Eu, você, todos nós chegaremos ao mesmo momento. Questão de tempo. As religiões de modo geral se serviram do fato para dominar, atemorizar e explorar a fé irracional das criaturas humanas. O Espiritismo, há 160 anos tem procurado demonstrar que como dito por psiquiatra americano, “nada mais é que abrir uma porta e passar a outra sala”. Como uma mudança de cidade de forma imprevista. Na sequência do trabalho SOBRE A MORTE E O MORRER – as respostas que o ESPIRITISMO dá, destacamos algumas informações extremamente úteis pelo seu teor esclarecedor. Vejamos: 1- Porque tememos a morte? Tal temor é algo natural, consequência do instinto de conservação comum a todos os seres vivos. É necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido quanto às condições da vida futura, como contra peso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento. Sua intensidade resulta do atavismo trazido de vidas anteriores pelo fato do tema ter se transformado num instrumento religioso de controle social, especialmente no lado Ocidental da Terra. 2- Como nos livramos dele? Para libertar-se desta apreensão, deve-se poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrado pelo pensamento no Mundo Invisível e dela ter feito uma ideia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria. 3- Esse sentimento tende a desaparecer com a evolução do Espírito? A apreensão da morte depende da insuficiência das noções sobre a vida futura. Enfraquece à medida que se forma a certeza; desaparece quando a certeza é completa. À medida que o homem melhor compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte. 4- A educação desde a infância pode mudar isso? Naturalmente, visto que outra razão para alimentar-se este medo se deve à impressão, que as pessoas conservam do ensino que lhes foi dado ou não desde a infância. 5 – A informação de que no programa reencarnatório a ser cumprido pela criatura na nossa Dimensão prevê a hora da morte é válida? Dentre as revelações obtidas por Allan Kardec incluídas n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na questão 853, encontramos que “não há de fatal, no verdadeiro sentido da palavra, senão o instante da morte, momento que quando chega, seja por um meio ou por outro, não poderemos nos livrar”. Anos depois, o Instrutor Espiritual Emmanuel, através do médium Chico Xavier, esclareceria que “a morte, em geral, ocorre sempre no instante determinado. Há, todavia, exceções e essas se verificam segundo o livre arbítrio do homem. A liberdade individual está, pois, acima de todas as circunstâncias e, daí, se depreende a necessidade da educação da vontade e disciplina de emoções de cada um”. 6 - Supondo-se que a existência do Espírito seja real, qual a situação dos Espíritos encarnados cujos corpos ficam meses, e até anos em estado de coma? Dependerá da sua situação mental. Há casos em que o Espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores Espirituais. São pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação. Em outros casos, os Espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do períspirito, dispõem de uma relativa liberdade. Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem paisagens e contatos com seres que já os precederam na passagem para a vida Espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos, reavaliando seus valores íntimos. Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados (familiares e médicos)
Se a reencarnação serve para o Espírito evoluir, como é que muitos Espíritos nascem em famílias desorganizadas e acabam ficando abandonados e se tornam rebeldes e violentos?
A reencarnação, de fato, serve para dar um impulso na evolução do Espírito. Entretanto, por pior que seja o ambiente em que renasce, sempre alguma coisa ele terá de aprender, mesmo que aquele ambiente ainda não seja o ideal para aprender tudo quanto precisa. Assim, a condição em que o Espírito reencarna depende tanto de suas possibilidades, quanto das necessidades que ele criou para si mesmo. De fato, a rebeldia, que o individuo manifesta, geralmente na juventude, decorre em parte das tendências que traz do passado e em parte da falta de condições para sua educação.
A reencarnação para os Espíritos refratários funciona como uma escola difícil ou como um tratamento mais ou menos penoso, conforme as condições de cada um. Ninguém gosta de uma vida rigorosa, ainda que ela seja útil. Entretanto, há Espíritos que, pelas suas necessidades de aprendizado, por serem rebeldes e endurecidos, precisam passar por experiências mais ou menos difíceis, a fim de poderem despertar para determinados valores. Mas há outros que já podem usufruir de condições melhores por já terem superado essa etapa de maior rigor.
Nada é inútil ou desperdiçado na natureza. A reencarnação é uma lei natural; portanto, inserida nos fenômenos gerais da natureza, que tem por meta a evolução. Mesmo quando as condições do ambiente são desfavoráveis, o Espírito, por mais rebelde, não deixa de aprender. Contudo, o nosso planeta ainda está longe de oferecer condições ideais de vida para todos aqueles que aqui reencarnam. Mesmo assim, quando as condições são muito adversas, os Espíritos rebeldes reencarnam mais para enfrentarem dificuldades do que para terem seus problemas resolvidos.
Quando a Terra estiver mais preparada para cuidar das necessidades e direitos humanos, quando imperarem entre nós mais justiça social e sentimento de solidariedade, então teremos, certamente, melhores condições de atender aos Espíritos que aqui renascem. Enquanto isso, estamos lutando para alcançar uma etapa de maior desenvolvimento moral e social, que possa contribuir tanto para a evolução individual como para a evolução coletiva da humanidade.
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