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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

DOENÇAS CAUSADAS POR CONTAMINAÇÃO FLUIDICA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Revelando que além de doenças típicas do corpo frágil em que vivemos (causadas por excessos, falta de higiene, etc, )existirem as originadas no corpo espiritual – ou períspirito - ou no próprio Espírito repercutindo reflexos de vidas passadas, o Espiritismo propõem também das enfermidades resultantes das influências fluídicas. No número de março de 1868 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec comenta o tema escrevendo: -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia. Sucede aqui como num relógio, em que todas as peças estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta expurgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar. Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos de que é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam seu curso. Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em todas as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode-se opor a matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina fluídica falha onde é preciso opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente triunfar nas afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos, mas que, até o presente, nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; donde se deve concluir que todos têm sua utilidade, e que o essencial é os aplicar adequadamente. Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento pode, por vezes, ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada. Esta diferença se prende à própria natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que, aparentemente, apresentam sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é preciso reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por moléculas sadias, operação que só pode ser feita gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos saudáveis, de um fluido mau, que lhe perturba as funções. Neste caso, não se trata de reparar, mas de expulsar. Esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes; no primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais adequado à expulsão do que à reparação; segundo a qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica. O doente, subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, sente-se aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma suas funções. (...) Esta teoria pode assim resumir-se: “Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea.”


Como consolar uma mãe que perdeu seu filho, ainda jovem?


É uma tarefa muito difícil,. Não existe quem sofra mais a partida de um ente querido do que a sua própria mãe, principalmente se se tratar de criança ou jovem, que deixa este mundo tão cedo e, às vezes, de forma tão violenta. O sofrimento da mãe é realmente profundo e inigualável. O consolo, que podemos lhe oferecer, é a nossa presença ao seu lado, fazendo-lhe companhia, dando-lhe nosso apoio e, principalmente, lembrando-lhe que a vida não acaba com a morte. Se essa mãe acreditar na imortalidade, com certeza, seu sofrimento será menor, mas ainda subsistirá por muito tempo. Mas, se ela não tiver uma convicção firme dessa continuidade, sofrerá mais ainda.


O problema da morte é, sem dúvida, o maior que existe para todos nós, seres humanos, encarnados neste planeta. Em geral, as pessoas – e, sobretudo, as mães - não estão preparadas para enfrentar uma perda dessa proporção. Por isso, sofrem em demasia. As religiões, quase sempre, não lhes oferecem o devido consolo, por não tratarem da vida após a morte com clareza, segurança e serenidade. Elas deixam essa questão muito nebulosa e sem respostas, como, se depois da vida, tudo se transformasse num grande e insondável mistério. Quem se consola ao saber que um filho foi para um mundo desconhecido e incerto? Que mãe ficaria tranqüila, sabendo que o filho partiu, se não sabe pra onde?


Pior ainda, se essa mãe tem consciência de que seu filho não teve um bom comportamento em vida, mas andou cometendo sérios desatinos. O medo de que ele possa se perder, de que ele possa ir para o inferno ou coisa semelhante, pode apavorá-la; muito mais, por saber que o perdeu para sempre. E, se essa mãe for uma boa pessoa, se ela reunir méritos suficientes para ganhar o céu, como ficaria essa mãe no céu com seu filho no inferno? Com certeza, o céu lhe seria pior que o inferno, e ela preferiria não permanecer lá, mas renunciar às venturas do paraíso para poder permanecer com o filho no sofrimento. Veja, portanto, que o caso é um tanto complicado, porque tem muitas variantes.


Por isso, a Doutrina Espírita nos fornece luz sobre a continuidade da vida, preparando-nos para um momento que, mais cedo ou mais tarde, todos teremos de enfrentar, principalmente as mães. Mas quando essa mãe adquiriu a convicção de que a vida após a morte é uma continuidade desta vida, onde, certamente, o Espírito terá outras oportunidades ( pois Deus não desampara nenhum de seus filhos), por mais que sofra, ela se apoiará na sua convicção inabalável, e saberá que esse caminho é o de todos nós e que a separação, que chora, é apenas momentânea. Ninguém está perdido, pois todos somos filhos de Deus e, se Deus nos quer, não há quem possa desviar dele.


Logo, o melhor que fazemos é difundir, o máximo que podemos, as idéias e os ideais do Espiritismo, para que as partidas inevitáveis de todos aqueles que amamos não sejam tão sofridas e danosas para nenhum de nós. Quando compreendermos, de fato, que a morte, que acontece aqui, é o nascimento na Espiritualidade; que, do outro lado da vida, há alegria em receber os que lá chegam ( porque lá estão outros entes queridos), e que a morte é uma experiência necessária para a nossa evolução, com certeza, outra será a nossa reação diante desse momento, como o é para aqueles que já atingiram esse nível de compreensão.


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