faça sua pesquisa

sábado, 29 de outubro de 2022

ALERTA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Na edição de março de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec incluiu um artigo comentando a atitude daqueles que se beneficiam de sua condição de canal de comunicação entre diferentes Dimensões intitulado MEDIUNS INTERESSEIROS. O Codificador, logo no início, considera esse “defeito como um dos que podem dar acesso aos Espíritos imperfeitos”. Analisando essas considerações, observamos sua atualidade, não só diante dos médiuns por trás daqueles panfletos que prometem “soluções” e “revelações” sobre problemas existenciais como relacionamento afetivo e trabalho, mas também dos transformam livros mediúnicos em meios de vida. Vejamos a opinião de Kardec: “-Na primeira linha dos médiuns interesseiros devem colocar-se aqueles que poderiam fazer de sua faculdade uma profissão, dando o que se costuma chamar de sessões ou consultas remuneradas (..). Como, porém, tudo pode tornar-se objeto de exploração, não seria de admirar que um dia quisessem explorar os Espíritos. Resta saber como eles encarariam o fato, se acaso se tentasse introduzir uma tal especulação. Mesmo sem iniciação ao Espiritismo, compreende-se quanto isso representa de aviltante; mas quem quer que conheça um pouco o quanto é difícil aos bons Espíritos virem comunicar-se conosco e quão pouco é preciso para os afastar, bem como sua repulsa por tudo quanto represente interesse egoístico, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores sirvam ao capricho do primeiro que os evocasse a tanto por hora. O simples bom senso repele tal suposição. Não será ainda uma profanação evocar pai, mãe, filhos e amigos por semelhante meio? Sem dúvida que dessa maneira se podem ter comunicações; mas só Deus sabe de que fonte! Os Espíritos levianos, mentirosos, travessos, zombeteiros e toda a caterva de Espíritos inferiores vem sempre: estão sempre prontos a tudo responder. São Luiz nos dizia outro dia, na Sociedade: Evocai um rochedo, e ele vos responderá. Quem quiser comunicações sérias deve antes de tudo informar-se quanto às simpatias do médium com os seres do Plano Espiritual; aquelas que são dadas pela ambição do lucro só podem inspirar uma confiança falsa e precária. Médiuns interesseiros não são apenas os que poderiam exigir uma determinada importância: o interesse nem sempre se traduz na esperança de um lucro material, mas também nos pontos de vista ambiciosos de qualquer natureza, sobre os quais pode fundar-se a esperança pessoal. É ainda um tropeço que os Espíritos zombadores sabem utilizar muito bem, e de que se aproveitam com uma destreza e com uma desfaçatez verdadeiramente notáveis, acalentando enganadoras ilusões naqueles que assim se colocam sob sua dependência. Em resumo, a mediunidade é uma faculdade dada para o Bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para alcançar seja o que for que não corresponda aos desígnios da Providência. O egoísmo é a chaga da sociedade; os Bons Espíritos o combatem e, portanto, não é possível supor que venham servi-lo. Isto é tão racional, que sobre tal ponto seria inútil insistir. Os médiuns de efeitos físicos não estão nas mesmas condições: seus efeitos sendo produzidos por Espíritos inferiores, pouco escrupulosos quanto aos sentimentos morais, um médium dessa natureza, que quisesse explorar sua faculdade, poderia encontrar os que o assistissem sem muita repugnância. Mas teríamos ainda outro inconveniente. Assim como o médium de comunicações inteligentes, o de efeitos físicos não recebeu sua faculdade para seu prazer; esta lhe foi dada com a condição de usá-la bem e, se abusar, ela lhe pode ser retirada ou revertida em seu prejuízo porque, afinal de contas, os Espíritos inferiores estão às ordens dos Espíritos Superiores. Os inferiores gostam de mistificar, mas não gostam de ser mistificados; se de boa vontade se prestam às brincadeiras e questões de curiosidade, como os demais, não gostam de ser explorados e, a cada momento, provam que tem vontade própria, que agem quando e como bem entendem, o que faz com que o médium de efeitos físicos esteja ainda menos seguro da regularidade das manifestações que os médiuns escreventes. Pretender as produzir em dias e horas predeterminados seria dar mostras de profunda ignorância. Que fazer então para ganhar o seu dinheiro? Simular os fenômenos. Eis o que pode acontecer, não só aos que disso fizessem uma profissão declarada, como também às criaturas aparentemente simples, que se limitam a receber uma retribuição qualquer dos visitantes. Se o Espírito nada produz, elas produzem: a imaginação é muito fecunda quando se trata de ganhar dinheiro”.



A pergunta é do Antonio Carlos Ioppe. Ele quer saber por que o câncer, que era uma doença rara no passado, tornou-se tão comum hoje em dia, a ponto de atingir todas as famílias; se esse fenômeno tem alguma causa de ordem espiritual.

As doenças sempre fizeram parte das tribulações humanas e se manifestam de formas diferentes em cada época e em cada lugar. Todo ser vivo, homem ou não, está sujeito a adoecer, até porque o corpo, de uma maneira geral, está sempre se aperfeiçoando, exigindo mudanças que nem sempre são bem sucedidas de imediato. Além disso, ele vai se adaptando às situações novas por força das leis de conservação e destruição, que são leis da natureza.

O ser humano, além do meio que habita – e devemos considerar que o ambiente físico e social em que vivemos tem-se modificado intensamente nas últimas décadas – também se modifica interiormente, na intimidade da alma, em termos de pensamento e emoções. É natural, portanto, que, sofrendo uma série de influências (tanto exteriores quanto interiores), e precisando se adaptar ao meio para a sobrevivência, o corpo humano se veja obrigado a se adequar a todas essas variáveis, impondo-se sérias mudanças.

As doenças, de uma maneira geral, podem se manifestar em consequência de defeitos e limitações do próprio organismo, podem decorrer de acidentes e dificuldades de adaptação ao meio, ao estilo de vida, aos abusos, à falta de cuidados com a saúde, alimentação, etc. Todavia, existem causas espirituais, que somadas às que acabamos de citar, acarretam enfermidades, que são os males advindos de problemas (até de ordem moral) que vão ocorrendo através das encarnações.

Atualmente, com a facilidade com que o câncer se prolifera no mundo (acreditamos que isso se deve às profundas mudanças em nosso estilo de vida, principalmente na alimentação), muito dos problemas oriundos do passado (desta ou de outras encarnações) se manifestam através dessa doença, principalmente às que estão relacionadas aos conflitos emocionais decorrentes dos resíduos da culpa e da mágoa que acompanham o Espírito além da morte.

Por isso mesmo, quem tem uma visão espiritualista da vida, não se detém apenas e tão somente no tratamento médico convencional, mas se preocupa também com o tratamento espiritual, que nasce da vontade de mudar-se interiormente ou de reorganizar seus sentimentos em consonância com a lei do amor, que Jesus ensinou. As forças da alma, quando utilizadas com disciplina e critério, apoiando-se na lei do amor, podem contribuir muito no tratamento do câncer e de outras enfermidades mais comuns da atualidade. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário