faça sua pesquisa

terça-feira, 4 de outubro de 2022

AS MULHERRES TEM ALMA? EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A pergunta parece piada, mas, era coisa séria há apenas 149 anos na França, considerada o berço do Iluminismo. A confirmação está no número de janeiro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA, em matéria em que Allan Kardec registra que “lia-se nos jornais que uma jovem senhorita de vinte anos acabava de defender o bacharelado com pleno sucesso perante a faculdade de Montpellier. Dizia-se que era o quarto diploma concedido a uma mulher. Ainda não faz muito tempo foi agitada a questão de saber se o grau de bacharel podia ser conferido a uma mulher. Embora a alguns isto parecesse uma monstruosa anomalia, reconheceu-se que os regulamentos sobre a matéria não faziam menção às mulheres e, assim, elas não se achavam excluídas legalmente. Depois de terem reconhecido que elas tinham alma, lhes reconheceram o direito à conquista dos graus da Ciência, o que já é alguma coisa. Mas a sua libertação parcial é apenas resultado do desenvolvimento da urbanidade, do abrandamento dos costumes ou, se quiserem, de um sentimento mais exato da justiça; é uma espécie de concessão que lhes fazem e, é preciso se diga, que lhes regateiam o mais possível”. Comenta também saber-se quea coisa nem sempre foi tida por certa, pois, ao que se diz, foi posta em deliberação num concílio. A negação ainda é um princípio de fé em certos povos. Sabe-se a que grau de aviltamento essa crença as reduziu na maior parte dos países do Oriente. Embora hoje, nos povos civilizados, a questão esteja resolvida em seu favor, o preconceito de sua inferioridade moral perpetuou-se a tal ponto que um escritor do século passado, cujo nome não nos vem à memória, assim definia a mulher: “Instrumento de prazer do homem”, definição mais muçulmana que cristã. Desse preconceito nasceu a sua inferioridade legal, ainda não apagada de nossos códigos. Durante muito tempo elas aceitaram essa submissão como uma coisa natural, tão poderosa é a força do hábito. Dá-se o mesmo com os que, votados à servidão de pai a filho, acabam por se julgar de natureza diversa da dos seus senhores”. Apresentando, entre outros argumentos, a posição do Espiritismo pondera o sábio pensador: -“Os sexos só existem no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os Espíritos, sendo criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão pela qual os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. Os Espíritos progridem pelos trabalhos que realizam e pelas provas que devem sofrer, como o operário se aperfeiçoa em sua arte pelo trabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam conforme sua posição social. Devendo os Espíritos progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a sujeitar-se aos diferentes gêneros de provas. É por isso que, alternadamente, nascem ricos ou pobres, senhores ou servos, operários do pensamento ou da matéria. Assim se acha fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, pois o grande da véspera pode ser o pequeno do dia seguinte e reciprocamente. Desse princípio decorre o da fraternidade, visto que, em nossas relações sociais, reencontramos antigos conhecimentos, e no infeliz que nos estende a mão pode encontrar-se um parente ou um amigo. É com o mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos; aquele que foi homem poderá renascer mulher, e aquele que foi mulher poderá nascer homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes as provas.



Uma ouvinte, que não quer se identificar, telefonou dias atrás para dizer que ela tem TOC e que esse TOC atualmente está bem acentuado, embora ela não tenha especificado que tipo de TOC ela tem. Quer saber se esse TOC pode ser resultado de alguma influência espiritual.

Há pessoas que costumam apresentar certas manias ou certos rituais no seu comportamento e que geralmente chamam a atenção. Um exemplo comum de TOC é a obsessão por mãos limpas: neste caso a pessoa se vê compelida a lavar as mãos muitas vezes durante o dia. Na maioria das vezes, ela têm consciência de que se trata de um distúrbio de comportamento e que seu comportamento é ridículo e, por isso, se perturbam com isso, mas não conseguem controlá-lo. A esse distúrbio a psiquiatria dá o nome de Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido pela sigla TOC. Os psiquiatras atribuem o TOC a pensamentos compulsivos que geram ansiedade, causando desconforto à pessoa.

Não temos como afirmar com segurança se, no seu caso, existe algum componente original de ordem espiritual, cara ouvinte. Mas isso é possível. No entanto, devemos considerar que a ansiedade em grau avançado pode realmente levar a pessoa a um comportamento compulsivo, uma vez que nossa mente pode agir automaticamente a cada impulso de ansiedade, como se estivesse programada para isso. No caso de ter origem espiritual, a causa pode estar em encarnação anterior, problemas do próprio Espírito, aliada a sentimentos de culpa que o mantém ligado a adversários ou comparsas do passado.

Neste caso, o TOC pode melhorar com aplicação do passe no centro espírita, mas, mesmo assim, se se trata de um processo obsessivo mais profundo, deveria haver de sua parte um tratamento intensivo, tudo indicando a necessidade da troca de certos hábitos nocivos. Desse modo, podemos dizer que o tratamento espiritual é sempre benéfico, mas ele, de forma nenhuma, substitui o tratamento psiquiátrico. Mesmo que seja de origem obsessiva, o TOC com o tempo acaba condicionando o cérebro a dar respostas repetitivas a determinadas situações, de maneira que a intervenção médica será sempre necessária, enquanto que a terapia espiritual pode funcionar como adjuvante e complementar.

Embora, seja recomendado a aplicação regular de passe, nada substitui a tomada de consciência do paciente quanto aos cuidados que deve ter para aprender e o esforço a empreender para controlar suas emoções. A reeducação da mente o colocará ao alcance de seu Espírito protetor, que o ajudará a encontrar paz e harmonia dentro de si mesmo. Na literatura espírita é possível encontrar referências diretas aos transtornos compulsivos, bem como indicação de tratamento. Uma obra, que nos vem à memória agora, é o livro ASPECTOS PSIQUIÁTRICOS E ESPIRITUAIS NOS TRANSTORNOS EMOCIONAIS de Joanna de Angelis, recebido pelo médium Divaldo Franco.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário