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sábado, 27 de novembro de 2021

AFOGAMENTO - TRAÇO COMUM EM VÁRIAS HISTÓRIAS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

No riquíssimo acervo construído pelo médium Chico Xavier com as cartas psicografadas de forma mais intensa ao longo de mais de duas décadas, não faltam casos de pessoas que morreram por afogamento e voltaram para confirmar aos familiares que apenas o corpo teve interrompido o fluxo da vida. Eles sobreviveram para contar o sucedido nos momentos que marcaram e se seguiram à traumatizante experiência, bem como, revelarem indicadores dos fatores causais que determinaram o inesperado retorno ao Plano Espiritual. Além de provarem através de dados pessoais desconhecidos pelo médium, deram-lhes não só a certeza de que se reencontrariam e que se mantinham emocional e mentalmente ligados ao ambiente do lar em que conviviam. Dentre os relatos preservados em livros, destacamos: 1- Cleide Aparecida Rodrigues de Almeida, 20 anos, afogada na noite de 19 de fevereiro de 1980 após o carro em que saíra a passeio com amigo ter sido arrastado para o leito do Rio Tamanduateí que transbordara em meio às torrenciais chuvas que caiam sobre a capital paulista. 2– Os irmãos Fortunato, Jair (de 13 anos), Osmar (de 15) e José (com 16), mortos em 4 de dezembro de 1961, afogados na piscina em Fazenda de amigos de seus pais, em meio a tentativas de se salvarem, após um deles ter caído acidentalmente. Em sua mensagem, Cleide revela: -Aquela terça-feira de carnaval, para nós, foi realmente uma noite de redenção pela dor. Quando nos afastamos de casa para alguns minutos de entretenimento, ignorávamos que nos púnhamos a caminho de um ponto alto de vossa vida espiritual. A Terra física apresenta dessas surpresas. (...) Não choremos senão de reconhecimento a Deus pelo fato da vida não nos cercear a necessidade do resgate de certas contas que jazem atrasadas no livro do tempo. É verdade que o nosso veículo rodou no asfalto da rua para o curso do Tamanduateí, compelindo o nosso amigo Nelson e a mim própria à desencarnação violenta, mas é possível imaginar que os automóveis de hoje substituem as carruagens de ontem e sempre existiram perigosos cursos d´água, sobre os quais muitos delitos foram cometidos e ainda são perpetrados até hoje por espíritos que se fazem devedores perante as leis Divinas. O companheiro e eu estávamos empenhados a certa dívida do pretérito que, pela Misericórdia do Senhor, fomos chamados a ressarcir, em nosso próprio benefício”. Já José Fortunato, 21 anos após o terrível acidente em mensagem recebida em reunião publica de 19 de fevereiro de 1982 explica: -“Quando caímos nas águas da grande piscina, o Osmar, o Jair e eu estávamos sendo conduzidos pelos Desígnios do Senhor a resgatar o passado que nos incomodava. O sono compulsivo que nos empolgou foi algo inexplicável de que voltamos à forma da consciência, dias após o estranho desenlace. (...) Dois anos passados, fomos visitados por um amigo de nossa família que se deu a conhecer por Miguel Pereira Landim, respeitado e admirado por nossos familiares da Espiritualidade. Indagamos dele a causa do sucedido em nossa ida a Mogi. Ele sorriu e marcou o dia em que nos facultaria o conhecimento do acontecido em suas causas primordiais. Na ocasião prevista, conduziu-nos, os três, à Matriz do Senhor Bom Jesus, em Ibitinga. Entramos curiosos e inquietos. A igreja estava repleta de militares desencarnados. Muitos traziam as medalhas conquistadas, outros ostentavam bandeiras. Em meu coração passou a surgir a recordação que eu não estava conseguindo esconder. De repente, vi-me na farda de que não me lembrava, junto dos irmãos igualmente transformados em homens de guerra e o nosso olhar se voltou inexplicavelmente para as cenas que se nos desenrolavam diante dos olhos. Envergonho-me de confessar, mas a consciência não me permite recuos. Vi-me com os dois irmãos numa batalha naval, quando nós, na condição de brasileiros, lutávamos com os irmãos de república vizinha... Afundávamos criaturas sem nenhuma ligação com as ordens belicistas nas águas do grande rio, criaturas que, em vão, nos pediam misericórdia e vida... Replicávamos que em guerra tudo resulta em guerra”. 


RELAÇÃO ENTRE DOENÇA E PECADO - Alguns irmãos de outra crença – disse o ouvinte, disseram que doença é fruto do pecado e, quando o homem se converter a Jesus e não pecar mais, não haverá mais doença sobre a Terra. O que vocês tem a dizer sobre isso?

A simplicidade da história bíblica, conforme lemos no Gênesis, leva muita gente a uma visão ingênua da vida e do mundo. O Espiritismo, no entanto, vê a história de Adão e Eva como uma alegoria que sugere um padrão de conduta, e não como uma realidade, assim como percebe nas lendas e mitos de cada povo mensagens de ensinamentos morais. Não temos dúvida de que existe uma relação entre os males da vida e os erros que cometemos. Isso é inequívoco, em vista da Lei de Causa e Efeito, que rege todos os fatos do mundo.

Mas o sofrimento humano não se resume nisso. É claro que uma doença pode vir em consequência de um comportamento equivocado – como é comum nos casos de negligência com a saúde nestes tempos de pandemia – ou de de abusos ou vícios de uma maneira geral, que redundam em violência e agressão contra o próprio corpo, causando-lhe enfermidades. E não falamos apenas na violência física – como cigarro, drogas, acidentes, guerras – mas também da violência causada pela mágoa, pela revolta, pela inveja, pelo orgulho, pelo egoísmo, pelo ódio e por todas as cargas emocionais negativas que podemos cultivar na alma, que acaba funcionando como arma contra nós. Tudo isso provoca danos em nossa saúde.

Sabemos, por exemplo, que o Espírito, ao longo de suas encarnações, colhe o que plantou e isso, sem dúvida, implica na colheita de doenças e anomalias que resultam em sofrimento e morte prematura. O que fazemos contra o próximo, fazemos contra nós mesmos - essa carga negativa, que desferimos pelo caminho da vida, em decorrência de impulsos primitivos, acaba atingindo em cheio a nossa própria consciência, podendo se manifestar na mesma encarnação ou em encarnações seguintes em forma de enfermidades e deficiências, quando não, agravando doenças preexistentes.

Mas não é só isso. A doença também é decorrente da imperfeição do corpo, que está em constante processo de evolução ao longo da história humana no planeta. Todos os Espíritos, que reencarnam na Terra, independente de seu nível evolutivo, estão sujeitos à deterioração do corpo e, portanto, às doenças. Todos os seres vivos – e não apenas o ser humano ( falamos também das plantas e dos animais) – nascem, crescem, reproduzem e morrem. É o ciclo natural da vida sobre o nosso planeta. De modo que não podemos tratar a questão com tanta simplicidade, como se a doença fosse um castigo divino.

O que o Espiritismo nos mostra é que a vida está evoluindo. A própria ciência, hoje, vem impulsionando essa evolução e desvendando novos caminhos para melhorar a qualidade de vida que temos sobre a Terra . Com certeza, no futuro, quando a ciência descobrir novos instrumentos para proteger e a vida, e quando o homem se elevar moralmente, superando esta fase de extremo materialismo, teremos uma vida mais longa e de melhor qualidade, sob todos os pontos de vista. Essa é, sem dúvida, uma tendência da evolução.


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