faça sua pesquisa

segunda-feira, 25 de abril de 2022

INFLUENCIA ATRAVÉS DE FLUIDOS ESPIRITUAIS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Uma das fascinantes revelações feitas pelo Espiritismo, sem dúvida, refere-se à influência espiritual que pode evoluir para os processos obsessivos percebidos nos comportamentos das criaturas humanas. Fatos comprovados através da contribuição de milhares de médiuns há mais de um século e meio, bem como de trabalhos como os do psiquiatra Dr Inácio Ferreira preservados em livros como NOVOS RUMOS À MEDICINA ou A PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO (feesp), os quais resumem experiências do médico na direção clínica do Sanatório Espírita de Uberaba. Pouco depois da publicação do primeiro dos trabalhos, o Espírito conhecido como André Luiz repassaria para nosso Plano através do médium Chico Xavier, a obra LIBERTAÇÃO (feb, 1949), que tem por tema central um caso enquadrado na classificação proposta por Allan Kardec como subjugação. Numa das apreciações ali reproduzidas, aprendemos:-“Nossa mente, em qualquer parte, é um centro psíquico de atração e repulsão. O Espírito encarnado respira numa zona de vibrações mais lentas, enfaixado num veículo constituído de trilhões de células que são outras tantas vidas microscópicas inferiores. Cada vida, porém, por mais insignificante, possui expressão magnética especial. A vontade, não obstante condicionada por leis cósmicas e morais, inclinará a comunidade dos corpúsculos vivos que permanecem a seu serviço por tempo limitado, à maneira do eletricista que liga as forças da usina para atividades num charco ou para serviços numa torre. Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas possíveis, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. Abstendo-nos de mobilizar a vontade, seremos invariáveis joguetes das circunstâncias predominantes, no ambiente que nos rodeia; contudo, tão logo deliberemos manobrá-la, é indispensável resolvamos o problema de direção, porquanto nossos estados pessoais nos refletirão a escolha íntima. Existem princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo macrocósmico. Dirija um homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, com todas as características dos moldes estruturados pelo pensamento enfermiço, porque a sugestão mental positiva determina a sintonia e receptividade da região orgânica, em conexão com o impulso havido, e as entidades microbianas, que vivem e se reproduzem no campo mental das milhões de pessoas que as entretêm, acorrerão em massa, absorvidas pelas células que as atraem, em obediência às ordens interiores, reiteradamente recebidas, formando no corpo a enfermidade idealizada. Claro que nesse capítulo temos a questão das provas necessárias, nos casos em que determinada personalidade renasce, atendendo a impositivos das lições expiatórias, mas, mesmo aí, o problema de ligação mental é infinitamente importante, porquanto o doente que se compraz na aceitação e no elogio da própria decadência acaba na posição de excelente incubador de bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra o mal, ainda mesmo que benéfico e merecido, encontra imensos recursos de concentrar-se no bem, integrando-se na corrente de vida vitoriosa. Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos polos de um aparelho eletromagnético. O espírito encarnado sofre a influencia inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja”. Esclarece, porém: -“Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas, constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres a entreter emoções e desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do sentimento destrutivo, pelos quais já peregrinamos há muitos séculos, não nos faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a gloriosa imortalidade”.



Li numa revista que a mágoa pode causar doenças e fiquei pensando se os problemas de saúde, que tenho, não decorrem disso. Mas como fazer para evitar a mágoa, se você vive num ambiente em que as pessoas estão te machucando constantemente? ( Isaurinha)


Você deve ter visto nessa reportagem que existem, hoje, vários estudos a respeito da repercussão de nosso estado emocional no funcionamento do corpo. Parece não haver mais dúvida sobre isso: os sentimentos, chamadas negativas – como a mágoa, o ódio, a inveja, o ciúme e outros – nos fazem sofrer e com muito mais constância que as dores físicas. É o que chamamos “sofrimento moral”. Mas, na verdade, ele acaba tendo repercussão na economia orgânica, pois afeta diretamente o sistema nervoso, onde fica o comando de todas as funções do corpo.


Algumas doenças já podem ser atribuídas a sofrimentos e traumas emocionais dos pacientes – como asma, problemas gastro-intestinais, câncer ,certas cardiopatias, etc.. Outros desarranjos podem não ter tido origem na emoção doentia, mas são agravados por elas. As pessoas, em geral, precisam tomar consciência disso, pois nós, seres humanos, não somos simples máquinas. A emoção é o aspecto mais importante da vida, que devemos trabalhar para evitar desequilíbrios comprometedores.


Interessante que vamos encontrar nos ensinamentos de Jesus expressivas recomendações a respeito, quando ele fala da indulgência e do perdão. O próprio Pai Nosso, oração mais difundida no mundo cristão, diz em certo trecho “perdoa as nossas ofensas, assim como perdoamos nossos ofensores”. Essa frase tem um sentido profundo. Talvez, a maioria das pessoas, que a proferem em suas orações, não tenham prestado atenção nisso. Ela fala do nosso perdão e do perdão de Deus. Como entender isso.


O perdão de Deus é a resposta da natureza. Quando odiamos, sofremos; quando perdoamos, deixamos de sofrer. O ódio é um sentimento agressivo, violento que, embora se dirigia para o outro, na verdade, causa mais mal para quem o sente. O ódio queima por dentro – não só a alma, mas também o corpo: a neurologia – área da medicina que estuda o sistema nervoso – constatou que, ao cultivar um sentimento desagradável, o cérebro agride o organismo, causando-lhe certas disfunções. Quando esse estado se repete muitas vezes ou se torna constante, instala-se ou agrava uma enfermidade.


Não há receita pronta e acabada para combater a mágoa, além daquela que Jesus ensinou há 2 mil anos – a compreensão. A compreensão é a base do perdão. Compreender é se colocar no lugar do ofensor. É mais do que isso: é perceber que ele também é um ser humano (nosso irmão), que erra como nós erramos, que deve ter seus problemas, que ele está sofrendo ( ainda que por ignorância) e que, por isso, deve ter seus motivos para fazer o que fez, mesmo que seu ato não se justifique. Não é fácil assumir essa postura, mas é a única que nos pode livrar de um sofrimento maior, que pode vir a ter repercussão desfavorável no futuro.


Se quisermos vencer nossas mágoas, precisamos aprender a ver as pessoas por outro ângulo, de outro ponto de vista segundo Kardec, procurando penetrar no mundo de seus problemas e dificuldades. Por isso, Jesus ensinou que somos irmãos. A proximidade espiritual nos torna mais suscetíveis de entender que somos iguais e que todos sofremos – ora agredindo o outro, ora sendo agredidos. Se estudarmos melhor nossos próprios defeitos, através dos erros que temos cometido, podemos compreender melhor a condição daqueles que erram contra nós, da mesma forma que precisamos nos compreender quando somos nós que erramos contra eles.



Nenhum comentário:

Postar um comentário