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domingo, 13 de fevereiro de 2022

AS MORTES PREMATURAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Revelado no livro LÉON DENIS NA INTIMIDADE de Claire Baumard (clarim) como a reencarnação de John Wycliffe precursor da Reforma, o contemporâneo de Allan Kardec desde a cidade de Tours, na França, se transformou um dos melhores interpretes do aspecto filosófico do Espiritismo através de livros maravilhosos. Um deles O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR (feb). Nele encontramos um comentário que amplia nosso entendimento sobre a questão da perda de entes queridos precocemente. Diz Léon: -“Pergunta-se às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses fatos com a ideia de plano, de providência, de harmonia universal? E se deixa voluntariamente a vida por um ato de desespero, que sucede? Qual é a sorte dos suicidas? As existências interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São, em geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos ou excessos. Quando, em consequência de hábitos desregrados, se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela Natureza, tem-se de voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos, que devem dar esta reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para sofrerem, numa morte trágica, as consequências de atos que têm relação com o passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores. Quanto aos suicidas, a perturbação em que a morte os imerge é profunda, penosa, dolorosa. A angústia os agrilhoa e segue até à sua reencarnação ulterior. O seu gesto criminoso causa ao corpo fluídico um abalo violento e prolongado que se transmitirá ao organismo carnal pelo renascimento. A maior parte deles volta enferma à Terra. Estando no suicida, em toda a sua força, a vida, o ato brutal que a despedaça produzirá longas repercussões no seu estado vibratório e determinará as nas suas futuras vidas terrestres. O suicida procura o Nada e o esquecimento de todas as coisas; mas vai, ao contrário, encontrar-se em face de sua consciência, na qual fica gravada, para todo o sempre, a recordação lamentável da sua deserção do combate da vida. A prova mais dura, o sofrimento mais cruel que haja na Terra é preferível a recriminação perpétua da alma, à vergonha de já não se poder prezar. A destruição violenta de recursos físicos que podiam ser-lhe úteis ainda, e até fecundos, não livra o suicida das provações a que quis fugir, porque lhe será necessário reatar a cadeia quebrada das suas existências e com ela tornar a achar a série inevitável das provas, agravadas por atos e consequências que ele mesmo causou. Os motivos de suicídio são de ordem passageira e humana; as razões de viver são de ordem eterna e sobre-humana. A vida, resultado de um passado completo, instrumento de futuro, é, para cada um de nós, o que deve ser na balança infalível do destino. Aceitemos com coragem suas vicissitudes, que são outros tantos remédios para as nossas imperfeições, e saibamos esperar com paciência a hora fixada pela Lei equitativa para termo da nossa permanência na Terra”.


Dizem que no Espiritismo não tem imagem, mas a gente sempre vê imagens de Jesus em livros, folhetos e cartazes espíritas.... (comentário de uma pessoa, quando recebeu uma mensagem espírita alusiva ao Natal.)


De fato, na prática espírita, não se utilizam rituais, imagens, roupas especiais, rezas ou cantos. Já dissemos, em várias ocasiões, que a única prática religiosa do Espiritismo é a prece – e a prece é livre, não tem fórmula; pode ser feita em qualquer circunstância, tempo ou lugar, como Jesus ensinou. No centro – lugar onde os espíritas costumam se reunir – fazemos preces, até conjuntas, mas em silêncio. As preces nunca são recitadas ou cantadas. Geralmente, é o dirigente da reunião que profere uma prece em voz alta (de preferência, uma prece improvisada, não decorada) e os demais presentes a acompanham apenas em pensamento – ou seja, sem repetir o que está ouvindo.


Por que tomamos esse cuidado? Para que a prece não se torne um ato mecânico, pois, quando a prece é apenas repetição ou rotina, as pessoas a recitam sem prestar atenção e sem sentir o que estão dizendo. O objetivo é fazer com que todos se concentrem no sentido da oração. Não deve haver imagens ou fotografias, ou qualquer cartaz ou figura, que desviem a concentração, razão pela qual é sempre recomendável que, durante a prece, as pessoas fechem os olhos para evitar qualquer estímulo visual do ambiente. Os Espíritos sempre disseram a Kardec, valorizando a recomendação de Jesus, que o pensamento é tudo.


Entretanto, muitas vezes, na produção de cartazes ou folhetos, os grupos espíritas costumam colocar a figura de Jesus, de Kardec ou outro representante espírita. Mas isso apenas como ilustração, não como motivo de adoração. Isso se dá porque as diversas figuras de Jesus, criadas por artistas da Renascença, correram mundo, principalmente através da Igreja, e são muito conhecidas do publico em geral. De fato, elas podem servir para despertar a atenção e o sentimento dos leitores, mas apenas como lembrança, jamais como objeto de adoração. Não vemos como isso possa contradizer os princípios espíritas.


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