Um dos grandes desafios enfrentados pelo Espírito durante seu processo de evolução na Terra é entender, educar e transcender seus limites no item sexo. Segundo as revelações coligidas por Allan Kardec, o Espírito não o tem como o entendemos na nossa Dimensão, onde as condições masculina e feminina funcionam como meios para preservação da espécie, se alternando através das múltiplas encarnações. No livro SEXO E DESTINO (1963, feb), André Luiz através do médium Chico Xavier nos fala de um educandário existente na colônia NOSSO LAR especializado no tema, auxiliando criaturas comprometidas com desvios no uso dessa força. Destacamos alguns detalhes para reflexões do grande instituto denominado ALMAS IRMÃS. 1- Assim chamado pelos fundadores que o levantaram oitenta e dois anos antes (1963) em socorro dos irmãos necessitados de reeducação sexual, após a desencarnação, exibia plano extenso de construções. 2-Conjunto de linhas harmoniosas e simples, ocupando quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamentos, parques e jardins. Autêntica cidade por si. 3-A agremiação possuía vasta dependência reservada a enfermos, sendo que os verdadeiros alienados em consequência de alucinações emotivas, trazidas da Terra, permaneciam reclusos em manicômios, sob tratamento indicado, sempre que apartados das falanges dementadas nas regiões tenebrosas. 4- Hospital-escola de suma importância para os candidatos à reencarnação, 5- Internados ou estudantes vinham, em maioria, de estâncias purgatoriais, após alijarem as consequências mais imediatas dos vícios e paixões aviltantes, por eles acalentados no plano físico. 6-Rigorosamente examinados, atendiam a critério de seleção, nas paragens de angústia expiatória em que se demoravam, e somente depois de julgados dignos entravam naquele pouso de refazimento para estações mais ou menos longas de estudo e meditação, pesquisando as causas e observando os efeitos das quedas de natureza afetiva em que se haviam precipitado... 7- Depois de suficientemente instruídos, são recambiados ao domicílio terrestre, onde reencarnam nos ambientes em que faliram e, tanto quanto possível, nas equipes consanguíneas que lhes impuseram prejuízos ou que lhes sofreram os danos. 8- Finalidades do educandário comparáveis aos centros de cultura superior, existentes no mundo, que conferem títulos acadêmicos para o exercício de funções determinadas, dentro da especialização profissional, e confrontou a arena terrestre com a esfera da prática, em que os alunos diplomados são impelidos às experiências e aos encargos que lhes fixam o mérito ou o demérito. 9- Ali, a mente se rearticulava, aprendia, refazia, restaurava, mas, de modo geral, sempre no objetivo de retornar ao mundo, a fim de incorporar em si mesma o valor das lições recebidas. 10- A não ser as reencarnações compulsórias, por motivos prementes, o problema do regresso requeria considerações específicas e preparações adequadas, razão pela qual muitos companheiros do “Almas Irmãs” se corporificavam na Terra com programas domésticos preestabelecidos, de maneira a hospedarem com os seus próprios recursos genésicos os colegas afins. 11- Cada individualidade reencarnada com vínculos no “Almas Irmãs”, ali se encontra convenientemente fichada, com todo o histórico do que está realizando na reencarnação obtida, no qual se lhes vê o balanço dos créditos conquistados e dos débitos contraídos, balanço esse que é examinável a qualquer momento, para efeito de auxílio maior ou menor aos interessados.12- O “Almas Irmãs”, que detinha habitualmente uma população oscilante de cinco a seis mil pessoas, no coeficiente de cada cem estudantes, dezoito vitoriosos nos compromissos da reencarnação, vinte e dois melhorados, vinte e seis muito imperfeitamente melhorados e trinta e quatro onerados por dívidas lamentáveis e dolorosas. 13- Companheiros em malogro positivo, após a desencarnação, passam, automaticamente, às zonas inferiores, onde, por vezes, ainda se demoram, por muito tempo, em desequilíbrio ou devassidão, conquanto nunca percam o devotamento dos amigos ali domiciliados, que intercedem por eles, junto a colônias dedicadas a outros tipos de assistência.
Como vocês podem explicar este estranho caso? Um amigo me contou que, numa viagem à Itália, visitou uma cidadezinha, onde ele nunca estivera antes. Mas quando chegou lá, ele sentiu que tudo era familiar,como já conhecesse aquele lugar. Tudo, ou quase tudo, que o guia falava, ele já sabia. Ele passou uma tarde na cidade, mas durante todo o tempo, embora em companhia de várias pessoas da excursão, ele sentia como se estivesse sozinho num sonho, como se as pessoas da excursão e a cidade, que visitava, não fossem reais. Ficou com muito medo e não falar nada a ninguém, mas também nem aproveitou bem o passeio. Só veio a melhorar depois que deixou a cidade.
Esse caso tem características de um fenômeno de “déjà vu”. A expressão “déjà vu” vem do francês e significa “o que já foi visto”. Pelo menos, é a sensação de quem passa por essa estranha e curiosa situação: a pessoa tem a impressão de que já conhece o lugar ou os indivíduos que, na verdade, está vendo pela primeira vez. Não é um fenômeno muito raro, como, à primeira vista, possa parecer. Algum estudioso já disse que o “déjà vu” ocorre em cerca de 30% da população, pelo menos, uma vez na vida.
No nosso modo de ver, é o impacto emocional dessa estranha surpresa que provoca um certo torpor na pessoa, dando a impressão que ela está sonhando ou um pouco desligada. Talvez um estado de consciência alterada, tirando-a um pouco da realidade, para viver as impressões transmitidas pelo seu inconsciente. Um ouvinte, certa ocasião, nos relatou um caso semelhante, que aconteceu com ele, quando visitava uma fazenda da região. As coisas lhe pareceram tão familiares na fazenda, que ele se surpreendeu. Foi, então, que nos contou o episódio, perguntando se não se tratava de reencarnação - ou seja, numa existência anterior, ele teria vivido ou conhecido essa fazenda, já que, na vida atual, ele nunca estivera lá.
Há várias explicações para esse fenômeno: desde as explicações materialistas-reducionistas até a explicação espírita. Freud dizia que se trata de lembranças de desejos inconscientes ou fantasias do passado que eram ativadas no momento presente. Outros expoentes da escola materialista afirmam tratar-se de lembranças de situações bem parecidas, vividas antes pelo indivíduo, e que dão a impressão de que a nova situação é familiar. Os neurocientistas já localizaram, no cérebro, os lobos temporais responsáveis pela ocorrência do fenômeno.
Entretanto, há explicações espiritualistas. A primeira é a precognição ou premonição. Pode haver uma correlação entre um sonho premonitório e o “déjà vu”: a pessoa pode ter tido acesso ao lugar através do sonho de tal forma que, ao visitar pessoalmente o lugar, ela tem a impressão de que já esteve lá. Neste caso, ela previra o futuro. Uma segunda explicação é o comumente se chama “fenômeno de desprendimento espiritual”: neste caso, a pessoa realmente esteve no lugar, mas em espírito. E, por último, a reencarnação: ela pode não conhecer o lugar nesta existência, mas já esteve lá em existência anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário