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quinta-feira, 9 de junho de 2022

PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL- ENTENDA COMO ACONTECE ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Insistem vários textos elaborados por estudiosos da questão da obsessão quanto à gravidade do problema nos dias atuais, apontando-a como fator determinante de muitas das violências, suicídios, depressões que engrossam estatísticas atormentadoras da sociedade humana. Ignorado pela maioria das pessoas que se mantem demasiadamente focadas nas atividades dessa Dimensão em que momentânea e presentemente vivemos, o fato é que a origem de muitos desses eventos está na influência exercida pelos Espíritos desencarnados, conforme revelação resultante da resposta à questão 459 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. No número de dezembro de 1862, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz interessante estudo por ele desenvolvido, de onde destacamos alguns tópicos que didaticamente facilitam a compreensão do problema: 1- O primeiro ponto que importa bem se compenetrar é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se que o Espírito de um perverso de súbito se transforme (...). Mostram-nos as relações com o Mundo Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um homem de Bem será um bom Espírito; do mesmo modo, encarnando-se um bom Espírito será um homem de Bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso dará um Espírito perverso ao Mundo Invisível. E, assim, enquanto o Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de melhorar. 2- Sendo a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado errante, quanto, encarnados, deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem. Daí a predominância do mal na Terra. 3- É, pois, necessário imaginar-se o Mundo Invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior, onde se agitam como num vaso. Ora, assim como o ar das partes baixas é pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, por que corrompido pelas emanações dos Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de grande vigor. 4- Sabemos que os Espíritos são revestidos de um envoltório vaporoso, que lhes forma um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de períspirito, e cujos elementos são tirados do Fluido Universal ou cósmico, princípio de todas as coisas (...). Esse períspirito não é confinado no corpo como numa caixa. Por sua natureza fluídica, ele irradia exteriormente e forma em torno do corpo uma espécie de atmosfera, como vapor que dele se desprende (...). O períspirito é impregnado das qualidades, ou seja, do pensamento do Espírito e irradia tais qualidades em torno do corpo. 5- O fluido perispiritual é, pois, acionado pelo Espírito. Se por sua vontade, o Espírito, por assim dizer, dardeja raios sobre outro indivíduo, os raios o penetram. Daí a ação magnética mais ou menos poderosa, conforme a vontade, mais ou menos benfazeja, conforme sejam os raios de natureza melhor ou pior, mais ou menos vivificante (..). Aquilo que pode fazer um Espírito encarnado, dardejando seu próprio fluido sobre uma pessoa, pode, igualmente, fazê-lo um desencarnado. 6- Credes que os maus Espíritos, que pululam no meio humano, esperam ser chamados, a fim de exercerem sua influência perniciosa? Desde que os Espíritos existiram em todos os tempos, em todos os tempos representaram o mesmo papel, pois isto está na natureza. E a prova é o grande número de pessoas obsedadas, ou possessas, se quiserdes, antes que se cogitasse de Espiritismo e de médiuns. A ação dos Espíritos, bons ou maus, é, pois, espontânea. A dos maus produz uma porção de perturbações na economia moral e mesmo física e que, por ignorância da verdadeira causa, são atribuídas a coisas erradas. Os maus Espíritos são inimigos invisíveis, tanto mais perigosos quanto não se suspeitava de sua ação. Pondo-os a descoberto, o Espiritismo vem revelar uma nova causa de certos males da Humanidade. 6- O Espiritismo não atraiu os maus Espíritos: descobriu-os e forneceu os meios de lhes paralisar a ação e, consequentemente, os afastar. Ele não trouxe o mal, pois este sempre existiu. Ao contrário, trouxe o remédio ao mal, mostrando-lhe as causas. Uma vez reconhecida a ação do Mundo Invisível, ter-se-á a chave de uma porção de fenômenos incompreendidos e a ciência, enriquecida com esta nova Lei, verá novos horizontes abertos à sua frente.


Como fui criada na religião católica, sempre ouvi dizer que as crianças, que morrem sem serem batizadas, vão para o limbo. Para os espíritas, qual é o destino das crianças que morrem?(M.H.S.V.)


