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quinta-feira, 30 de junho de 2022

IMAGENS DIFICILMENTE VISTAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Confirmando a sobrevivência após a morte do corpo físico, o Espiritismo sustenta que os que partiram exercem maior ou menor influência sobre os que deixaram na retaguarda do Plano Material. Todavia, como se originam as chamadas influências espirituais? A resposta é oferecida pelo próprio Allan Kardec, sendo seguida por seis exemplos muito interessantes sobre as variações dessa ação do Mundo Invisível sobre o Visível: - O Mundo Invisível é composto dos que deixaram seu envoltório corporal ou, por outras palavras, das almas que viveram na Terra. Estas almas ou Espíritos, o que é a mesma coisa, povoam o Espaço, estão em toda parte, ao nosso lado, como nas regiões mais afastadas. A experiência prova que podem vir ao nosso apelo; mas vem mais ou menos de boa vontade, com maior ou menor prazer, conforme a intenção, como bem se compreende. (RE; 12/1859) Vejamos os exemplos: 1- NA VIA PÚBLICA - No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos se dependuravam a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. Não havia notado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal. (...) Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. As sombras sucediam-se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em continuo vaivém (...). Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade. (M; 34) 2- NUMA RESIDÊNCIA COMUM - A família, constituída da viúva, três filhos e um casal de velhos, permanecia à mesa de refeições, no almoço muito simples. Entretanto, um fato, até então inédito para mim, feriu-me a observação: seis entidades envolvidas em círculos escuros acompanhavam-nos ao repasto, como se estivassem tomando alimentos por absorção. (...) Os que desencarnam em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, neles encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantém ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico.(...) 3 - FALTA DE IMUNIDADE - Os quadros de viciação mental, ignorância e sofrimento nos lares sem equilíbrio religioso, são muito grandes. Onde não existe organização espiritual, não há defesas de paz de espírito. Isto é intuitivo para todos os que estimem o reto pensamento. (ML,11) 4- ENFERMARIA DE UM HOSPITAL - A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os. Seria inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para suas mazelas orgânicas, competindo-nos apenas irradiar boa vontade e praticar o Bem, tanto quanto fosse possível, sem, contudo, violar as posições de cada um. (OVE; 185 5- NUM RESTAURANTE - Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcóolatras impenitentes. Informou o Orientador: - Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar.(NDM, 138)




Quando alguém morre em nossa casa, para onde vai seu espírito? Uns dizem que ele fica em casa mesmo, outros que vai para o espaço, outros que vai para o umbral ou para o purgatório, outras que fica dormindo até o dia do juízo. Onde ele fica?


O Espiritismo nos ensina que é pela morte do corpo que o Espírito se liberta e que esse desprendimento do corpo, que chamamos de desencarnação, não se dá da mesma maneira com todos. Alguns, que se encontram em melhor situação, desprendem logo, outros podem demorar. É comum acontecer que o desligamento se dê durante o velório; por isso, devemos fazer de tudo para manter o velório num clima de respeito e paz, evitando que se transforme num ambiente tumultuado onde se trata e se fala de tudo.


Após o desligamento do Espírito é a sua condição espiritual, como dissemos, que vai determinar seu destino imediato. Geralmente, há uma assistência dos Espíritos familiares, amigos e protetores, nesse momento. O desencarnante pode estar consciente ou inconsciente: é mais comum que esteja inconsciente, ou seja, que ele não saiba o que está se passando. Neste caso, o processo de desencarnação é dirigido pelos benfeitores, que lhe prestam atendimento imediato, considerando que a desencarnação, na maior parte das vezes, demora cerca de 12 horas para ser concluída.


A recepção do Espírito, depois da morte, depende de suas tendências e do tipo de vida que levou na Terra. Por isso, alguns podem ser arrastados para antros de malfeitores – quando essa é sua tendência e essa foi sua prática costumeira – outros para hospitais ou escolas no plano espiritual, quando merecedores; outros, inseguros ou atormentados por problemas familiares e sentimentos de culpa, podem ficar casa com seus familiares, e outros, ainda, podem ser guindados a condições espirituais mais elevadas. Há Espíritos que dormem, até por longo tempo, mas isso depende até mesmo de suas expectativas diante da morte, de suas crenças ou das circunstâncias, muitas vezes violentas, da desencarnação.


Se você ler as obras de André Luiz, especialmente OBREIROS DA VIDA ETERNA, vai encontrar vários casos de desencarnação, que poderão ajudá-lo a entender melhor o assunto, bem como a questão do destino dos Espíritos. Devemos compreender, porém, que não há uma condição definitiva para ninguém, porque a vida continua e tudo vai depender de como o Espírito se encaminhará no futuro. As atitudes da família – de respeito, resignação e prece - podem ajudar muito o ente desencarnado, especialmente se ele não conseguiu ainda se desprender do ambiente da casa.


Contudo, a condição do Espírito após a desencarnação, por mais problemática que seja, não é definitiva. Nada existe de definitivo e imutável em relação a isso. Ele terá chances de melhorar, especialmente se se decidir por nova encarnação, pois a maior oportunidade que o Espírito tem nesse sentido está em recomeçar a vida, passar novamente pela infância, aprender ou reaprender o caminho do bem, o destino de todos nós. Nisso estão o perdão e a misericórdia de Deus.



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