–“Emmanuel me disse que aquela senhora teve uma discussão forte com o marido, chegando quase a ser agredida fisicamente por ele. O marido desejou dar-lhe uma bofetada, não o fazendo por um recato natural. Contudo, agrediu-a vibracionalmente, provocando uma concentração de fluidos deletérios que lhe invadiram o aparelho auditivo, causando a dor de cabeça. Tão logo começou a reunião, Dr Bezerra colocou a mão sobre sua cabeça e vi sair de dentro do seu ouvido um cordão fluidico escuro, negro, que produzia a dor. Estava psicografando, mas, orientado por Emmanuel, pude acompanhar todo o fenômeno”. O comentário de Chico Xavier se refere a uma vivência quando ainda trabalhava no Centro Espírita Luiz Gonzaga, envolvendo cooperadora do grupo a que pertencia que compareceu para o trabalho em determinada noite, reclamando de forte for de cabeça num dos lados do rosto. Ainda sobre a relação fluidos/palavra, o médium lembra que certa vez, tendo saído atrasado para o trabalho por ter perdido a hora, caminhava apressadamente quando uma vizinha gritou-lhe o nome, e, tentando esquivar-se dizendo que a atenderia na hora do almoço, foi impedido por Emmanuel que lhe determinou voltasse e se inteirasse do problema. A senhora solicitava explicações sobre orientação dada por escrito pelo Dr. Bezerra de Menezes. Esclarecida a dúvida, retomou o caminho, percebendo que a mulher, alegre, despedindo-se, diz: - Obrigada,Chico!.Deus lhe pague!Vá com Deus!.. Neste instante, ouve o Benfeitor Espiritual sugerir: - Pare um pouco e olhe para trás. Surpreso, observa uma massa branca de fluidos luminosos saindo da boca da irmã atendida, encaminhando-se para ele, entrando-lhe no corpo. Ouve ainda Emmanuel observar-lhe - “-Imagine se, ao invés de “Vá com Deus !”, dissesse magoada, “-Vá com o diabo”. De seus lábios estariam saindo coisas diferentes”. A questão dos fluidos foi substancialmente ampliada pelas observações e conclusões de Allan Kardec, sobretudo através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, fundada e editada de janeiro de 1858 até sua desencarnação em 1869. Em artigo publicado em 1867, por exemplo, afirma que “o ar é saturado de fluidos conforme a natureza dos Espíritos (ou dos pensamentos dominantes)”. Consequentemente, “ambiente carregado de fluidos salutares ou malsãos exerce influência tanto sobre a saúde física como sobre a saúde moral”. Sendo assim, “em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a influência desta atmosfera, viciada ou vivificante”. Acrescenta que “pensamentos colhidos na fonte das más paixões - ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, malevolência, etc -, espalham em torno de si eflúvios fluidicos malsãos que reagem sobre os que o cercam”. Comenta ainda que assim como o “ar viciado é saneado com correntes de ar saudável, atmosfera com maus fluidos o é como fluidos bons. Como se percebe, o pensamento mais uma vez está por trás dos fenômenos do mundo dos efeitos. Kardec considera que “o pensamento age sobre os fluidos ambientes como o som age sobre o ar; esses Fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som”. Afirma que “os fluidos que emanam dos Espíritos (encarnados ou desencarnados) são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração. As qualidades do fluido estão na razão direta das qualidades do Espírito encarnado ou desencarnado. Quanto mais elevados os sentimentos e desprendidos das influências da matéria mais depurado será seu fluido”. Já n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na questão 70, alertara que “a quantidade de fluido vital se esgota; se transmite de um indivíduo para outro; que os órgãos do corpo estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital, o qual dá a todas as partes do organismo uma atividade que as une em certas lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas; a quantidade de fluido vital não é fator absoluto para todos os seres orgânicos, variando segundo as espécies não sendo fator constante, seja no mesmo indivíduo, seja nos indivíduos da mesma espécie, e , por fim, quando os seres orgânicos morrem, o fluido vital remanescente retorna à massa”. Estudos posteriores, revelaram também que “a matéria inanimada absorve potencialmente fluidos humanos, retendo toda espécie de vibrações e emanações físicas, psíquicas e vitais”. Convertem-se assim em agentes evocadores das impressões psicométricas, como Ernesto Bozzano mostra na obra ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb). Sendo assim, da mesma forma que a influência deixada num objeto por pessoa viva tem a virtude de por o sensitivo em relação com a subconsciência dessa pessoa, assim também a mesma influência, deixada nos objetos por uma pessoa desencarnada tem o poder de por o sensitivo em relação com esses registros fluídicos ou mesmo, até com o Espírito que as deixou neles gravadas. Dai o fato de roupas de uma pessoa desencarnada poder causar sensações desconfortáveis naquela outra que a passa a usar. A água e a exposição ao Sol, desimpregnam tais peças dessa energia chamada remanente. Os alimentos também sofrem a influência dos fluidos de quem os manipula ou consome. A propósito da água fluidificada, o Espírito Emmanuel esclarece que “a água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra (...). Alerta “que a água como fluido criador, absorve em cada lar, as características mentais dos seus moradores”. Confirma que “a água pode ser fluidificada de modo geral em benefício de todos e, se em caráter particular para determinado enfermo, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo”. Recomenda que “se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais na solução de tuas necessidades fisio-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido com raios de amor em forma de bênçãos”.
