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quarta-feira, 6 de julho de 2022

INFLUÊNCIAS INCESSANTES ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Falando sobre a existência do Mundo Invisível, Allan Kardec afirma que o Espiritismo “prova sua existência por fatos patentes, irrecusáveis, como o microscópio provou a existência do mundo dos infinitamente pequenos. Tendo, pois, demonstrado que o Mundo Invisível nos envolve, que é essencialmente inteligente, pois se compõe das almas dos homens que viveram, concebe-se facilmente que possa representar um papel ativo no mundo visível e produza fenômenos de uma ordem particular”. Adiciona mais dizendo que “o Espiritismo não só demonstra a sua existência, mas o apresenta sob um aspecto tão lógico que não há lugar para a dúvida de quem quer que se dê ao trabalho de estuda-lo conscienciosamente”. Desenvolvendo raciocínios para explicar a influência exercida sobre o Plano dos Encarnados, ou seja, deste em que momentaneamente estamos vivendo, Allan Kardec escreveu na REVISTA ESPÍRITA de dezembro de 1862 : - “O primeiro ponto que importa bem se compenetrar, é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se que o Espírito de um perverso de súbito se transforme. Do contrário seria desnecessário o castigo na vida futura. A experiência confirma esta teoria ou, melhor dito, a teoria é fruto da experiência. Com efeito, mostram-nos as relações com o Mundo Invisível, ao lado de Espíritos sublimes de sabedoria e de conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da Humanidade. Após a morte, a alma de um homem de Bem será um bom Espírito; do mesmo modo, encarnando-se, um bom Espírito será um homem de Bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso dará um Espírito perverso ao Mundo Invisível. E, assim enquanto o Espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de se melhorar. Porque, uma vez entrado na via do progresso, pouco a pouco se despoja de seus maus instintos: eleva-se gradativamente na hierarquia dos Espíritos, até atingir a perfeição, acessível a todos, pois Deus não pode ter criado seres eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim, os Mundos Visível e Invisível se penetram e alternam incessantemente; se assim podemos dizer, alimentam-se mutuamente; ou melhor dito, esses dois mundos na realidade constituem um só, em dois estados diferentes. Essa consideração é muito importante para melhor compreender-se a identidade entre ambos existente. Sendo a Terra um mundo inferior, isto é, pouco adiantado, resulta que a imensa maioria dos Espíritos que a povoam, tanto no estado errante, quanto encarnados, deve compor-se de Espíritos imperfeitos, que fazem mais mal que bem. Daí a predominância do mal na Terra. Ora, sendo a Terra, ao mesmo tempo, um mundo de expiação, é o contato do mal que torna os homens infelizes, pois se todos os homens fossem bons, todos seriam felizes. É um estado ainda não alcançado por nosso Globo; e é para tal estado que Deus que conduzi-lo. Todas as tribulações aqui experimentadas pelos homens de Bem, quer da parte dos homens, quer da dos Espíritos, são consequências deste estado de inferioridade. Poder-se-ia dizer que a Terra é a Botany-Bay dos mundos: aí se encontram a selvageria primitiva e a civilização, a criminalidade e a expiação. É, pois, necessário imaginar-se o Mundo Invisível como formando uma população inumerável, compacta, por assim dizer, envolvendo a Terra e se agitando no espaço. É uma espécie de atmosfera moral, da qual os Espíritos encarnados ocupam a parte inferior, onde se agitam como num vaso. Ora, assim como o ar das partes baixas é pesado e malsão, esse ar moral é também malsão, porque corrompido pelas emanações dos Espíritos impuros. Para resistir a isso são necessários temperamentos morais dotados de grande vigor. Digamos, entre parênteses, que tal estado de coisas é inerente aos mundos inferiores. Mas estes seguem a Lei do Progresso e, atingindo a idade precisa, Deus os saneia, deles expulsando os Espíritos imperfeitos, que não mais se reencarnam e são substituídos por outros mais adiantados, que farão reinar a felicidade, a justiça e a paz. É uma revolução deste gênero que no momento se prepara(...). Assim, facilmente nos damos conta da natureza das impressões que recebemos, conforme o meio onde nos encontramos. Se uma reunião for composta de pessoas de maus sentimentos, estas enchem o ar ambiente do fluido impregnado de seus pensamentos. Daí, para as almas boas, um mal estar moral análogo ao mal estar físico causado pelas exalações podres: a alma fica asfixiada. Se, ao contrário, as pessoas tiverem intenções puras, encontramo-nos em sua atmosfera como se num ar vivificante e salubre. Naturalmente o efeito será o mesmo num ambiente cheio de Espíritos, conforme sejam bons ou maus”. 


Quando a pessoa está perturbada, ela pode ser curada recebendo passes do centro espírita?


Isso, de fato, pode acontecer, mas, na maioria dos casos, o passe ( apenas e tão somente o passe) não é suficiente. O que acontece por ocasião do passe? O paciente vai ao centro e ali penetra num ambiente espiritual, protegido por Espíritos benfeitores e, portanto, desfavorável à obsessão. O obsessor pode sentir o impacto dessa situação e até sair dali depressa, pois não se identifica com o clima espiritual reinante: é como se um delinqüente entrasse numa igreja, onde todos estão orando. .


Depois desse primeiro impacto, se o obsessor ainda permanece vinculado ao paciente, ainda terá o passe, que é o tratamento dispensado pela espiritualidade com a ajuda dos médiuns. O passe é transfusão fluídica com vista ao fortalecimento físico e espiritual do paciente. Este, se sentindo mais fortalecido, reage melhor à ação do obsessor, que pode sair ou não, dependendo do grau de vinculação entre ambos. Há processos obsessivos que se instalaram de longa data e que, portanto, mais difíceis de serem debelados.


Quando o paciente vai ao centro, portanto, podem ocorrer duas situações: ou o obsessor se afasta ou, apesar de tudo, ele permanece. Mas se ele se afastar é só temporariamente, ou seja, enquanto o paciente tiver sentindo o efeito do ambiente ou do passe; depois tende a voltar, pois geralmente, há uma vinculação e uma dependência entre ambos. Se ele permanecer junto ao paciente, é porque a vinculação é mais profunda e é preciso uma série maior de passes e um tratamento mais prolongado.


Entretanto, o passe, quase sempre, não basta. Daí a necessidade de se atuar por duas frentes ao mesmo tempo: através do passe e através da orientação. A orientação é a conversa com o paciente para lhe prestar esclarecimentos e dar-lhe conforto moral. Disso deve decorrer o seu esforço para mudar atitudes, adquirir novos hábitos, ler ou freqüentar reuniões quando for o caso, fazendo a sua parte. A cura da obsessão geralmente se dá com a soma dessas várias providencias ao mesmo tempo e não apenas através do passe. Os instrutores espirituais disseram a Kardec que é através da prática do bem que afastamos Espíritos mal intencionados.



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