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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

GENIALIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Exemplos como do menino Tsung Tsung, 5 anos capaz de deixar estarrecido quem o vê ou ouve executar ao piano belíssima peça musical de memória ou da holandesa Amira Willinghagen, 9 anos da americana Jackie Evancho, 10 anos que interpretam como grandes divas da música peças de óperas conhecidas, entre outros recentemente divulgados pela mídia não são fatos incomuns. A história coleciona vários outros, envolvendo personagens que mudaram campos do conhecimento, como Mozart que aos 4 anos executou uma sonata; Paganini que aos 9 participou de um Concerto em Gênova, na Itália; Franz Liszt que aos 14 compôs uma ópera em um ato; Michelangelo que aos 8 já conhecia a técnica de pintura; Vitor Hugo que aos 13 era reconhecido pela sua capacidade de versificação. Na edição de maio de 1867 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduziu interessante resposta sobre o tema, obtida em 13 de março daquele ano, em reunião havida na cidade de Douay, onde se indagou da Espiritualidade:-“O gênio é conferido a cada Espírito conforme sua conquista, ou conforme uma Lei , em relação com as necessidades de um povo ou da Humanidade?. Conforme a entidade que assina apenas UM ESPÍRITO, “o gênio é a repercussão das conquistas anteriores. Essa radiação é o estado do Espírito no desprendimento ou nas encarnações superiores: há, pois, duas distinções a fazer. O gênio mais comum entre vós é simplesmente o estado de um Espírito, do qual uma ou duas faculdades ficaram descobertas e em estado de agir livremente; recebeu um corpo que permite sua expansão na plenitude adquirida. A outra espécie de gênio é o Espírito que vem dos mundos felizes e adiantados, onde a aquisição é universal sobre todos os pontos; onde todas as faculdades da alma chegaram a um grau eminente, desconhecido na Terra. Estas espécies de gênio se distinguem dos primeiros por uma excepcional aptidão para todos os talentos, para todos os estudos. Concebem todas as coisas por uma intuição segura e que confunde a ciência estudada pelos mais sábios. Sobressaem em bondade, em grandeza de alma, em verdadeira nobreza, em obras excelentes. São faróis, iniciadores, exemplos. São homens de outras Terras, vindos para fazer resplandecer a luz do alto num mundo obscuro, assim como se enviam entre os bárbaros, para os instruir, alguns sábios de uma capital civilizada. Tais foram entre vós os homens que, em diversas épocas, fizeram avançar a Humanidade, os sábios que ampliaram os limites dos conhecimentos e dissiparam as trevas da ignorância. Viram e pressentiram o destino terrestre, por mais longe que estivessem da realização deste destino. Todos lançaram os fundamentos de alguma ciência, ou foram o seu ponto culminante. O gênio não é, pois, gratuito e não está subordinado a uma Lei: sai do próprio homem e de seus antecedentes. Refleti que os antecedentes são todos o homem. O criminoso o é por seus antecedentes; o homem de mérito, o homem de gênio são superiores pela mesma causa. Nem tudo é revelado na encarnação a ponto de não transpassar nada de nosso Ser interior. A inteligência e a bondade são luzes muito vivas, focos muito ardentes para que a vida terrena os reduza à obscuridade. As provas a sofrer bem podem velar, atenuar algumas de nossas faculdades, adormecê-las, mas se tiverem chegado a um alto grau, o Espírito não pode perder inteiramente a sua posse e exercício. Tem em si a segurança de que os mantem sempre à sua disposição; muitas vezes mesmo, não pode consentir em delas se privar. Eis o que causa as vidas tão dolorosas de certos homens adiantados, que preferiram sofrer por suas altas faculdades do que deixar que estas se apagassem por algum tempo.(...) Sim, todos nós seremos Platões, Aristóteles, Erasmos; nosso Espírito não verá mais empalidecer suas aquisições sob o peso da vida do corpo, ou extinguir-se sob o peso da velhice e das enfermidades”. Pesquisadores da reencarnação ao longo do Século 20, consideram que essa genialidade precoce se explicaria pelo curto intervalo entre as diferentes existências, chamado por eles de intermissão. Segundo eles, habilidades muito desenvolvidas ou mesmo trabalhos interrompidas com o advento da morte que lhes interrompeu projetos intensamente vividos, ressurgem espontaneamente na encarnação atual, seja para a continuidade dos trabalhos não concluídos ou levar a pensar os céticos.



Se Deus nos manda médiuns e curadores de todas as religiões para curar os doentes, então, no futuro não vamos precisar mais da medicina. Basta procurar a cura espiritual, e vamos economizar tempo e dinheiro para ter nossa saúde de volta... (Ana Luiza)


Não é tão simples assim, prezado ouvinte. Temos hoje a ciência médica, capaz de realizar verdadeiros prodígios. Mas, se remontarmos à história, vamos perceber que os primeiros médicos do mundo eram os feiticeiros, os pajés, os xamãs - os médicos das tribos primitivas. Ao lado dos rituais para pedir ajuda, eles acabaram descobrindo os primeiros medicamentos nas propriedades medicinais das plantas e de outros elementos da natureza, orientados por instrutores espirituais.


Ao longo de alguns pesquisadores localizaram plantas com propriedade medicinais, que foram usadas em diversas épocas por comunidades primitivas. Pois, foi dessas práticas, que o homem aprendeu com a natureza ou foram inspirados por Espíritos versados em medicina, que surgiu a ciência médica que, aos poucos, foi se desligando dessa dependência exclusiva do plano espiritual para se tornar uma ciência humana.


No tempo de Jesus, por exemplo, há cerca de 2 mil anos atrás, no seio de seu povo, que prestígio tinha a medicina? Naquela época, em que as terapias médicas ainda eram muito incipientes e o povo não tinha dinheiro para se tratar ( pois a medicina só atendia aos ricos), procurava-se atendimento nas congregações, nas igrejas, nos lideres religiosos e nos curandeiros, como ainda acontece em determinadas regiões. Até há bem pouco tempo atrás, era precaríssimo o atendimento medico no Brasil e só agora, nos últimos anos, é que vemos despontar a medicina social, abrangente, endereçada ao povo – tanto a medicina preventiva, quanto a curativa.


No entanto, apesar do extraordinário progresso da ciência e da prática médicas, nos últimos 20 ou 30 anos , ainda existem as formas alternativas de tratamento de cura, e uma delas é a espiritual, que não funciona mais como a principal, mas apenas como acessório ou complementar. Portanto, as curas espirituais, hoje, não são mais a regra geral, mas elas ainda servem para despertar o homem para sua espiritualidade, sem a pretensão de substituir a terapia médica, que continua sendo a que efetivamente trabalha pela saúde da população. O Espiritismo vê na medicina humana o principal instrumento de preservação da saúde, resultado de um trabalho insistente que vem sendo feito há milhares de anos sobre o Planeta.



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