Uma ouvinte, que não revelou o nome, conta que ultimamente está sofrendo muitas agressões verbais do marido. Ela diz que gostou muito dele, mas aquela fase de encantamento passou. Hoje, parece que não existe mais nada entre eles. Tem um casal de filhos, ainda criança, e pensa em se separar. Já leu alguns romances espíritas e por isso, pergunta se é possível saber se esse casamento estava programado e se ainda existe um compromisso entre eles.
O problema mais complicado do mundo é o de relacionamento com as pessoas íntimas. Devido às nossas muitas imperfeições, todos temos ainda muita dificuldade em avaliar esse tipo de problema, pois, geralmente, quando nos queixamos, nossos olhos estão voltados para o comportamento do outro, dificilmente para o nosso próprio comportamento. Por isso, precisamos manter cautela nos julgamentos. No seu caso, um conhecimento melhor da Doutrina Espírita poderia ajudá-la.
Às vezes, até podemos obter com alguma informação da Espiritualidade, na tentativa de nos ajudar. Mas não devemos contar com isso e até precisamos ter cuidado para não forjarmos uma falsa revelação. O esquecimento do passado é providencial. Ele existe justamente para buscarmos outros meios de nos avaliar e descobrir a verdadeira trajetória de nossa existência. Logo, como você já despertou para a Doutrina Espírita, talvez seja através dela que encontre respostas para o seu caminho.
Analisando Jesus, o Espiritismo dá uma importância especial ao autoconhecimento. Devemos sempre partir do princípio de que o comportamento do outro pode estar relacionado ao nosso. Da maneira como você nos colocou o problema, precisamos fazer algumas considerações especiais. Você fala em violência verbal por parte de seu marido, o que de fato parece existir. Mas é preciso saber se essa violência não decorre, pelo menos em parte, da forma como você vem se relacionando com ele. Há muitas maneiras de violentar os outros: desde as mais ostensivas – como as violências física e verbal – até as mais veladas, que atuam no silêncio e que, muitas vezes, machucam muito mais.
Às vezes, a nossa forma de conduzir uma situação dentro de casa acaba constrangendo o outro ou colocando-o na defensiva. Há mulheres, por exemplo, que sabem impor sua vontade de uma forma quase imperceptível, que pode constranger o companheiro. O homem, geralmente, não fala, tem dificuldades de reconheceras próprias fraquezas e, por isso, vai acumulando aborrecimentos que se transformam em agressividade. Não queremos dizer que isso está acontecendo, mas que há essa possibilidade, que só você, neste momento, será capaz de verificar.
O divórcio é uma solução plausível nos casos em que a convivência se torna insustentável. Mas é uma solução amarga para um problema que vai se desdobrar em outros problemas, como você mesma sabe. Por isso, só devemos recorrer à separação em último caso. Antes, porém, a conversa, o diálogo, a busca de ajuda para salvar o casamento. Daí porque estamos lhe falando que o conhecimento espírita pode ajuda-la nesse sentido. Frequente um centro espírita, converse com pessoas, leia sobre vida a dois. Aliás, vem à nossa lembrança um escritor espírita dedicado a esse tipo de problema: Jamiro dos Santos Filho, autor de “Vida a Dois”.
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