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sábado, 12 de fevereiro de 2022

A VERDADE E O ESPIRITISMO SEGUNDO PASCAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Pascal ou Blaise Pascal foi o nome que identificou o Espírito que renasceu, viveu e morreu na França entre 1623 e 1662. Gênio precoce escreveu seu nome nos campos da Geometria, Física, Filosofia e literatura. Um dos signatários da obra fundamental do Espiritismo – O LIVRO DOS ESPÍRITOS - teve seis de suas mensagens incluídas nas páginas da REVISTA ESPÍRITA e uma n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Da publicação mensal de Allan Kardec, na edição de maio de 1865, o editor incluiu três de seus escritos recebidos no mês de novembro de 1863, na cidade de Lyon, por um médium tratado como Sr. X, refletindo sobre IDÉIAS PRECONCEBIDAS, DEUS NÃO SE VINGA e A VERDADE. Do ultimo texto, destacamos doze pontos pra nossos exercícios de reflexão. 1- A verdade, meu amigo, é uma dessas abstrações para as quais tende o Espírito humano incessantemente, sem jamais poder atingi-la. É preciso que ele tenda para ela, é uma das condições do progresso, mas, pela simples razão da imperfeição de sua natureza, ele não poderia alcançá-la. 2- Seguindo a direção que segue a verdade em sua marcha ascendente, o Espírito humano está na via providencial, mas não lhe é dado ver o seu termo. 3- A verdade é, como o tempo, dividida em duas partes, pelo momento inapreciável que se chama o presente, a saber: o passado e o futuro. Assim, há duas verdades: a verdade relativa e a verdade absoluta; a verdade relativa é o que é; a verdade absoluta é o que deveria ser. Ora, como o que deveria ser sobe por graus até a perfeição absoluta, que é Deus, segue-se que, para os seres criados e seguindo a rota ascensional do progresso, não há senão verdades relativas. 4- Mas, do fato de uma verdade relativa não ser imutável, não se segue que seja menos sagrada para o ser criado. 5- Vossas leis, vossos costumes, vossas instituições são essencialmente perfectíveis e, por isto mesmo, imperfeitas; mas suas imperfeições não vos liberam do respeito que lhes deveis. 6- A Humanidade é um ser coletivo que deve marchar, se não em seu conjunto, ao menos por grupos, para o progresso do futuro. 7- Porque o Espiritismo foi revelado entre vós, não creiais num cataclismo das instituições sociais; até agora ele tem realizado uma obra subterrânea e inconsciente para aqueles que foram os seus instrumentos. 8- Desconfiai dos Espíritos impacientes, que vos impelem para as sendas perigosas do desconhecido. A eternidade que vos é prometida deve levar-vos a ter piedade das ambições tão efêmeras da vida. Sede reservados até em suspeitar, muitas vezes, da voz dos Espíritos que se manifestam. 9- Lembrais-vos disto: O Espírito humano move-se e se agita sob a influência de três causas, que são: a reflexão, a inspiração e a revelação. 10- A reflexão é a riqueza de vossas lembranças, que agitais voluntariamente. Nela, o homem encontra o que lhe é rigorosamente útil, para satisfazer às necessidades de uma posição estacionária. 11- A inspiração é a influência dos Espíritos extraterrestres, que se misturam mais ou menos às vossas próprias reflexões para vos compelir ao progresso; é a intromissão do melhor na insuficiência da passagem, uma força nova que se junta a uma força adquirida, para vos levar mais longe que o presente, a prova irrecusável de uma causa oculta que vos impulsiona para frente, e sem a qual permaneceríeis estacionários. Porque é regra física e moral que o efeito não poderia ser maior que sua causa, e quando isto acontece, como no progresso social, é que uma causa ignorada, não percebida, juntou-se à causa primeira de vosso impulso. 12- A revelação é a mais elevada das forças que agitam o Espírito do homem, porque vem de Deus e só se manifesta por sua vontade expressa; ela é rara, por vezes mesmo inapreciável, algumas vezes evidente para o que a experimenta a ponto de sentir-se involuntariamente tomado de santo respeito.


Se Deus é bom, por que os bons sofrem? Nas novelas de televisão, tudo fica resolvido no final: os bons são recompensados e os maus castigados.. Mas, na vida real, não é assim que funciona. Nunca chega um momento que tudo se resolve, que os bons estão satisfeitos e maus na cadeia. Gostaria de um comentário sobre isso. ( Emílio Dalbuin Pereira)


Os romances, os filmes e as novelas, caro Emílio, são obras de ficção de escritores que anseiam pela vitória do Bem, da Verdade e da Justiça, como todos nós. Assim fazendo, eles deixam uma mensagem de esperança, para que não desanimemos diante das adversidades da vida, que não são poucas. A realidade, porém, quase sempre é diferente, pois, nas mais das vezes, sempre que um problema termina, outro aparece.


Todos buscamos a felicidade. Entretanto, como estamos em patamares diferentes de evolução, nem todos trilham o caminho do bem, e acabam, muitas vezes, se prejudicando nesta vida. Não é, evidentemente, o que queremos. Gostaríamos que todas as pessoas fizessem boas escolhas e todas se dessem bem na vida. É o que ansiamos, é o que desejamos. Os romances, filmes e novelas geralmente mostram a vitória do bem, justamente porque acreditamos nele.


Todavia, a Doutrina Espírita nos esclarece que todos nós, indistintamente, caminhamos para Deus. Assim, chegará o momento em que o mau sentimento dará lugar ao bom sentimento, ou seja, que o mau se tornará bom, pois ninguém está perdido. Seria subestimar o poder e a sabedoria de Deus achar que alguns se perderão. Ora, por que Deus criaria filhos para a perdição? Nenhum pai humano faria isso, quanto mais Deus, que é o Pai Perfeito, segundo Jesus.


Desse modo, o que as obras literárias retratam, no fundo, é essa ansiedade de buscarmos Deus, que é o estágio mais elevado de nossa felicidade. O mal é passageiro, porque ele é apenas a ausência do bem. Quando os bons forem mais ousados – disseram os Espíritos a Allan Kardec – o Bem prevalecerá sobre a Terra, e a humanidade vai conhecer uma fase de real felicidade.


Por outro lado, Emílio, porque não atingimos essa condição, o mal ainda prevalece neste mundo. E é por isso que os bons sofrem. Muitos bons sofrem, porque voltaram para resgatar alguns débitos morais que contraíram no passado e, de outras vezes, porque aceitaram compromissos ou missões, através das quais querem deixar belas lições para a humanidade.

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