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quinta-feira, 20 de abril de 2023

DEPENDÊNCIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Argumento usado pelos evasivos materialistas para justificar atitudes contrárias ao bom senso resultante do conhecimento da Verdade seja ela a revelada pela ciência ou pela experiência, expressão ‘a carne é fraca’ perde sentido com a confirmação da imortalidade do Ser. Os Espíritos revelaram isso a Allan Kardec nas pesquisas que fez acerca da situação dos Espíritos após a morte ou mesmo dos depoimentos de inúmeros que foram entrevistados através de diferentes médiuns nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris. No fundo reflete o estágio evolutivo daquele que no início do processo de aprendizado através da experiência cede às pressões do instinto em detrimento da inteligência que em algum momento prevalecerá funcionando como um mecanismo de controle na ânsia do progresso. Nas avaliações da nossa realidade eram denominados vícios, hoje com os avanços das pesquisas para entender o comportamento humano, os podemos classificar dependências. E, há muitas: afetivas, químicas, econômicas, sexuais, espirituais, doenças, da ilusão do poder e, entre outras, até de Espíritos obsessores. Num interessante comentário reproduzido pelo Espírito André Luiz no livro OS MENSAGEIROS (feb,1944), O Instrutor Aniceto considera: -“Demoramo-nos todos a escapar da velha concha do individualismo. A visão da universalidade custa preço alto e nem sempre estamos dispostos a pagá-lo. Não queremos renunciar ao gosto antigo, fugimos aos sacrifícios louváveis. Nessas circunstâncias, o mundo que prevalece para a alma desencarnada, por longo tempo, é o reino pessoas de nossas criações inferiores”. Nas revelações contidas na obra NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE (feb,1954), cenas que ilustram bem o tema: -“Transpusemos a entrada. As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal-estar. Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes. Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes. Indicando-as, informou o orientador: – Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixam influenciar. (...) O que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz. (...) Chegará o dia em que a própria Natureza lhes esvaziará o cálice Há mil processos de reajuste, no Universo Infinito em que se cumprem os Desígnios do Senhor, chamem-se eles aflição, desencanto, cansaço, tédio, sofrimento, cárcere... (...) Quando não se fatiguem, a Lei poderá conduzi-los a prisão regeneradora(...) Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...




Vim de família católica e, depois que me casei, por insistência de minha mulher, passei a ir ao centro espírita tomar passe. Só agora percebi que não sou espírita, mas que me sinto bem tomando passes no centro. Parece que o Espiritismo não se preocupa com o fato de eu não ser espírita, mas já percebi que algumas pessoas de minha família me criticam porque vou ao centro.

Não só você mas muita gente que vai ao centro, tem a mesma preocupação e o mesmo problema; ás vezes, até problemas com a família por causa de sua nova opção e quer falar sobre isso.

Certamente você, como muitos outros, encontram acolhida no centro, porque o Espiritismo só dá importância aos princípios morais de Jesus e esses princípios estão acima de todas as religiões e convenções humanas.

Não há no Espiritismo preocupação em que todas as pessoas se tornem espíritas e tampouco os espíritas fazem campanha para aumentar o número de adeptos.

Logo, seguindo os passos de Jesus, que não pregou nenhuma religião exclusiva, o Espiritismo está preocupado com que cada um melhore sua conduta e, nesse sentido, dedique muito mais à ação do que à oração.

Porém, há quem ainda acredite que é só a religião que salva, que se a pessoa não seguir as práticas de uma determinada crença não será reconhecida por Deus.

Baseado nessa visão distorcida dos ensinamentos de Jesus é que surgiram e ainda surgem as mais diversas religiões, cada qual se arvorando como dona exclusiva da verdade.

Sem dúvida alguma, a religião é sempre uma boa opção, mas ela pode se tornar nociva, quando só serve para estabelecer fronteiras e divisão entre as pessoas, a começar da família.

Dentro desta visão espírita, todas as pessoas – sejam de que religião forem, ou mesmo as que não professam religião – são sempre bem vindas ao centro espírita.

Sobre a questão do melhor caminho a seguir, vamos recordar aqui um episódio do Dr. Roberto Shiniashiki, quando era criança e morava em Santos.

Num dia de domingo, seu pai o convidou a visitar o ponto mais alto da cidade, de onde se pode descortinar toda a região urbana.

Disse=lhe que deveriam escolher o melhor caminho para fazer essa longa viagem. E assim foi feito.

Quando chegaram ao ponto em que podiam contemplar toda a cidade, Roberto percebeu que várias outras pessoas também chegavam ali, mas elas vinham por outros caminhos.

Surpreso, Roberto perguntou ao pai: “Pai, o senhor disse que viriamos pelo melhor caminho. Por que, então, a maioria das pessoas que aqui chegam vêm por outros caminhos?”

Roberto – respondeu o pai – você precisa entender que fizemos o melhor caminho para nós, mas outras pessoas, dependendo de onde partiram, fizeram o melhor caminho para elas”.

E arrematou: “O importante é que todos chegamos aqui”.
















 

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