Embora as ideias sejam associadas por muitos, o estudo criterioso das informações oferecidas pelos Espíritos leva a crer que a mente constitui-se num instrumento para que o Espírito trabalhe pela própria evolução. Consideram eles que “toda mente é dínamo gerador de força criativa”. (AR,5) E que “o pensamento é uma força, é o atributo característico do Ser Espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito. (RE, /1864) Acrescentam ainda que “o pensamento atua à feição de onda, com velocidade superior à da luz. (AR, 5) Objetivando reunir elementos para suscitar maiores e mais profundas reflexões, foi elaborado MENTE, CORPO, DOENÇAS – AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, disponibilizado no YOUTUBE. Dele destacamos duas questões para sua avaliação: 1- Para se relacionar com a vida, o Espírito se vale do instrumento chamado Mente. O que vem a ser? A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação vital no Planeta. A mente emana do Espírito. É o instrumento criado pelo Espírito para aspirar, canalizar e modelar a energia espiritual extravasando seus impulsos ou aplicando-a para os fins que tem em mira. É a sede do raciocínio que guia nossos atos. A mente é o espelho da vida em toda parte . (PV,1) . É um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil (pensamento) que, a exteriorizar-se incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade às figuras de nossa imaginação, sob o comando de nossos próprios desígnios. (NDM; 1) Toda mente vibra na onda de estímulos e pensamentos em que se identifica, gerando o Espírito em si mesmo inimaginável potencial de forças mento-eletromagnéticas, exteriorizando nessa corrente psíquica os recursos e valores que acumulou em si próprio. (MM;12) Cada tipo de mente vive na Dimensão com que se harmonize. (FT ) 2- Então ela é o elo entre a realidade interior e a exterior? O reflexo mental vibra em tudo. Nossa alma pode ser comparada a um espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização. Recolhe a força da vida em ondas de sentimento e emite-as em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos. Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros. É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza. Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento. Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do Ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio. (IP) Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho. Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos. E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima. Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada pra frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no ‘hoje imperecível’. (NDM)
É possível a gente imaginar como Deus é? (Aylton)
Possível sempre é, Aylton, pois todos nós temos uma apreciável capacidade de imaginação. Observe bem: a palavra “imaginar” ; ela deriva da palavra “imagem” e, ao pé da letra, imaginar significa “criar uma imagem”. Desse modo, imaginamos, porque temos uma capacidade criar pelo pensamento a forma que queremos ou que julgamos mais adequada. Assim, é possível criar uma imagem de Deus, e é o que tem sido feito ao longo da História por todos os seres humanos que concebem a existência da divindade. No mundo antigo, Deus teve muitas e variadas formas, como tem até hoje, dependendo de como as pessoas dos diferentes povos e cultura o imaginam.
O famoso pintor, Michelangelo Buonarotti, foi contratado pelo papa Julio II, e pintou, entre os anos de 1508 e 1512, os afrescos da Capela Sistina, em Roma, e lá deixou registrado para a História como ele imaginava “Deus criando o homem”, a famosa cena da Criação, uma de suas mais ricas e belas produções artísticas. Essa imagem de Deus, criada por Michelangelo, muito divulgada pelo mundo, serviu de modelo para que as pessoas, de um modo geral, passassem a pensar em Deus como um homem bem idoso, de semblante severo, barba e cabelos compridos, uma figura humana.
Nós, seres humanos, limitados pela ação dos nossos parcos sentidos, não conseguimos pensar numa imagem que não tenha forma e cor, qualidades percebidas pela visão. A visão é um dos sentidos fundamentais para a vida; e é por isso que, quando alguém nos fala de uma pessoa, que nunca vimos, logo nos vem uma imagem que julgamos a ser a dessa pessoa referida. Assim, em tudo: uma cena, uma história que nos contam, estimulam a nossa imaginação. Para facilitar a ligação com Deus e para fortalecer a crença num deus presente, Jesus criou a imagem do Deus-Pai, que fez com que as pessoas pudessem conceber Deus, não como um ser distante no céu, mas como um pai sempre presente na vida de cada um.
Entretanto, como seres imperfeitos que somos, incapazes de ir além de nossa imaginação, sabemos que Deus está muito além do que nossa imaginação pode conceber, pois ele é o Princípio Criador por excelência, infinito em todos os sentidos: e nós não conseguimos imaginar o infinito. Em nada ele poderia se parecer com o homem, pois, se assim fosse, seria tão limitado quanto nós, e, com certeza, não poderia ser Deus. A palavra bíblica, onde se coloca que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, com certeza, não se refere à semelhança física, pois Deus não pode ter nada de físico, mas ao princípio espiritual divino, existente em cada um de nós, que somos suas criaturas, sempre caminhando em sua direção.
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