Segundo convencionado, o resultado de uma pesquisa somente é validado por dois critérios: 1- ter sido realizada dentro protocolo estabelecido e reconhecido pelos meios acadêmicos e, 2- ter sido reproduzido o resumo analítico da pesquisa em publicação avaliada como merecedora de credibilidade no meio. Foi o que aconteceu com o trabalho desenvolvido por profissionais da área de saúde ligados à uma das mais importantes e conceituadas instituições de ensino superior do Brasil, a UNESP - Universidade Estadual Paulista, que tiveram seu experimento avaliado, reconhecido e incluído no seu veículo TERAPIAS COMPLEMENTARES EM MEDICINA, uma das publicações da holandesa Elsevier, editora academica especializada em literatura médica e científica em sua edição de 6 de maio de 2016. O estudo clínico dos médicos brasileiros foi randomizado, o que é considerado uma das ferramentas mais poderosas na obtenção de evidências para o cuidado à saúde.Consistiu na utilização durante oito semanas, da transferência de energia no metodo conhecido como passe conforme praticado nos meios espíritas acompanhando 50 pacientes adultos, ambos os sexos, diferentes credos religiosos ou não, escolhidos entre 97, diagnosticados como acometidos de ansiedade cronica a fim de verificar a existência ou não da redução dos sintomas conhecidos. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Intervenção (23 submetidos sessões espíritas de "Passe”) e controle (simulação de aplicação do "Passe" – efeito placebo, n = 27). A ansiedade foi avaliada usando o Inventário de Ansiedade Traço (IDATE-traço). Ao final do estudo, 17% e 63% dos participantes de intervenção e controle, respectivamente, ainda cumpria o critério para a ansiedade. No entanto, a redução da ansiedade foi mais acentuado no grupo espírita "passe" (p = 0,02). Em outras palavras, o grupo placebo teve melhora de 37% da ansiedade e o grupo passe a melhora foi de 83%. Se recorrermos às informações disponibilizadas pelo Espiritismo, descobriremos que acrescentam às descobertas e desenvolvidas pelo médico Franz Anton Mesmer desde o final do século 18 que casualmente descobriu que os corpos humanos emanam o que ele chamava Fluido Elétrico Animalizado e que, segundo exposto em nota à pergunta 70 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS é denominado Fluido Vital. Mas afirmando a existência de um corpo intermediário entre o Espírito e o corpo físico chamado períspirito, Allan Kardec explica emanar dele o fluido perispiritual que, por sua vez, se constitui num elemento importante no procedimento conhecido como passe, seja ele na transferência do que o aplica, seja na absorção por aquele que o recebe. De forma mais simples: o que aplica cede durante a transfusão, fluidos perispirituais associados ao próprio fluido vital, enquanto o receptor absorve pelo corpo espiritual - ou períspirito - essa carga de energia, identificada pelo Espírito que a reenvia para o corpo físico produzindo as sensações de bem estar ou reequilíbrio de que o indivíduo se sentia necessitado. O assunto, apesar dos resultados obtidos em milhões de atendimentos ao longo do século 20, especialmente no Brasil onde o Espiritismo alcançou um nível de desenvolvimento como em nenhum outro País, sempre foi visto como algo místico, fruto da boa fé ou ignorância popular. Com a contribuição da pesquisa comentada, um passo importante é dado no sentido de abrir caminho para outras investigações que levem a um aprofundamento da questão, até porque há alguns anos, na busca de um titulo de Doutorado, o biólogo molecular Ricardo Monezzi alcançou resultados positivos na ministração de outro processo de transferência de fluidos ou energias a camundongos nos quais foram injetadas células cancerígenas.
A gente vê vários famosos – como Angelina Jolie e Madonna - adotarem crianças pobres e participarem de atividades beneficentes. Será que essas celebridades fazem isso, porque querem ajudar quem necessita ou fazem isso para aparecer e conquistar mais fama? Que valor tem a caridade, quando ela é praticada com segundas intenções? (Anônima)
Nós não saberíamos responder esta pergunta com segurança, cara ouvinte, porque é muito difícil fazer tal julgamento. Entretanto, como ainda não temos a verdadeira caridade, é muito comum julgarmos apenas pelas aparências. Essa desconfiança, que geralmente temos em relação ao comportamento dos outros é própria da nossa atual condição espiritual. Por isso, talvez fosse melhor considerar apenas que essas crianças estão sendo beneficiadas, que algum bem está sendo feito - e se não for com completo desinteresse, o que importa é essas pessoas estão investindo numa população realmente necessitada.
Como você mesma diz, várias celebridades, de renome internacional, estão fazendo alguma coisa pela humanidade. Angelina Jolie e o marido, segundo notícias, já oaram milhões para causas beneficentes. Bill Gates e os principais milionários dos Estados Unidos também estão investindo em populações carentes da África, impulsionando projetos de educação e saúde nas regiões mais pobres do planeta. Isso tudo é muito bom – independente dos reais motivos que movem tais ações – porque são investimentos para o bem-estar da pessoa humana e não desperdício de dinheiro.
É claro que a verdadeira caridade é aquela ensinada por Jesus, completamente desinteressada. Mas, temos de convir que esse nível de caridade ainda é muito pouco praticado sobre a Terra: a maioria de nós ainda atua na base da troca, “dou hoje para receber amanhã”. Até nos meios religiosos, onde se prega o amor incondicional, as pessoas estão mais interessadas na própria salvação ou na proteção exclusiva de Deus em troca de sua dedicação ao próximo. No fundo, todos queremos uma recompensa, porque a realidade é esta: “ainda estamos exercitando a caridade para aprender a amar de verdade”.
Aliás, a caridade – que deveria ser a expressão prática do amor - beneficia tanto quem dá quanto quem recebe. Quando o doador espera recompensa, ou seja, faz o bem com segundas intenções, ele só beneficia quem recebe, mas quando a doação é feita para fazer o outro feliz, os dois são espiritualmente recompensados. Esta seria a expressão do verdadeiro amor sobre o que Jesus insistiu, ao dizer: “Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a direita”.
vier
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