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terça-feira, 24 de maio de 2022

A RESPOSTA AO PRINCIPE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Os regimes Monárquicos ainda prevaleciam, sobretudo na Europa, e, um ano após ter iniciado a publicação da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec abre o número de janeiro de 1859, reproduzindo a íntegra de uma carta dirigida a um Príncipe que lhe escrevera solicitando alguns esclarecimentos sobre informações veiculadas pelo Espiritismo apresentado ao publico meses antes, através d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Precedendo as respostas as 5 perguntas recebidas, Kardec alinha alguns pontos considerados por ele como fundamentais para esclarecer algumas outras dúvidas: 1- Fora do mundo corpóreo visível, existem seres invisíveis, que constituem o Mundo dos Espíritos. 2- Os Espíritos não são seres à parte, mas as próprias almas dos que viveram na Terra, ou em outras esferas, e que se despojaram de seus invólucros materiais. 3- Os Espíritos apresentam todos os graus de desenvolvimento intelectual e moral. Consequentemente, há-os bons e maus, esclarecidos e ignorantes, levianos e mentirosos, velhacos e hipócritas, que procuram enganar e induzir ao mal, assim como os há em tudo muito superiores, que não procuram senão fazer o Bem. Esta distinção é ponto capital. 4- Os Espíritos rodeiam-nos incessantemente. Malgrado nosso, dirigem os nossos pensamentos e as nossas ações, assim influindo sobre os acontecimentos e sobre os destinos da Humanidade. 5- Os Espíritos por vezes denotam sua presença por meio de efeitos materiais. Esses efeitos, nada tem de sobrenatural: só nos parecem tal porque repousam sobre bases fora das leis conhecidas da matéria. Uma vez conhecidas essas bases, os efeitos entram na categoria dos fenômenos naturais. É que Espíritos podem agir sobre os corpos inertes e movê-los sem o concurso dos nossos agentes externos. Negar a existência de agentes desconhecidos, pelo simples fato de que não os compreendemos, seria traçar limites ao poder de Deus e crer que a Natureza nos tenha dito sua ultima palavra. 6- Todo efeito tem uma causa; ninguém o contesta. É, pois, ilógico negar a causa pelo simples fato de que é desconhecida. 7- Se todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. Quando vemos as peças do aparelho telegráfico produzirem sinais que correspondem ao pensamento, não concluímos que elas sejam inteligentes, mas são movidas por uma inteligência. Dá-se o mesmo com os fenômenos espíritas. Se a inteligência que os produz não for a nossa, evidentemente independe de nós. 8- Nos fenômenos das ciências naturais agimos sobre a matéria inerte e a manejamos à nossa vontade. Nos fenômenos espíritas agimos sobre inteligências que dispõem do livre arbítrio e não se submetem à nossa vontade. Há, pois, entre os fenômenos comuns e os fenômenos espirituais uma diferença radical quanto ao princípio. Eis porque a ciência vulgar é incompetente para os julgar. 9- O Espírito encarnado tem dois envoltórios: um material, que é o corpo, outro semi-material e indestrutível, que é o períspirito. Deixando o primeiro, conserva o segundo, que constitui uma espécie de segundo corpo, mas de propriedades essencialmente diferentes. Em estado normal é-nos invisível, mas pode tornar-se momentaneamente visível e mesmo tangível: tala causa do fenômeno das aparições. 10- Os Espíritos não são, pois, seres abstratos, indefinidos, mas seres reais e limitados, com existência própria, que pensam e agem em virtude de seu livre arbítrio. Estão por toda parte, em volta de nós. Povoam os espaços e se transportam com a rapidez do pensamento. 11- Os homens podem entrar em relação com os Espíritos e receber comunicações diretas pela escrita, pela palavra ou por outros meios. Estando ao nosso lado, ou podendo vir ao nosso apelo, é possível, por certos meios, estabelecer comunicações frequentes com os Espíritos, assim como um cego pode fazê-lo com as pessoas que ele não vê. 12- Certas pessoas são mais dotadas que outras de uma aptidão especial para transmitir comunicações dos Espíritos: são os médiuns. O papel do médium é o de um interprete; é um instrumento de que se serve o Espírito; esse instrumento pode ser mais ou menos perfeito, donde as comunicações mais ou menos fáceis. 13- As comunicações tanto podem provir de Espíritos inferiores quanto de superiores. 14- Todos nós temos um Espírito familiar, que se liga a nós desde o nascimento, que nos guia, aconselha e protege. 15- Além do Espírito familiar há outros que atraímos graças à sua simpatia por nossas qualidades e defeitos ou em virtude de antigas afeições terrenas.



