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domingo, 25 de setembro de 2022

DA OBSESSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Situação que, segundo alguns Espíritos, atinge proporções epidêmicas, a obsessão continua ignorada e causando enormes malefícios à sociedade humana. As influências são sutis e, portanto, sem auto-análise, imperceptíveis. Na sequência alguns exemplos colhidos nas obras do médico André Luiz através de Chico Xavier. Caso 1 - EFEITO – Homem maduro, casado, acusando agoniada indisposição , como se estivesse sob o impacto de súbito desfalecimento, durante encontro que mantinha com mulher bem mais jovem em casa noturna. CAUSA – ação de espírito desencarnado – seu sogro na presente existência -, esmurrando-lhe a face, ao surpreendê-lo em atividade extraconjugal durante a madrugada com mulher bem mais jovem, enquanto sua esposa experimentava os sofrimentos físicos e morais do câncer que evoluia em seu corpo físico. (SD,3) Caso 2 – EFEITO – Homem, 45 anos presumíveis, abatido, acometido de tremores, suando, desferindo gritos de terror, corpo encharcado de álcool, do qual é dependente. CAUSA - Ação de quatro entidades desencarnadas que o submetiam aos seus desejos, alternando-se, uma a uma, para experimentar a absorção das emanações alcoólicas, no que sentiam singular prazer. Atuavam particularmente na estrada gástrica, inalando a bebida a volatizar-se da cárdia ao piloro. (NMM, 14) Caso 3EFEITO - Mulher desconfiada e abatida, corroída pelo ciúme em relação ao marido que procura controlar com perguntas e cobranças em relação ao seu tempo. CAUSA – Ação de entidade feminina, ignorante e infeliz, a ela imantada, perseguindo e subjugando-a, para conseguir deplorável vingança, inclusive durante o sono físico, através do qual se serve para controlar-lhe a vontade, por meio de diálogos em que emprega toda sua astúcia em argumentos convincentes. (Li,6) Caso 4 EFEITO– Mulher, desencarnada, despertando após a morte cercada de seres monstruosos que a arrebataram em verdadeiro torvelinho por prolongada faixa de tempo. CAUSA – Ações levadas a efeito na existência recém-terminada em que abusando do poder econômico, exerceu a autoridade com crueldade e rigor contra escravos de sua propriedade impondo a morte no tronco de servos objetivando o castigo geral, separava mães cativas de seus filhos, vendendo-os, por questões de harmonia domestica, sentindo-se apoiada nas decisões nos argumentos de padre que lhe fora confessor.(NL) Caso 5EFEITO- Mulher, jovem, revelando angústia e inconsciência, sob forte irritação, desarmonizando o ambiente para preocupação dos encarnados presentes. CAUSA – Ação de diversos perseguidores desencarnados, impondo-lhe terríveis perturbações, secundando outro, revelando um quadro psicológico de satânica lucidez, maneiras cruéis, colado ao seu corpo, em toda sua extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica, vingando-se de gesto assumido em existência passada em que ela, por simples capricho vendeu-lhe esposa e filhos, à época escravos de sua propriedade. (ML, 18) Caso 6 - EFEITO– Homem, idade madura, ex- investigador de polícia, dando mostras de graves perturbações, evidente moléstia nervosa, suor frio a banhar-lhe a fronte, extrema palidez, revelando-se torturado por pavorosas visões no campo íntimo, somente acessíveis a ele mesmo. CAUSA - Ações no exercício de sua função, onde, ao longo dos anos, humilhou e feriu, procedeu de maneira cruel, atraindo a ira de muita gente, isolando-se, contudo, do remorso, o que lhe poupou dos pensamentos de indignação de suas vítimas, imagens que passaram a circular-lhe a atmosfera psíquica, esperando ensejo de fazer-se sentir. Com a proximidade da senectude física, meditando sobre os caminhos percorridos, abriu grande brecha na fortaleza em que se entrincheirava, libertando subitamente as forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provocou para si mesmo, através da conduta irrefletida, quebrando-lhe a fantasiosa resistência orgânica, e, as energias desequilibradas da mente em desvario, desequilibraram os órgãos mais vulneráveis do corpo físico, especialmente o sistema nervoso e o fígado que, traumatizado inclina-se para a cirrose fatal. (LI, 11)


