Vivemos em meio a ela, afirma o Espiritismo. É a influência espiritual alimentada pela população constituída pelos que vivem nas Dimensões que circundam a realidade em que vivemos. Os que, como nós, transitam do Mundo Invisível para o Visível. ‘Garimpando’ a extraordinária obra construída por Allan Kardec, destacamos alguns conteúdos para meditarmos: 1 - O MUNDO ESPIRITUAL É TAL QUAL O MATERIAL? É a réplica ou o reflexo do Mundo corpóreo, com suas paixões, vícios ou virtudes, mais virtudes do que nossa natureza material dificilmente permite compreendermos. Tal é esse mundo oculto, que povoa os espaços, que nos cerca, no meio do qual vivemos sem o suspeitar, como vivemos entre miríades do Mundo Microscópico. (RE; 2/1860) 2 - COMO TER-SE A CERTEZA DA EXISTÊNCIA DA VIDA ALÉM DA VIDA OU DO PLANO ESPIRITUAL? O Espiritismo vem provar, demonstrando que se a alma não tem mais o envoltório material, compacto, ponderável, tem um fluídico, imponderável, mas que não deixa de ser uma espécie de matéria; que esse envoltório, invisível no estado normal, pode, em dadas circunstâncias e por uma espécie de modificação molecular, tornar-se visível, como o vapor pela condensação. Como se vê, há aí um fenômeno muito natural, cuja chave dá o Espiritismo, pela lei que rege as relações entre o Mundo Visível e o Invisível. (RE; 5/1864) 3 - ENTÃO OS QUE MORREM NÃO SE DESLIGAM DA REALIDADE QUE ABANDONARAM? Os Espíritos que nos cercam não são passivos; formam uma população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia, queiramos ou não, que nos excita e nos dissuade, que nos impulsiona para o Bem como para o mal, o que não nos tira o livre arbítrio mais que os bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes. (RE ; 1/1859) 4 - ISSO ORIGINARIA AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS? Nossa alma que, afinal de contas, não é mais que um Espírito encarnado, não passa mesmo de um Espírito. Se se revestiu momentaneamente de um envoltório material, suas relações com o mundo incorpóreo, - menos fáceis do que quando no estado de liberdade -, nem por isto são interrompidas de modo absoluto; o pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento nós atraímos os que simpatizam com as nossas ideias e inclinações. Representemos, pois, a massa de Espíritos que nos envolvem como a multidão que encontramos no mundo; onde quer que formos encontramos homens atraídos pelos mesmos gostos e pelos mesmos desejos; às reuniões que tem objetivo sério vão homens sérios; às que são frívolas, vão os frívolos. Por toda parte encontram-se Espíritos atraídos pelo pensamento dominante. Se lançarmos um olhar sobre o estado moral da Humanidade em geral, compreenderemos sem dificuldade que nessa multidão oculta os Espíritos elevados não devem constituir a maioria. É uma consequência do estado de inferioridade do nosso Globo. (RE; 1/1859) 5 - OS ESPÍRITOS ENTÃO TOMAM PARTE ATIVA EM NOSSAS VIDAS?Muito comumente os Espíritos são vistos assim pelos videntes: os veem ir, vir, entrar, sair, circular em meio aos vivos, dando a impressão – pelo menos os Espíritos comuns – de tomar parte ativa no que se passa em seu redor e interessar-se conforme o assunto, escutando o que se diz. Por vezes, vê-se que se aproximam das pessoas, soprando-lhes ideias, influenciando-as, consolando-as. (RE,4/1861)
Se uma pessoa, que morreu, foi traída por um amigo em quem confiava, ela vai descobrir isso depois da morte? E, nesse caso, ela vai ser um obsessor desse amigo traidor? (Anônimo)
Isso é possível acontecer. Mas não se esqueça de que cada caso tem suas próprias peculiaridades, pois depende das condições espirituais das pessoas envolvidas. Se essa pessoa, que foi traída, é um Espírito seguro, tranqüilo, esclarecido, por exemplo, ela pode não sentir sede de vingança, pode até perdoar o amigo, querer compreendê-lo e quer ajudá-lo, por entender que é mais prejudicado quem trai do que quem é traído; as conseqüências da traição são sempre mais drásticas para o agente da traição do que para a vítima.
Mas, se o traído for uma pessoa rancorosa, ele vai sofrer muito com isso; e, com certeza, ao tomar ciência do fato, não vai querer compreender e, se puder, poderá partir para a vingança. De qualquer forma, quem trai sempre tem mais a perder – talvez não, agora – mas depois. Quando o traidor é perdoado, a tendência é que o sentimento de culpa surja mais cedo contra ele mesmo, e ai ele vai ter de prestar contas à sua própria consciência: veja, por exemplo, o caso de Judas Iscariotes. Mas quando a pessoa traída se revolta e parte para a vingança, o sentimento de culpa demora mais para se manifestar, pois a investida do ex-amigo (agora, inimigo) vai ofuscar a culpa momentaneamente e, no lugar dela, fará surgir o medo.
Todavia, muitos casos de traição só se resolvem mesmo com a reencarnação, pois a lei da vida é o Amor. A reencarnação concorre sempre para que os adversários se aproximem e se entendam de alguma forma. A reencarnação colocará adversários, por exemplo, na mesma família, no mesmo grupo de relações, fazendo com que velhas afeições se aflorem, criando dependências afetivas e estabelecendo novos vínculos. Logo, não há pressa na Lei de Deus, pois tudo caminha em direção aos seus sábios desígnios. A pressa em resolver definitivamente os problemas é sempre nossa, pois, quando erramos, somos nós que passamos a sofrer.
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