Parece-nos que a concepção de limbo foi introduzida por São Tomás de Aquino, teólogo da Igreja. Seria, como você diz, o lugar para onde vão as crianças não-batizadas, mas também todas as pessoas, que não cometeram grandes pecados ou que são incapazes de cometê-los, como é o caso dos deficientes mentais, dos índios e até das almas boas de pessoas de outras credos. Em 2004, a Igreja voltou a debater essa questão, através de uma comissão teológica, que sugeriu sua extinção.


Na verdade, a concepção do limbo surgiu para revolver um grande impasse teológico: se os bons vão para o céu e se os maus para o inferno, para onde vão os que não são nem bons nem maus, porque simplesmente não sabem o que fazem? E os bons, que não católicos, para onde vão? Essas questões nunca ficaram muito claras para os fiéis e, portanto, nunca ficou definitivamente resolvida. Ao que tudo indica, a concepção do limbo teria sido sepultada pela Igreja em 2006, sob o pontificado de Bento XVI.


Tempos atrás, o teólogo Leonardo Boff, hoje afastado dos ofícios da igreja por divergências com o Vaticano, falou na televisão sobre a morte do grande antropólogo e educador, Dr. Darci Ribeiro, de quem fora grande amigo. Darci Ribeiro era ateu, e amigo do sacerdote. Segundo Boff, ele foi para o céu, pois, apesar de ser ateu, foi um homem bom, que contribuiu muito para a sociedade brasileira. Como vemos, é um entendimento muito diferente daquela posição dogmática e ortodoxa da Igreja.


Para a Doutrina Espírita, a questão do destino das pessoas após a morte é simples. Tudo se resolve com a Lei da Reencarnação e, portanto, não está condicionado ao fato de a pessoa ser desta ou daquela religião, ou não ter religião alguma. Entretanto, a doutrina da vida única não pode responder, nem mesmo, por que um individuo morre criança, por que alguns não chegam nem mesmo a nascer, por que existem pessoas mentalmente deficientes – e mais ainda, porque existem pessoas das mais variadas religiões ( desde as mais primitivas às mais atuais) e por que existem pessoas sem religião e, até mesmo, ateus.


A doutrina da reencarnação tem respostas para todas essas questões, mostrando porque as pessoas e as coletividades são tão diferentes entre si, de onde elas vêem antes de nascer e para onde vão depois da morte. Não podemos conceber que Deus trataria diferentemente seus filhos, só porque eles morrem em idades diferentes, em épocas diferentes, em condições de vida diferentes, porque têm religiões diferentes e entendimentos muitos diversos a respeito da vida. Essa multiplicidade de situações, que faz com que a vida de cada um tenha seu próprio caminho e suas próprias características, pode ser perfeitamente explicada pela Lei de Evolução.


As crianças não são Espíritos recém-criados. Elas provêm de experiências de vidas passadas, que se refletem na presente existência. Portanto, se uma criança nasce com limitações, se adquire uma doença ou morre muito cedo, nada disso aconteceu por acaso; ao contrário, faz parte de seu caminhar evolutivo. Ela é criança agora, mas já foi adulto ontem: portanto, sua vida não está começando nesta existência - e o fato de reencarnar e morrer precocemente não é mero fruto do acaso, nem o que comumente se chama de “vontade de Deus”, como se Deus decidisse aleatoriamente que tal ou tal família devesse sofrer a perda de um filho em tenra idade, natural ou acidentalmente.


Desse modo, cada encarnação tem um sentido, ligado às necessidades evolutivas do Espírito. Todos nós temos protetores espirituais, mas, quando criança, essa proteção é muito especial, de modo que as crianças, quando morrem, geralmente, são conduzidas a instituições próprias na Espiritualidade – como lares e escolas, para receberem tratamento adequado, segundo suas necessidades. Algumas podem até reencarnar imediatamente, outras são levadas a essas instituições, onde vão encontrar almas amigas – até familiares da última encarnação – que vão ajudá-las a percorrer seu caminho de crescimento e evolução.


Se você, cara ouvinte, quiser ter uma visão mais detalhada deste tema, leia um livro de André Luiz, intitulado “ENTRE A TERRA E O CÉU”. Nele você vai encontrar a história de um garoto que morreu em tenra idade – suas encarnações anteriores e como foi acolhido na espiritualidade. Não deixe de ler esse livro – ‘ENTRE A TERRA E O CÉU”, autoria de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Estamos à sua disposição para maiores informações.


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