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domingo, 13 de março de 2022

PORQUE E COMO OS ESPÍRITOS BUSCAM ENGANAR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 As dificuldades enfrentadas pelo Espiritismo para romper a muralha de preconceitos e atavismos carregados pelas criaturas humanas que poderiam se beneficiar de sua compreensão no entendimento dos sofrimentos que enfrentam, passa pela ação da intencionalmente maliciosa e determinada legião de Espíritos desencarnados que não tentam dificultar e retardar a transposição do ciclo evolutivo ainda característico do Planeta Terra. No número de setembro de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec auxilia-nos a raciocinar sobre o assunto em artigo de onde destacamos os tópicos seguintes: 1- A ingerência dos Espíritos enganadores nas comunicações escritas é uma das maiores dificuldades do Espiritismo. Sabe-se, por experiência, que eles não têm nenhum escrúpulo de tomar nomes supostos e até mesmo respeitáveis. 2- Haverá meios de os afastar? Eis a questão.. 3- É preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um mundo, toda uma população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se a tudo quanto fazemos. 4- Considerando-se que os Espíritos nada mais são que os próprios homens despojados de sua indumentária grosseira, ou almas que sobrevivem aos corpos, segue-se que há Espíritos desde que há seres humanos no Universo. São uma das potências da Natureza, e não esperam que haja médiuns escreventes para agir; a prova disso é que, em todos os tempos, os homens hão cometido inconsequências. 5- A ingerência dos Espíritos maus nas comunicações escritas não constitui, pois, um perigo ao Espiritismo, porque, se perigo há, continuará havendo e em caráter permanente. 6- Entre as causas que os atraem, é preciso colocar em primeira linha as imperfeições morais de qualquer natureza, porque o mal simpatiza sempre com o mal; em segundo lugar, a excessiva confiança com que são acolhidas suas palavras. 7- Quando uma pessoa honesta é enganada por eles, isso pode decorrer de duas causas: a primeira é uma confiança absoluta, que a leva a desistir de todo exame; a segunda é que as melhores qualidades não excluem certos lados fracos que dão guarida aos Espíritos maus, ávidos por se agarrarem às menores falhas da couraça. Não nos referimos ao orgulho e à ambição, que são mais do que entraves, mas a uma certa fraqueza de caráter e, sobretudo, aos preconceitos que esses Espíritos sabem explorar com habilidade, lisonjeando-os; com vistas a isso, eles usam de todas as máscaras, a fim de inspirar mais confiança. As comunicações francamente grosseiras são as menos perigosas, visto a ninguém poderem enganar. As que mais enganam são as que têm uma falsa aparência de sabedoria ou de seriedade: numa palavra, as dos Espíritos hipócritas e pseudo-sábios. Uns podem enganar-se de boa-fé, por ignorância ou presunção; os outros não agem senão pela astúcia. 8- Entre as causas que influem poderosamente sobre a qualidade dos Espíritos que frequentam as casas espíritas, não se deve omitir a natureza das coisas que ali são tratadas. Aquelas que se propõem um fim sério e útil atraem, por isso mesmo, os Espíritos sérios; as que somente visam satisfazer a vã curiosidade ou seus interesses pessoais expõem-se pelo menos a mistificações, quando não a coisas piores. Em resumo, podemos extrair das comunicações espíritas os mais sublimes e os mais úteis ensinamentos, desde que os saibamos dirigir. Toda a questão se resume em não nos deixarmos levar pela astúcia dos Espíritos zombeteiros ou malévolos. Ora, para isso o essencial é saber com quem tratamos. 9- Ouçamos a propósito os conselhos que foram dados pelo Espírito São Luís à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas através do Sr. R..., um de seus bons médiuns.: “Por maior que seja a legítima confiança que inspira os Espíritos que presidem aos vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca será por demais repetida e que deveis tê-la sempre presente em vossa mente, quando vos entregardes aos vossos estudos: pesai e amadurecei; submetei ao controle da mais severa razão a totalidade das comunicações que receberdes; não hesiteis, desde que uma resposta vos pareça duvidosa ou obscura.


Esta pergunta foi formulada pela nossa habitual ouvinte, residente em Alvaro de Carvalho, Olívia Dedini: “O que vocês podem dizer de uma pessoa, que cometeu suicídio, e teve seu corpo cremado. Será que, por causa do suicídio, a cremação não foi ainda pior para esse Espírito? “


Bem, dona Olívia. Como se trata de um caso real, nós não temos condições de proferir qualquer julgamento do ato cometido por essa pessoa. Falamos aqui, no domingo passado, sobre suicídio, e dissemos que cada caso tem suas próprias peculiaridades. Sempre há uma prevenção contra quem se suicida, mas nós não sabemos, não temos a mínima idéia, da luta interior dessa pessoa, dos problemas que estava sofrendo ou mesmo das influências que a levaram a cometer esse ato. Não sabemos até que ponto o cometimento foi deliberado ou foi apenas uma contingência de uma enfermidade ou mesmo de uma obsessão.


O suicídio, de fato, é a mais repulsiva de todas as mortes, porque ele acaba deixando seqüelas também na família. É claro que terá conseqüências para o Espírito, mas essas conseqüências, segundo O LIVRO DOS ESPÍRITOS, não são iguais para todos os casos, pois dependem das causas que concorreram para o ato. Já a cremação é uma forma rápida de se dar fim ao cadáver, diferente do sepultamento, que é demorado. Emmanuel, no livro O CONSOLADOR, consultado a respeito, afirma que é recomendável um intervalo de, pelo menos, 72 horas ( ou três dias) para a cremação, que é a queima ou carbonização do cadáver. Nessa resposta, ele leva em conta o tempo que o Espírito demora para desencarnar.


Devemos entender, no entanto, que não é que o fogo queime ou destrua o perispírito, mas, sim, a impressão que o Espírito pode ter ao perceber o corpo consumido pelo fogo, se ele estiver consciente do que está se passando. A desencarnação, em geral, demora algumas horas, mas, eventualmente, pode se estender por alguns dias. Nesse aspecto, não sabemos avaliar cada caso em particular, mas se a ouvinte quiser ter uma idéia melhor das possibilidades, basta consultar o livro OBREIROS DA VIDA ETERNA, de André Luiz, onde vai encontrar várias narrativas sobre desencarnação.


Por outro lado, seja qual for o gênero de morte, o processo de desencarnação depende muito do caráter do Espírito, de seu merecimento. Ninguém está totalmente desamparado no seu caminho. Há familiares, amigos e protetores que podem tomar providências para atenuar os possíveis problemas que advenham de uma morte violenta, como acelerar o processo de desencarnação e deixar o Espírito inconsciente do que está se passando. Contudo, como o Espírito nos proporciona tais esclarecimentos, Olívia, convém sempre nos precaver para evitar problemas mais difíceis do que os que já estamos passando. No mais, precisamos orar pelos amigos que partiram em circunstâncias mais difíceis.

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