Como é possível, no mundo espiritual, existirem florestas, animais, água e tudo o mais que André Luiz descreve em seus livros? Onde estão essas paisagens, que nós não vemos? Entre a Terra e o céu? No espaço?


Não é fácil explicar como é o mundo espiritual, justamente porque nós, seres humanos, na condição de Espíritos encarnados, não o percebemos. Nossos sentidos - a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar – não foram feitos para isso: eles existem para que percebamos apenas o mundo material mais próximo, ou seja, esta parte material do mundo em que vivemos. Assim mesmo, por mais aguçado sejam esses sentidos, hoje está provado que também não percebemos muita coisa e muitos fenômenos que ocorrem neste mundo físico. Por exemplo: nossos olhos não vêem a cor ultravioleta e nossos ouvidos não registram os chamados infra-sons e ultra-sons, que os cães ( por exemplo) percebem.


Assim, também, não é fácil descrever o que é um sentimento, como a tristeza, por exemplo. Sabemos que a tristeza existe, que está em nós, mas como dizer o que ela é. Nós a transmitimos através de nossas expressões, de nossos gestos, mas como vamos dizer exatamente o que ela é? É que os sentimentos não coisas materiais – que podemos ver, ouvir, tocar ou cheirar. Só podemos senti-los. Eles apenas podem se expressar através de nossos gestos, atitudes e comportamento. Do mesmo modo, até mesmo um médium que possa visualizar uma cena do mundo espiritual, ele só poderá dizer o que está vendo, mas não saberá dizer sobre a natureza daquele mundo.


Uma pessoa, que nasceu cega , afirma Kardec, não tem a noção do que seja a luz. Por mais que possamos dizer o que a luz é, ela, no máximo, poderá fazer uma pálida idéia do que estamos falando, de acordo com seus outros sentidos e o que passo ser criado em sua mente, através da imaginação. Igualmente nos acontece em relação ao mundo espiritual, que não vemos. André Luiz, ao descrever o que existe do outro lado da vida, diz encontrar muita dificuldade para expressar o que realmente vê; por isso ele descreve por comparações. Nós só vamos ter uma noção mais precisa do mundo espiritual quando estivermos nele e, assim mesmo, depois de certo tempo de adaptação às novas condições desse mundo..


Entretanto, os Espíritos orientadores têm feito de tudo para nos transmitir noções da Espiritualidade, das quais podemos ter, apenas, pálidas noções. Sabemos, no entanto, que o mundo espiritual para os Espíritos é tão concreto e real como o mundo material para nós. Praticamente tudo o que existe aqui existe lá. Logo, a natureza, que percebemos, não é toda a natureza que realmente existe. Do mesmo modo que, ao descrevermos uma pessoa, apontamos apenas os seus dotes físicos e não sua alma, assim também só apreciamos um aspecto da natureza, que é o aspecto material. Se você reler com mais atenção as obras de André Luiz, vai entender com mais profundidade de que estamos falando.


André Luiz, o notável repórter espiritual, deixa claro que o mundo dos Espíritos – ou seja, a dimensão do mundo que não vemos – é semelhante ao nosso, ou melhor, está integrado no nosso como um único mundo. Por isso, quando o Espírito desencarna – deixando os sentidos físicos e passando a usar seus sentidos espirituais – ele percebe um mundo semelhante ao que via quando encarnado. E é até comum que muitos, que já desencarnaram, nem percebam que já estão do outro lado, tal a semelhança entre um mundo e outro.


 



 



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