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quinta-feira, 10 de março de 2022

IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Principal órgão e centro do sistema nervoso dos animais vertebrados e alguns invertebrados, o cérebro conecta-se contem bilhões de neurônios ligados por mais de mil conexões sinápticas cada. A evolução das Ciências nos últimos dois séculos, constitui-se na mais complexa estrutura biológica desconhecida em muitos aspectos. As revelações do Espiritismo, contudo, tem importante contribuição a dar como veremos no trecho do artigo reproduzido a seguir inserido por Allan Kardec no número de janeiro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA. Escreveu ele: - A alma ( ou Espírito) é o Ser inteligente; nela está a sede de todas as percepções e de todas as sensações; ela sente e pensa por si mesma; é individual, distinta, perfectível, preexistente e sobrevivente ao corpo. O corpo é o seu invólucro material: é o instrumento de suas relações com o mundo visível. Durante sua união com o corpo, ela percebe por meio dos sentidos, transmite seu pensamento com a ajuda do cérebro; separada do corpo, percebe diretamente e pensa mais livremente. Tendo os sentidos um alcance circunscrito, as percepções recebidas por seu intermédio são limitadas e, de certo modo, amortecidas; recebidas sem intermediário, são indefinidas e de uma sutileza surpreendente, porque ultrapassa, não a força humana, mas todos os produtos de nossos meios materiais. Pela mesma razão, o pensamento transmitido pelo cérebro se filtra, a bem dizer, através desse órgão. A grosseria e os defeitos do instrumento a paralisam e em parte a abafam, como certos corpos transparentes absorvem uma parte da luz que os atravessa. Obrigado a servir-se do cérebro, o Espírito é como um músico muito bom, diante de um instrumento imperfeito. Livre desse incômodo auxiliar, desdobra todas as suas faculdades. Tal é o Espírito durante a vida e depois da morte. Para ele há, portanto, dois estados: o de encarnação ou de constrangimento, e o de desencarnação ou de liberdade; em outras palavras: o da vida corporal e o da vida espiritual. A vida espiritual é a vida normal, permanente da alma; a vida corporal é transitória e passageira. Durante a vida corporal, o Espírito não sofre constantemente o constrangimento do corpo, e aí está a chave dos fenômenos físicos, que só nos parecem estranhos porque nos transportam para fora da esfera habitual de nossas observações. Qualificaram-nos de sobrenaturais, embora, na realidade, estejam submetidos a leis perfeitamente naturais, porque essas leis nos eram desconhecidas. Hoje, graças ao Espiritismo, que deu a conhecer essas leis, desapareceu o maravilhoso. Durante a vida exterior de relação, o corpo necessita de sua alma ou Espírito por guia, a fim de o dirigir no mundo; mas nos momentos de inatividade do corpo, a presença do Espírito não é mais necessária; dele se desprende, sem, contudo, deixar de a ele se prender por um laço fluídico, que a ele o chama, tão logo se fizer necessária a sua presença. Nesses momentos recobra parcialmente a liberdade de agir e de pensar, da qual só desfrutará completamente depois da morte do corpo, quando deste estará completamente separada. Esta situação foi espiritualmente e muito veridicamente descrita pelo Espírito de uma pessoa viva, que se comparava a um balão cativo, e por um outro, o Espírito de um idiota vivo, que dizia ser como um pássaro, amarrado pela pata. Esse estado, que chamamos emancipação da alma, ocorre normalmente e periodicamente durante o sono. Só o corpo repousa para recuperar as perdas materiais; mas o Espírito, que nada perdeu, aproveita essa pequena trégua para se transportar para onde queira. Além disso, tal estado também ocorre toda vez que uma causa patológica, ou simplesmente fisiológica, produz a inatividade total ou parcial dos órgãos da sensação e da locomoção. É o que se passa na catalepsia, na letargia, no sonambulismo. O desprendimento ou, se se quiser, a liberdade da alma, é tanto maior quanto mais absoluta a inércia do corpo.

Gostaria de saber se existe alguma oração, algum trabalho ou alguma fórmula que possa tirar uma pessoa do vício da bebida, sendo que essa pessoa é um trabalhador honesto. (Anônima)


O alcoolismo – ou dependência do álcool – não é um problema que possa ser resolvido sem o consentimento e o esforço da pessoa que bebe. Muita gente quer atribuí-lo aos Espíritos e acha que pode obter, num ato mágico, uma solução para o problema, afastando esses Espíritos. Mas não é tão simples assim. Em primeiro lugar, devemos considerar que há uma predisposição na pessoa, mesmo que ela seja uma pessoa honesta e trabalhadeira, que a leva à bebida alcoólica e acaba tornando sua mente e seu corpo dependentes ou acomodados ao consumo do álcool. Do ponto de vista psiquiátrico, o alcoolismo é uma doença.


São variados os fatores que levam a pessoa ao alcoolismo, mas, em geral, são fatores de ordem emocional, mesmo os que começam na adolescência. Pessoas, que dependem do álcool, fazem da bebida uma muleta, um meio para encontrarem coragem de enfrentar a si mesmas – com os seus problemas, naturalmente. Serve também como fuga, para não pensar e sofrer decepções, dissabores – as amarguras da vida. Mas é uma fuga enganosa e muito cara, para ela e para seus familiares.


É claro que todos nós somos suscetíveis de sofrer influências espirituais. Nesse sentido, o alcoolista dificilmente está sozinho na hora de beber, mas, nestes casos, os Espíritos são apenas seus companheiros de bebida. Não foram eles que criaram a disposição para beber. A disposição vem da própria pessoa. Eles apenas aproveitam uma oportunidade para estimular mais a sua vontade de beber e suprir suas necessidades, já que, para chegarem à bebida, deles dependem inteiramente dos encarnados.


Entretanto, não existem palavra sagrada ou sacramental, fórmula milagrosas ou mágicas, que possam mudar a vontade de alguém. Só a pessoa pode mudar-se, quando ela reconhecer sua necessidade, quando quiser se dispor a isso, com uma vontade firme e determinada de se libertar dessa dependência. É por isso que existe o serviço do AA – Alcoólicos Anônimos, um serviço de elevado valor moral e social, que abraça essa causa. Quando o dependente reconhece seu problema e se dispõe a se tratar, ele pode freqüentar as reuniões do AA e, ao mesmo tempo, passar por um tratamento espiritual no centro espírita, onde vai receber orientação e conforto. Desse modo, além de tratar-se, ela poderá ajudar os Espíritos que a acompanham.


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