentando doutrinar esses Espíritos, como fazem os espíritas hoje, que querem lhes ensinar o evangelho. (comentário)

De fato, em nenhum dos casos apresentados, vemos Jesus com a preocupação de converter o obsessor. Todavia, ao que tudo indica, os evangelistas não escreveram tudo sobre Jesus, mas apenas o que julgaram mais importante, até porque os evangelhos só foram escritos muitos anos depois de sua morte. É possível, portanto, que os evangelistas tenham se fixado apenas nos casos em que o processo obsessivo era mais violento e assustador, casos mais conhecidos como possessão.

Sabemos que os Espíritos, nessas condições, não podem ser doutrinados: pelo menos, por enquanto. Por isso, no evangelho, foram chamados de Espíritos Malignos ou demônios. Não há possibilidade de acordo com eles, razão por que seria inútil insistir na sua conversão. Não é, porém, o caso da maioria dos obsessores atualmente, com os quais, em certos casos, se pode estabelecer um diálogo e se chegar a um entendimento.

Há 2 mil anos atrás – isto é, no tempo de Jesus - os seres humanos (tanto os encarnados como os desencarnados) eram, moralmente, muitíssimo mais ignorantes e violentos do que os de hoje. Em razão disso, a obsessão também era mais agressiva, mais invasiva, com repercussões muito mais graves no corpo e na alma das pessoas. E, com relação a esses Espíritos, como dissemos, não havia possibilidade de diálogo.

Jesus preferia a prevenção, já que o remédio para a obsessão era praticamente impossível, diante da agressividade desses Espíritos. O jeito, então, era evitar a obsessão e, para evitá-la, a maneira eficaz era reconciliar com os adversários, enquanto estavam encarnados, ainda nesta vida. Por isso, Jesus insistiu nesse ponto, recomendando: “ Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto está a caminho com ele”, ou seja, antes de ele desencarnar, buscando, assim, evitar futuros problemas de ordem espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário