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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

O ESPIRITISMO E SEUS PRINCIPIOS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Longe de ser mera forma de explicar manifestações físicas que fogem ao habitual, o Espiritismo oferece explicações da mais alta significação para que entendamos a nós e ao Mundo que pertencemos. No número de abril de 1867 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec apresenta argumentos que demonstram a significação do que estamos dizendo. Escreve ele:-“O Espiritismo baseia-se na existência do princípio espiritual, como elemento constitutivo do Universo; repousa sobre a universalidade e a perpetuidade dos seres inteligentes, sobre seu progresso indefinido, através dos mundos e das gerações; sobre a pluralidade das existências corporais, necessárias ao seu progresso individual; sobre sua cooperação relativa, como encarnados ou desencarnados, na obra geral, na medida do progresso realizado; sobre a solidariedade que une todos os seres de um mesmo mundo e dos mundos entre si. Nesse vasto conjunto, encarnados e desencarnados, cada um tem sua missão, seu papel, deveres a cumprir, desde o mais ínfimo até os anjos, que nada mais são que Espíritos humanos chegados ao estado de Espíritos puros, e aos quais são confiadas as grandes missões, o governo dos mundos, como a generais experimentados. Em vez das solidões desertas do espaço sem limites, por toda parte a vida e a atividade, em parte alguma a ociosidade inútil; por toda parte o emprego dos conhecimentos adquiridos; em toda parte o desejo de progredir ainda e de aumentar a soma de felicidades, pelo emprego útil das faculdades da inteligência. Em vez de uma existência efêmera e única, passada num cantinho da Terra, que decide para sempre de sua sorte futura, impõe limite ao seu progresso e torna estéril, para o futuro, o trabalho a que se entrega para instruir-se, o homem tem por domínio o Universo; nada do que sabe ou do que faz fica perdido: o futuro lhe pertence; em vez do isolamento egoísta, a solidariedade universal; em lugar do nada, segundo alguns, a Vida Eterna; em lugar da beatitude contemplativa perpétua, segundo outros, que a tornaria de uma inutilidade perpétua, um papel ativo, proporcionado ao mérito adquirido; em vez de castigos irremissíveis por faltas temporárias, a posição que cada um conquista por sua perseverança no bem ou no mal; em vez de uma mancha original, que o torna passível de faltas que não cometeu, a consequência natural de suas próprias imperfeições nativas; em vez das chamas do inferno, a obrigação de reparar o mal que se fez e recomeçar o que se fez mal; em vez de um Deus colérico e vingativo, um Deus justo e bom, que leva em conta todo arrependimento e toda boa vontade. Tal é, em resumo, o quadro que apresenta o Espiritismo, e que ressalta da situação mesma dos Espíritos que se manifestam; não é mais uma simples teoria, mas resultado da observação. O homem que encara as coisas deste ponto de vista, sente-se crescer; ergue-se aos seus próprios olhos; é estimulado em seus instintos progressivos ao ver um objetivo para os seus trabalhos, para os seus esforços em se melhorar. Mas, para compreender o Espiritismo em sua essência, na imensidade das coisas que ele abarca, para compreender o objetivo e o destino do homem, não era preciso relegar a Humanidade a um pequeno Globo, limitar a existência a alguns anos, rebaixar o Criador e a criatura. Para que o homem pudesse fazer uma ideia justa de seu papel no Universo, era preciso que compreendesse, pela pluralidade dos mundos, o campo aberto às suas explorações futuras e a atividade de seu espírito; para recuar indefinidamente os limites da Criação, para destruir os preconceitos sobre os lugares especiais de recompensa e de punição, sobre os diferentes estágios dos céus, era preciso que penetrasse as profundezas do espaço; que em lugar do cristalino e do empíreo, aí visse circular, em majestosa e perpétua harmonia, os Mundos inumeráveis, semelhantes ao seu; que em toda parte seu pensamento encontrasse a criatura inteligente”.



