Estudo conduzido pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz através dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, no mês de julho de 1965, em Nova Iorque, reproduzido no livro ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS (feb) – organizado com mensagens psicografadas por ambos em meio ao roteiro cumprido por eles no Exterior, naquele ano -, revelava que a média de desencarnações por suicídio em dez países, era tão grave e significativamente alta, quanto a do câncer e da arteriosclerose. Quase meio século depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS), demonstra que as mortes por suicídio superam atualmente as causadas por guerras e homicídios, são mais elevadas em países do leste da Europa, perfazendo no mundo, um milhão de pessoas por ano. Estima que a cada quarenta segundos uma pessoa morra por suicídio, ocorrendo anualmente, 20 milhões de tentativas, enquadrando o problema como de saúde publica, que se agravando continuamente. Diferentemente da maioria das escolas religiosas e filosóficas, O Espiritismo tem algo importante a dizer sobre o problema. Indagados sobre o desgosto pela vida que se apodera de alguns indivíduos sem motivos plausíveis, responderam: “–Efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem suas faculdades com um fim útil e segundo suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente”. Acrescentam que “o louco que se mata não sabe o que faz”. A sociedade materialista do final do século 20, em sua maioria alheia e desinteressada, acomodada e indiferente às questões espirituais – não necessariamente religiosas -, expõe-se a outro fator por ela ignorado: a influência perturbadora dos desencarnados oriundos de experiências fracassadas do passado ou invejosos, despeitados e frustrados, para os quais a felicidade do próximo é insuportável. Nesse caso, aqueles que são arrastados para tal prática, imaginando ou não terminar com tudo, experimentam o abandono dos que a influenciaram. Foi o que disse a jovem Renata Zaccaro Queiroz, que, aos 18 anos, atirou-se do oitavo andar do prédio em que residia com os pais, na região dos Jardins, em São Paulo, no dia 5 de setembro de 1979, reaparecendo viva em carta psicografada pelo médium Chico Xavier, seis meses depois em reunião pública em Uberaba (MG). Explica à mãe presente naquela noite/madrugada: “- Ainda não sei que força me tomou naquela quarta-feira. Tive a ideia de que uma ventania me abraçava e me atirava fora pela janela. Certamente de via mobilizar minha vontade e impedir que o absurdo daquele momento me enlouquecesse. Obedecia maquinalmente aquela voz que me ordenava projetar-me no vácuo. Quis recuar, mudar o sentido da situação, não consegui. Nunca imaginaria que tanto sofrimento se seguiria ao meu gesto. Não desejo fugir às responsabilidades e inventar desculpas que não tinham razão de ser. O que sei é que agi na condição de uma rã que uma serpente atraísse”. Noutros pontos de sua carta, Renata tranquiliza a mãe, dizendo: “- Não senti qualquer dor quando meu corpo registrou o impacto do encontro com o piso do prédio. Não me achava em condições de ver ou ouvir. Tudo em mim era um redemoinho qual se tivesse arrancada de casa, assim como a tempestade desloca para longe uma árvore forte com suas próprias raízes” e “estou melhorando, se bem que me veja na posição de alguém com necessidade de socorro ortopédico”. Essa duas observações da mensagem, confirmam revelação da Espiritualidade de que: 1- o suicídio por indução de processos obsessivos, contam com o pronto socorro daqueles que nos acompanham e assistem nos bastidores, interessados no nosso êxito na experiência reencarnatória, o que, é claro, não isenta o praticante das lesões e traumas consequentes da forma a que sucumbiu; 2- O corpo espiritual ou períspirito é tratável na outra Dimensão através de procedimentos – cirúrgicos, ortopédicos até hemodiálises -, muito parecidos com aqueles a que submetemos o corpo físico que utilizamos aqui. De qualquer forma, a pior das constatações daquele que imagina acabar com os sofrimentos, é que, além de não deixar de existir, experimenta de forma contínua as impressões ou sensações derivadas do gesto radical. Finalizando, Kardec pondera no capítulo cinco d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: “- A calma e a resignação hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra o suicídio”.
Um ouvinte, e insistiu em saber o que o que pensamos a respeito do papa.
O papa é o chefe de uma das maiores religiões do mundo, e de uma religião que prega os ensinos de Jesus. Portanto, para nós, espíritas, é de grande importância o seu papel no cenário mundial, como o é de todo líder religioso de grande representatividade perante os povos e as nações. O fato de comandar uma comunidade de mais de um bilhão de pessoas lhe confere uma responsabilidade muito especial, principalmente nos dias de hoje, quando estamos passando por grandes e profundas transformações em todos os setores da sociedade.
O mundo não pode voltar atrás. Nada volta mais ao que era antes. A evolução avança e é uma lei da natureza. Logo, a grande agitação, provocada por rápidas e inevitáveis mudanças abalam as estruturas mais arcaicas da religião, o que evidentemente vai exigir um exame muito ponderado do que é preciso e do que é possível mudar. Sabendo, por outro lado, que a religião sempre defende posições conservadoras, por causa de suas raízes no passado muito remoto, quer nos parecer que a Igreja, como todas as instituições do mundo, passa por um momento crítico e decisivo, em que algo precisa ser feito para sustentá-la, sob pena de o ateísmo chegar ao seu apogeu e sufocar o sentimento religioso.
Evidentemente, mudanças drásticas nunca são recomendáveis, já pelo fato de os próprios fiéis, na sua grande parte, não estarem preparados para tanto, razão pela qual o papa terá necessidade, além da habilidade política de administrar a Igreja, a de estar receptivo à inspiração divina para tomar decisões ponderadas e adequadas à realidade do mundo atual. O que nos parece é que os grandes líderes religiosos – não apenas o da Igreja Católica, mas também o de outras grandes religiões - como o Islamismo, o Budismo e o Judaísmo – precisam se unir para defender e lutar pelos elevados ideais da humanidade, pois só assim eles resgatarão o verdadeiro sentido da religião.
Hoje, mais do que nunca, a humanidade – de uma maneira geral – está sedenta de paz, de fraternidade, de solidariedade e de amor. E é com isso que os líderes conceituados devem primeiramente se preocupar. Eles não podem permanecer restritos aos estreitos círculos de seus próprios dogmas, defendendo posições muito fechadas e que servem apenas para seus seguidores, mas devem ir mais além, semeando um sentimento que é universal ( que é de todo ser humano) e que, portanto, não é apanágio desta ou daquela religião, mas da humanidade inteira que está precisando sentir no mundo a presença do amor. A religião do futuro, como costuma afirmar Leonardo Boff, ex-frei católico, será ecumênica.
Logo, rogamos a Deus abençoe e inspire o papa Francisco, o novo chefe da Igreja, e não apenas ele, mas todos os que o cercam e exercem grande influência nas decisões que serão tomadas, tanto quanto a comunidade católica de todo o mundo. Não estamos mais no tempo em que as religiões se confrontavam, uma atacando a outra, como inimigas de morte, guerreando-se e empunhando a bandeira da intolerância e do extermínio. Hoje, entendemos que os caminhos religiosos são os mais diversos e todos precisam ser respeitados. Mas entendemos, sobretudo, que todas as religiões precisam se unir, não no sentido de se tornarem iguais, mas de conquistarem a humanidade com uma expressiva mensagem de amor e paz, que é o ideal de todos.
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