Na revista “Seleções” do mês de abril de 2008, página 154, no artigo “Cura à Distância”, diz que rezar por uma pessoa, que está doente, realmente funciona, de acordo com pesquisa da Universidade Estadual do Arizona. Então, eu pergunto: “o contrário também funciona? Alguém, com pensamentos rancorosos, invejosos, etc., pode nos prejudicar? O que devemos fazer para receber melhor os bons pensamentos, de cura e evitar pensamentos ruins, de inveja, etc. (ANA ROSA PINHEIRO GONÇALVES)


De fato, experiências têm sido feito nesse sentido, Ana Rosa; inclusive aqui, na Universidade de Brasília, conforme a imprensa noticiou meses atrás.. Neste sentido, foi feito o seguinte experimento: os pesquisadores dividiram pacientes crônicos em dois grupos – um que receberia a oração e outro não. Entretanto, nenhum paciente sabia o que estava acontecendo; portanto, os pacientes não foram informados de nada. Um grupo de pessoas religiosas, acostumadas à oração, foi encarregado de fazer a prece em determinados horários e dias em favor dos pacientes. Depois de certo tempo, os pacientes foram reavaliados e verificou-se que o grupo, que recebeu prece, teve uma reação significativamente melhor do que aquele que não recebeu.


André Luiz, na obra “Mecanismos da Mediunidade”, psicografada por Chico Xavier, afirma que o pensamento ainda é matéria. Não essa matéria comum, que conhecemos, mas um tipo de uma substância fluídica muito tênue ( semelhante às ondas eletromagnéticas do rádio e televisão), que se propaga no espaço, formando em torno das pessoas uma espécie de atmosfera mental, que André Luiz dá o nome de psicosfera. Cada um de nós tem a sua própria psicosfera, ou seja, um campo formado pela matéria de seus pensamentos ( ou seja, pelo que a pessoa costuma pensar e sentir no seu dia-a-dia).


Quem cultiva um padrão mais elevado de pensamento tem mais condições tanto de fazer quanto de receber o bem e suas preces são mais poderosas nesse sentido. Quem tem pensamentos de baixo padrão moral, tem mais chances de fazer ou de receber o mal pelo pensamento. Acontece que é esse campo mental ou psicosfera ( de que fala André Luiz) que favorece a presença de Espíritos bem ou mal intencionados, que são para ele atraídos, dependendo do padrão de pensamento que a pessoa costuma emitir.


O campo mental, que cada pessoa cria com seus pensamentos, portanto, seleciona o tipo de pensamento que nos enviam, e nisso está a condição para merecermos boas preces ou maus pensamentos. Logo, se alguém nos manda sentimentos elevados, votos de saúde ou desejos de melhora, se estivermos abertos para isso, com certeza, vamos receber, e esses pensamentos vão nos favorecer de alguma forma. Não quer dizer que eles, por si somente, vão resolver nossos problemas, mas certamente vão nos ajudar. O que determina o padrão de pensamento de uma pessoa é o tipo de vida que ela leva, pois as nossas atitudes e atos refletem, no dia-a-dia, o que nós pensamos.


Explicando a experiência com os pacientes, podemos dizer que, no caso de uma pessoa doente, devemos considerar que ela está mais protegida pelos seus próprios pensamentos que, nesses momentos, são sempre mais contidos e mais puros. Daí porque um grupo de paciente de um hospital é mais sensível às preces do que um grupo de pessoas saudáveis. Mas a resposta final, Ana Rosa, é que, no caso de pensamento negativo, o mal vai atingir com mais facilidade quem têm um campo mental povoado de idéias e sentimentos negativos, como ódio, e inveja, e impulsos de hostilidade contra o próximo.





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