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quarta-feira, 25 de maio de 2022

ÚNICA FORMA DE ENTENDER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Aqueles que assistem ao filme A CULPA É DAS ESTRELAS que enfoca a difícil situação de pacientes diagnosticados com doenças irreversíveis suas relações com a doença, entre si e seus familiares, certamente indaga se realmente existe um Deus, qual o sentido disso e que culpa tem os pais por se defrontarem com tão dolorosa situação. Apesar dos avanços da Medicina na busca de respostas os argumentos meramente fisiológicos não parece resolvida a questão. Buscar a evasiva de que “é por que Deus assim quis” tampouco. Podemos dizer que Espírito comanda a máquina física, através de um Corpo intermediário denominado Espíritual ou Perispírito, que por sua vez, modelou e organizou o chamado corpo físico a partir da fecundação do óvulo, servindo-se das contribuições genéticas masculinas e femininas dos geradores. Assim, a vida na nossa Dimensão subordina-se a Leis que oferecem ao Ser oportunidades renovadas de se reabilitar diante das quedas ou infrações resultantes do exercício do Livre Arbítrio. Diante dessa visão, vitimas de doenças incuráveis nos primeiros anos de vida, sugerem a volta daqueles que desistiram da vida em outras encarnações através do suicídio. Os anos aqui passados correspondem ao tempo não cumprido na vida frustrada e os males externados no corpo físico, correspondentes às áreas lesadas pelas agressões a elas impostas. No ano de 1961, através do médium Chico Xavier, o Espírito identificado como Emmanuel escreveu interessante texto em que estabelece conexões entre o efeito e o agente causal. Segundo ele, “os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa”. Acrescenta que “segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma”. Uma década depois, em entrevista a programa de televisão, Chico Xavier ampliaria nossa compreensão dizendo: -“O suicídio, para aqueles que conhecem a importância da vida, impõe um complexo culposo muito grande nas consciências. Então, em suicidando, demandamos o além com a lesão das estruturas do corpo físico. De forma que, se damos um tiro no crânio, conforme a região que o projétil atravessa, sofremos no além as lesões consequentes. São Espíritos doentes, os espíritos enfermiços que recebem carinho especial dos Protetores Espirituais. Mas o problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra, pedimos para assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Assim, se a bala atravessou o centro da fala, naturalmente vamos retomar o corpo físico em condições de mudez. se atravessa o centro da visão, vamos renascer com processo de cegueira; se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o equilíbrio de nossas estruturas espirituais, vamos voltar com determinadas moléstias que afetam o nosso equilíbrio; quando nos envenenamos, quando envenenamos as nossas vísceras, somos candidatos; quando voltamos à Terra, ao câncer nos primeiros dias de infância, ao problema de fluidos comburentes que criam desequilíbrio no campo celular.




Uma ouvinte veio comentar sobre o crime ocorrido em São Paulo contra a menina Izabela Nardoni, anos atrás. Ela se diz muito chocada com o que aconteceu e acredita que todas as mães, principalmente as mães que têm filhas nessa idade, devem estar sentindo o mesmo... Mas ela tem medo de que não se faça justiça e que o criminoso saia impune.


Não há dúvida, de que um fato dessa natureza causa uma grande comoção na sociedade. Crimes não deveriam existir; mas existem. Sempre existiram e, com toda certeza, esse também não será o último: infelizmente é a condição humana, ainda distante do elevado ideal de Jesus, que ensina o amor, até mesmo, pelos inimigos. Quanto mais para uma criança indefesa!... Uma criança deveria ser sempre um motivo de alegria e de esperança para todos.... E quem cometeu esse crime também já foi criança...


No entanto, precisamos reconhecer que a mídia explora em demasia e de maneira espetacular acontecimentos tão tristes como esse, dá-lhe uma dimensão assustadora, porque, de tanto insistir na cobertura dos fatos – a todo momento - mexe em demasia com o sentimento do povo, a ponto de torturá-lo com abusada insistência. Não estamos querendo diminuir a gravidade do fato, mas alertando (principalmente os pais) para não se deixarem envolver por uma comoção doentia, que pode embotar a razão e gerar revolta e, até mesmo, descrença no ser humano e na vida. A pior condição, que o homem pode chegar, é perder a esperança e desacreditar da vida e de Deus.


Os crimes bárbaros - crimes com requintes de crueldade ( os chamados crimes hediondos) sempre existiram e , no passado, muito mais do que hoje. Acontece que, no passado mais distante, não tínhamos os meios de comunicação de que hoje dispomos. Quando não tínhamos rádio nem televisão, a notícia caminhava muito devagar e, quando chegava, o fato já tinha ocorrido há tempos e não causava mais tanta comoção. Hoje, porém, com a facilidade de comunicação, ele é visto imediatamente e repetido a toda hora, nos mínimos detalhes, explorado de todos os ângulos possíveis, porque, para o jornalismo, a notícia que causa impacto e comoção é sempre a melhor notícia.


Precisamos estar atentos. Um crime é sempre uma ameaça para a sociedade e quando ele causa comoção social, então, adquire uma dimensão ainda maior. Entretanto, ele precisa ser apurado, com equilíbrio, com tranqüilidade, sem traumas e sem coações, que são as condições ideais para se chegar serenamente à verdade. Para isso, há necessidade de tempo: as coisas não se resolvem de uma hora para outra. O crime é grave, mas é grave também acusar e condenar um inocente. Daí a seriedade e a delicadeza da apuração. Um dos princípios do direito é de que é mais grave condenar um inocente do que absolver um criminoso.


É por isso que tudo dever ser feito com a máxima cautela, evitando o açodamento da imprensa e, mais que isso, a curiosidade popular, que mais prejudica que ajuda. Além do mais, sabemos que uma coisa é a justiça humana e outra a justiça divina. A verdade verdadeira, por melhor a investigação dos fatos, nunca se mostra clara e precisa. Mas a justiça divina é infalível. Pode o homem safar-se de responsabilidades, conseguir absolvição por meio de artifícios da própria lei, mas jamais conseguirá enganar-se a si próprio e muito menos a Deus.


Por isso, Jesus sempre se mostrou sereno e calmo. Sua condenação injusta e seu martírio foram uma vitória momentânea para os inimigos, e ele sabia disso. Todavia, não se exaltou; permaneceu confiante, sabendo que a verdadeira justiça não está nas mãos do homem, e que cada um de nós vai se encontrar consigo mesmo, diante de sua consciência, para dizer se é culpado ou inocente. Logo, prezada ouvinte, devemos aguardar, sem precipitação, sem ansiedade, confiando em Deus e orando pelos implicados, poupando-nos diante dessa avalanche de notícias e comentários que, as mais das vezes, só provocam desconforto e inquietação em nossa mente.


Certa ocasião, durante um programa de TV, o apresentador ouviu um grupo de artistas sobre pena de morte. A maioria, ainda sob grande comoção, porque uma atriz fora assassinada, disse que era a favor da pena de morte. Contudo, quando o apresentador voltou a perguntar a cada um deles, se o criminoso fosse um familiar querido (um irmão, por exemplo), se eles o defenderiam, mudaram imediatamente de opinião. Pense nisso.



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