faça sua pesquisa

domingo, 25 de dezembro de 2022

COMENTÁRIOS NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Já nos anos 80 do século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de lá para cá, revelarão um aumento exponencial de tais casos. Claro que o exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP), localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de 24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes. Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra, compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina, os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente, do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito, administrando os processos evolutivos dos habitantes da Terra.




Quero saber se é possível uma comunicação espiritual com uma pessoa da família que faleceu recentemente. (Edine Maria da Silva)


Possível é, mas ninguém pode garantir isso. A mediunidade ainda é o problema mais sério dentro do Centro Espírita. Dizemos isso, porque a falta de conhecimento, de estudo mesmo do Espiritismo e da mediunidade, de preparação, de exercício consciente e, sobretudo, de espírito de dedicação ao próximo, são fatores de dificultam o intercâmbio sério e consciente com o plano espiritual. Assim, não basta uma instituição se denominar espírita – e muito menos uma pessoa se qualificar como médium – para que dela possa se obter a comunicação desejada.


Chico Xavier foi o médium que mais se prestou a esse tipo de serviço: obter comunicações de entes queridos, a pedido de seus parentes. Milhares de cartas vieram através dele. No entanto, esse número, por maior nos pareça, representa apenas e tão somente uma fração muitíssimo pequena do número de pessoas que o procuraram. O próprio Chico, mesmo tendo habilidade para esse tipo de trabalho, achava-o muito difícil e geralmente comentava “o telefone só toca de lá para cá e não daqui para lá”. Isso significa que quem estabelece as condições de comunicação é a Espiritualidade, e não nós, os encarnados. Desse modo, ninguém – nem mesmo o Chico Xavier – pode garantir que vai obter determinada comunicação.


Há pessoas que, na ânsia de obter uma comunicação, vai ao primeiro médium e até lhe paga para isso. Situações dessa natureza deturpam totalmente o sentido elevado da mediunidade, pois nenhum médium pode garantir determinada comunicação. E, se garantir, desconfie dele. Assim mesmo, toda vez que queremos forçar alguma situação, contribuímos para que ela aconteça, mas a comunicação, quase sempre, não é autêntica. O próprio médium ou qualquer Espírito pode simular uma mensagem que nada tem a ver com o familiar desencarnado. Portanto, é preciso cuidado.


Além disso, o campo da mediunidade série e compromissada com a é muito amplo. Os médiuns geralmente são especializados; quer dizer, eles se dedicam a um determinado tipo de mediunidade. E isso faz com que existam médiuns que se prestam a trazer comunicações de Espíritos familiares, assim como existem grupos mediúnicos que frequentemente recebem esse tipo de mensagem. Para isso, eles precisam especializar a mediunidade nesse campo, dedicarem-se a isso, razão pela qual nem todo médium é capaz de receber uma comunicação dessa natureza. A fim de tentar obter qualquer comunicação, você deveria procurar um grupo de pessoas idôneas, que se preste a esse tipo de comunicação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário