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domingo, 12 de março de 2023

REENCARNAÇÃO - DÚVIDAS QUE TALVEZ VOCE TENHA, EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 No século 20 poucos foram os avanços no sentido de se considerar a reencarnação como uma verdade a conduzir o Espírito que há por trás de cada corpo físico na direção da evolução espiritual. Pesquisas como as de Ian Stevenson, Hemendras Banerjee, Hernane Guimarães Andrade parecem ter-se perdido em livros pouco conhecidos, especialmente nos meios acadêmicos. O “estrago” feito por uma das poderosas escolas religiosas do lado Ocidental da Terra, vinculam o conceito de reencarnação às superstições, afastando inteligências que poderiam contribuir com o avanço das investigações sérias sobre o tema. As respostas racionais e substanciais continuam a ser oferecidas pelo Espiritismo, confundido erroneamente com o termo religião. Na sequencia, destacamos alguns tópicos destacados das Obras Básicas da proposta espírita que, certamente, aclaram muitas dúvidas: 1 - OBJETIVO - Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que devem se submeter repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados. (...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE) 2- ESTADO NA PRIMEIRA ENCARNAÇÃO - Criado simples e ignorante, o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual, como a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal, também não fez o Bem. Nem é feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade. Desde que nada tem, nada pode perder, como não pode retrogradar. Sua responsabilidade só começa no momento em que se desenvolve seu livre-arbítrio. Seu estado primitivo não é, pois, um estado de inocência inteligente e raciocinada. Consequentemente, o mal que fizer mais tarde, infringindo as leis de Deus, abusando das faculdades que lhe foram dadas, não é um retorno do Bem ao mal, mas consequência do mau caminho por onde entrou. (RE, 6/1863)(...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE) 3- INTERVALO ENTRE ENCARNAÇÕES? - De algumas horas a alguns milhares de séculos, não havendo limite extremo assinalado para o estado de desencarnado, que pode prolongar-se por muito tempo, não sendo jamais perpétuo, possibilitando ao Espírito cedo ou tarde, oportunidade de recomeçar uma existência que sirva de purificação das anteriores. 4- NUMERO DE EXISTÊNCIAS CORPÓREAS - A cada nova existência o Espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despojou de todas as impurezas, não precisa mais das provas da vida corpórea. (LE) 5 - O MESMO PARA TODOS OS ESPÍRITOS? - Não, aquele que avança rapidamente se poupa das provas. Não obstante, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas porque o progresso é quase infinito (LE,) 6- REENCARNAMOS ONDE QUEREMOS? O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhe tenha feito. (LE) Frequentemente, renasce na mesma família, ou pelo menos os membros de uma mesma família renascem juntos para nela constituírem uma nova, numa outra posição social, a fim de estreitarem os seus laços de afeição, ou repararem seus erros recíprocos. Pelas considerações de ordem mais geral, frequentemente, se renasce no mesmo meio, nação, raça, seja por simpatia, seja para continuar estudos que fizeram, se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos começados que as circunstâncias ou brevidade da vida não permitiram terminar. (OP) 7 - EM QUE MOMENTO SE OPERA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Desde que o Espírito é preso ao laço fluídico que o liga ao germe (embrião, feto), a perturbação apodera-se dele, crescendo à medida que o laço se aperta, e, nos últimos momentos, o Espírito perde toda a consciência de si mesmo, de sorte que ele nunca é testemunha consciente de seu nascimento. No momento em que a criança respira, o Espírito começa a recobrar suas faculdades, que se se desenvolveram à medida que se formam e consolidam os órgãos que devem servir para a sua manifestação.(G,) 8 - ISSO SERIA O ESQUECIMENTO DO PASSADO? Não. Ao mesmo tempo que o Espírito recobra a consciência de si mesmo, perde a lembrança de seu passado, sem perder as faculdades, qualidades e aptidões adquiridas anteriormente, aptidões que estavam, momentaneamente, estacionadas em seu estado latente e que, em retomando sua atividade, vão ajudá-lo a fazer mais e melhor que fazia precedentemente. Ele renasce como fizera na encarnação anterior; sendo seu renascimento agora um novo ponto de partida, um novo degrau a subir. . (G,)



A segunda questão da Maristela é a seguinte: “se não podemos curar a obsessão, o que devemos fazer para, pelo menos, atenuá-la?”


A obsessão, segundo a definição de Kardec, é a ação que um Espírito mal intencionado exerce sobre uma pessoa, com o intuito de prejudicá-la. Quase sempre, diz o codificador, trata-se de um Espírito inimigo, que se volta contra o encarnado, pois, esse encarnado, em outra ocasião, pode tê-lo prejudicado. Na verdade, não devemos taxar o obsessor, simplesmente, como se sele fosse um Espírito do mal. Ele ou ela, quase sempre, é um Espírito como nós. A sua condição de perseguidor apenas diz que se trata de alguém movido pelo ódio, sedento de vingança ou coisa parecida. Se não tomarmos cuidado com os nossos sentimentos, qualquer um de nós pode se tornar um obsessor, ainda em vida.


O problema da obsessão não é apenas o obsessor, mas também o obsedado, porque se trata, na maioria das vezes, de uma relação entre um e outro; relação pode ter sido danosa, nesta ou em outra existência. Mas, o obsedado pode sempre reagir à ação do perseguidor, se ele procurar se melhorar espiritualmente. Pois, sendo a obsessão uma questão de sintonia mental, se a vítima muda, melhorando seus pensamentos e principalmente seus atos, o obsessor acaba perdendo o contato. Os desencarnados se ligam a nós pela qualidade do pensamento e, quase sempre, conseguem seu intento, porque acham uma brecha para se instalar, assim como um vírus ou uma bactéria só atua quando organismo está sem defesa.


Por isso, Maristela, quando Allan Kardec perguntou aos mentores espirituais o que fazer para se livrar da obsessão, conforme podemos ler em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, eles responderam que, “fazendo o bem”, nos aproximamos de Deus e criamos nossa própria defesa, colocando-nos à distância dos Espíritos que insistem em nos prejudicar. A par de tais informações, chegamos à conclusão de que o processo obsessivo depende mais do encarnado do que do desencarnado, mesmo porque é bem mais fácil orientar o encarnado – a quem vemos e que está ao nosso alcance – do que o desencarnado, que nem sequer conhecemos.



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