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domingo, 6 de fevereiro de 2022

MAGNETISMO-TODA UMA CIÊNCIA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Diante do crescente interesse e busca de informações sobre as práticas do magnetismo pelo fluido transmitido pelo Ser humano conforme praticado conforme as proposições do médico austríaco Franz Anton Mesmer, importante conhecermos a posição do Espiritismo. No número de setembro de 1865 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec responde a questionamento de leitor que solicitava alguns conselhos relativamente à prática da mediunidade curadora pela imposição das mãos. Entre outras coisas, afirma o Codificador: -“ A mediunidade curadora deveria ter a sua vez; embora parte integrante do Espiritismo, ela é, por si só, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e não só abarca todas as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complexas, das obsessões, que, por seu turno, também influem sobre o organismo. Não é, pois, em poucas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. (...) Resumimos alguns dos princípios fundamentais que a experiência consagrou. 1. – Os médiuns que obtêm indicações de remédios, da parte dos Espíritos, não são aquilo que chamamos médiuns curadores, pois não curam por si mesmos; são simples médiuns escreventes, que têm uma aptidão mais especial que outros para esse gênero de comunicações e que, por esta razão, podem ser chamados médiuns consultores, como outros são médiuns poetas ou desenhistas. A mediunidade curadora é exercida pela ação direta do médium sobre o doente, com o auxílio de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento. 2. – Quem diz médium diz intermediário. Há uma diferença entre o magnetizador propriamente dito e o médium curador: o primeiro magnetiza com seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao qual serve de condutor. 3. – O fluido magnético tem, pois, duas fontes bem distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos. O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do encarnado; o dos Espíritos bons é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que levam a uma cura mais rápida. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se, como acontece com a água límpida ao passar por um vaso impuro, e como sucede com todo remédio, se permanecer num vaso sujo, perdendo, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral, segundo o princípio vulgar: 4. – O fluido espiritual será tanto mais depurado e benfazejo quanto mais o Espírito que o fornece for mais puro e mais desprendido da matéria. (...) É evidente que o fluido emanado de um corpo doente pode inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o semelhante, aliados à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual. Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como simples máquina de transmissão fluídica. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, seria imprudência submeter-se à ação magnética do primeiro desconhecido. Abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre. 5. – Sendo o fluido humano menos ativo, exige uma magnetização continuada e um verdadeiro tratamento, por vezes muito longo. Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota, pois dá de seu próprio elemento vital; é por isto que ele deve, de vez em quando, recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso, em face de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, muitas vezes, quase instantâneos. 6. – O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em muitas ocasiões, seja para o aliviar e o curar, se possível, seja para produzir o sono sonambúlico. Quando age por um intermediário, é o caso da mediunidade curadora.



CRÍTICAS (09mar2009)


Quando Jesus diz para não julgar ninguém, ele quer dizer que nunca devemos criticar e, por isso, devemos aceitar tudo como está para ver como fica?


Há um tom de ironia na pergunta. Quando Jesus recomenda “não julgar”, ele está se referindo ao costume, que tem certas pessoas, de se imiscuir na vida dos outros, sem serem chamadas. Por exemplo, falo mal do vizinho, porque o vizinho praticou um ato que eu desaprovo ou considerado errado. É claro que eu posso até estar certo quanto ao julgamento do ato em si, mas não me compete julgar o vizinho, se eu não tenho nada com isso e também não posso ajudá-lo. O “não julgar” é, portanto, uma forma de condenar as fofocas e os comentários inconseqüentes, que se espalham com muita facilidade e só servem para denegrir a imagem das pessoas, criar separações e inimizades.


Esse costume de “falar mal dos outros” é o que conhecemos por maledicência. Tem um grave componente de irresponsabilidade da parte de quem fala. Todos sabemos que as más notícias se propagam muito depressa e, às vezes, um comentário desse tipo pode acarretar problemas graves. Além do mais, nenhum de nós fica satisfeito quando recebe esse tipo de crítica. E, é claro, o que não queremos para nós, não devemos querer para os outros: esta é a regra áurea pela qual Jesus definiu o amor. Chama-se indulgência a virtude de compreender as limitações e as fraquezas dos outros.


Quanto à crítica, com certeza, ela não pode deixar de existir. Mas somente se obedecer a dois requisitos. Primeiro, se é verdade; segunda, se é útil, ou seja, se vai beneficiar alguém ou a sociedade. N’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, lemos que não devemos criticar apenas pelo prazer de criticar. Devemos criticar quando a crítica servir para alguma coisa útil, quando uma providência se torne necessária. Se o erro só prejudica quem errou, não há por que se comentar esse erro com os outros. Mas, se o erro compromete outros, a nossa intervenção torna-se um dever, pois não podemos permitir que muitos se tornem suas vítimas.


Jesus é o maior exemplo de crítica construtiva. Ele não ficou calado, quando teve de falar, mas calou quando não percebeu que não devia falar. Criticou, principalmente, os fariseus, em razão dos males que causavam ao povo. Mas jamais ele criticou em defesa de si próprio, nem mesmo na hora da injusta condenação. Sempre falou pelo seu ideal e pelo bem dos outros, principalmente dos fracos e abandonados, dos pobres e das vítimas de preconceitos.

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