Eu gostaria de saber se o dia e o horário da morte de cada um já estão marcados. Se não estão, vale a pena a gente se prevenir para não morrer muito cedo, mas, se estão marcados, todo cuidado que podemos tomar para não ficarmos doentes não serve para nada, porque aquela hora chega e vamos morrer mesmo. (Sandra Eloísa)


O Espiritismo não é fatalista, Sandra. Fatalismo ou determinismo é a doutrina que defende a idéia de que o destino humano está determinado e, portanto, não dele ninguém pode fugir. Se assim fosse – se tudo que acontece estivesse previsto – realmente, não haveria por que lutar pelos nossos objetivos. O Espiritismo ensina, no entanto, o livre-arbítrio; e, segundo a doutrina do livre-arbítrio, temos a liberdade de escolher o caminho que nos interessa e, dessa escolha, resultam acontecimentos. Isso significa que cada escolha, que fazemos na vida, nos leva para um determinado caminho e concorre para atingir um determinado resultado.


Vivemos, na verdade, num mundo de probabilidades, mas grande parte do que acontece com cada um de nós depende da escolha feita, do caminho percorrido. Quando o Espírito participa do planejamento de sua vida, ele sabe, de antemão, não propriamente o que lhe vai acontecer, mas, sim, o que lhe pode acontecer, se tomar este ou aquele rumo na vida. Sabe, evidentemente, das oportunidades que terá, dos riscos a que estará sujeito, dependendo do meio em que nascer, mas ele ainda não sabe se vai se sair bem ou não na vida, porque isso vai depender do seu desempenho na Terra.


Quando Jesus disse, “a cada um segundo as suas obras”, ele se referia justamente à importância de nossos atos no curso de nossa vida, na determinação do que nos pode acontecer. Aliás, tudo o que ele ensinou está baseado na “lei de causa e efeito”, ou seja, a cada ato que cometemos corresponde uma conseqüência, boa ou má, dependendo do ato cometido. Assim, uma pessoa pode levar uma vida relativamente tranqüila, se estiver agindo com equilíbrio e bom senso; outra terá uma vida instável e perigosa por ter enveredado por um caminho muito arriscado. É claro que, em tudo isso, não podemos deixar de levar em consideração os atos da vida passada. Contudo, o destino irrevogável não existe; até mesmo as dificuldades, pelas quais devemos passar, podem ser atenuadas ou afastadas.


Por isso mesmo, é possível prever, mais ou menos, o futuro de uma pessoa, pelo caminho que ela escolheu, pelo estilo de vida que ela leva. Evidentemente, não podemos prever tudo e nem ter controle absoluto sobre tudo, mas diante dos fatos atuais não é difícil antecipar certas situações na vida de cada um. Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, encontramos esse tema, “fatalidade”, tratado pelos Espíritos, a partir da questão nº 851. Eles disseram que nós temos o poder de guiar a própria vida pelo caminho que mais nos aprouver. Desse modo, os acontecimentos da vida moral ( isto é, aqueles que dependem apenas de nossa decisão) podem ser por nós dirigidos. Daí porque a reencarnação é o caminho de nossa evolução e aperfeiçoamento. Não podemos modificar o passado, mas podemos construir o futuro, a partir do presente.


Até mesmo a morte pode ser prorrogada ou antecipada. Quantos não morrem por sua própria culpa!...O suicídio, por exemplo, é a antecipação da morte, e muitas vezes depende de um ato da vontade. É claro que todos temos um tempo mais ou menos de vida, e isso está previsto até mesmo pelo D.N.A., desde o momento de nossa concepção. Entretanto, o que está no D.N.A. ou o que decidimos para nossa vida antes de reencarnar pode ser alterado pelas circunstâncias do meio em que vivemos e pela nossa própria vontade. Assim, os cuidados com a saúde tendem a nos garantir uma vida mais longa, enquanto que os abusos ( o uso do fumo, do álcool e das drogas em geral, e todas as outras formas de abuso, incluindo a alimentação) tendem a diminuir os anos de vida na Terra.


N’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO encontramos o tema “Cuidar do Corpo e do Espírito”, que se refere aos cuidados que devemos ter com a nossa vida – tanto em relação ao bem-estar físico, quanto em relação ao bem-estar espiritual. O primeiro compromisso do Espírito é consigo mesmo, o que não é fácil; quanto mais em relação aos outros. A desatenção para com a nossas próprias necessidades pode ser um fator de doença e até de morte prematura.


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