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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

SISTEMA INTEGRADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Sendo o homem um composto de três princípios essenciais – o Espírito, o períspirito e o corpo – a saúde ou a doença são resultado da harmonia perfeita ou desacordo parcial entre eles”, escreveu o Espírito chamado Mobel Lavalée em mensagem publicada por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA de março de 1868. Embora reconhecendo que “a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim, sendo este princípio um motivo de resignação para o doente”, Alerta ainda que “ignora-se a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor”. Na mesma matéria, Kardec, expõe existirem doenças oriundas em: 1- desarmonias fixadas no Espírito em outras vidas; 2- outras do Perispirito abalado por transtornos emocionais ou físicos na existência em curso; 3- outras do corpo físico abalado por excessos na alimentação muitas vezes inadequada ou falta de higiene e 4- outras por contaminação fluídica. Através do Espírito André Luiz, no século 20, na reveladora série de livros psicografados por Chico Xavier e iniciada com NOSSO LAR, sorvemos elementos para entender como funciona qualquer processo de enfermidade na integração Espírito-Matéria. Na obra ENTRE A TERRA E O CÉU (1954, feb), o Instrutor Aniceto centra no perispirito suas explicações, dizendo: -“Nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Acrescenta que “tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais (...). Analisando a fisiologia do períspirito, classifiquemos seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre”. Resumindo suas explicações, temos: 1- Centro Coronário - o mais significativo em razão do seu potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência, o qual recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito; comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em justo regime de interdependência; dele emanando as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica, sendo grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma; 2 - Centro Cerebral – ordena as percepções de variada espécie, percepções e as que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber; nele residindo o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos; 3 – Centro Laríngio – preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tiroide e das paratiróides; 4 – Centro Cardíaco – sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; 5 – Centro Esplênico – no corpo denso situado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos; 6 – Centro Gástrico – responsável pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização; 7 – Centro Genésico – em que se localiza o santuário do sexo, templo modelador de formas e estímulos. Realçando a importância do períspirito – corpo espiritual -, enfatiza que “quando nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste”.




(Leninha) A Terra está entrando em uma fase de transição para mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais da evolução? Como podemos perceber isso? Onde encontrar isso no evangelho?


Quem fala diretamente da regeneração do planeta é o Espiritismo. É o que vamos encontrar em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Mas podemos encontrar referência ao novo céu e à nova Terra também nos evangelhos de Jesus, principalmente no Sermão da Montanha, quando Jesus afirma que “os mansos herdarão a Terra”. Isso significa que ele tinha uma expectativa positiva sobre o futuro da humanidade, deixando claro que só ficariam neste planeta aqueles que, segundo ele, fizesse a vontade do Pai, ou seja - os homens de boa vontade.


A propósito, Allan Kardec, informado pela espiritualidade, diz que a Terra não é o único planeta habitado, que existem muitos outros no universo, desde os mais primitivos aos mais avançados moral e intelectualmente. Nesse contexto universal, Kardec ousou apresentar uma classificação desses mundos e dividiu-os em quatro grandes grupos. Os primeiros são os mundos primitivos, coisa que a Terra já foi, quando não existiam leis compatíveis com a moral e o bom senso. O segundo grupo é dos mundos de provas e expiação, que é o nosso caso; o terceiro grupo, o dos mundos de regeneração, que pretendemos alcançar e, por último, o que ele chamou de mundos felizes.


Essa classificação, explica Kardec, não tem nada de absoluto; é apenas para nos dar uma idéia de como ocorre o processo evolutivo dos mundos. A Terra já foi mundo primitivo, onde predominaram a ignorância e a violência ao mesmo tempo; hoje é de provas e expiações, um mundo em que seus habitantes ( que somos nós), já tem consciência do bem e do mal, anseia pelo bem, mas ainda está mais propenso ao mal. Nos mundos de regeneração ( que seria a nossa próxima etapa), o bem começa a prevalecer e, nos mundos felizes, ele prevalece.


Quando Jesus discursou sobre “o fim dos tempos” - discurso que geralmente é interpretado ao pé da letra como “fim do mundo”, ele estava se referindo de forma simbólica às grandes e profundas mudanças que iriam ocorrer no planeta. “Não ficará pedra sobre pedra que seja derrubada”, ou seja, o edifício que o homem veio construindo no passado ( sobre o egoísmo e o orgulho) deverá passar por uma ampla e profunda reforma, e sobre ele se erguerá um novo edifício ( o do amor), com idéias e ideais superiores, onde os sentimentos mesquinhos tenderão a desaparecer.


Mas, para chegarmos até lá, temos muito que trabalhar, sofrer e aprender. Podemos perceber que estamos a caminho, pelas mudanças de mentalidade que vêm ocorrendo ultimamente. E, embora ainda haja violência e corrupção entre nós, os ideais do bem, da justiça e da verdade, aos poucos, vão impondo, como podemos perceber pelas leis dos diversos países, pela ordem política internacional e pelos movimentos crescentes que lutam pela justiça e pela paz. Até as guerras, hoje, estão sendo regulamentadas por leis e, sempre que possível, evitadas. Os povos de todo o mundo estão tomando consciência de que precisamos de paz e solidariedade. Movimentos surgem em todos os lugares do planeta na defesa da natureza, de valores humanos e espirituais que, no passado, eram ignorados.


Estamos entrando numa fase de busca da democracia; basta observar o panorama internacional. Tudo converge para isso. Entretanto, a mudança é ampla e profunda. Toda mudança provoca uma reação contrária. Ela mexe em muitos interesses, causando agitações e violência, que deveremos vencer pela força dos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, anunciados desde a Revolução Francesa, no final do século XVIII. As religiões deverão se unir por objetivos comuns em busca da paz e pelo amor. A verdade é que, aos poucos, esse anseio cresce no seio dos povos, ao mesmo tempo em que podemos perceber que uma onda de solidariedade começa a se agigantar no planeta.

 

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