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sexta-feira, 14 de abril de 2023

POR TRAS DA HISTÓRIA EM NOSSA DIMENSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Obras psicografadas por Chico Xavier, como A CAMINHO DA LUZ, do Espírito Emmanuel, e, BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO, do Espírito Humberto de Campos, revelam que as diretrizes que coordenam a evolução da Humanidade na Terra, emanam de Esferas Superiores à que nos encontramos. Nessa informação, por sinal, nada há de novo, se considerarmos que no EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO, capítulo 1, começando a contar a história de Jesus, o Apóstolo observa no chamado versículo 3, que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” e, no versículo 10, que “estava no mundo, o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. Assim sendo, muitos personagens que ajudaram a construir a História no Planeta, na verdade apenas cumpriam um papel que transformou a vida de pessoas, regiões, países. Na edição de julho de 1862, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz uma mensagem escrita pelo Espírito Lamennais, através do médium Sr Didier, na reunião havida na Sociedade Espírita de Paris, em 24 de janeiro daquele ano, confirmando isso. Lamennais cujo nome completo era Felicité Robert de Lamennais , viveu na França 72 anos, atuando como escritor, filosofo, politico, tendo se ordenado sacerdote aos 34 anos, destacando-se por obras e opiniões desautorizadas e condenadas pelo Papa Gregório XVI, o que lhe valeu uma condenação à prisão em 1840, embora, em 1848, tenha sido eleito à Assembleia Nacional, colocando-se na extrema-esquerda. Desencarnado em 1854 – enterrado entre os pobres a seu pedido -, integrou-se aos inúmeros Espíritos que foram construindo a base da proposta do Espiritismo, como se observa pelas quase três dezenas de mensagens aproveitadas por Kardec em suas obras. A comunicação referida, buscava sua opinião sobre três célebres personagens históricos: Cesar, Clóvis e Carlos Magno. Dentre suas considerações, destacamos: -“É erro, na educação da inteligência, não ver em Cesar senão um conquistador; em Clóvis senão um bárbaro; em Carlos Magno, senão um déspota, cujo sonho insensato queria fundar um imenso Império. Ah! Meu Deus! Como geralmente se diz, os conquistadores são os próprios joguetes de Deus. Com sua audácia, seu gênio os fez chegar ao primeiro posto, viram em torno de si não só homens armados, mas ideais, progresso, civilizações que era necessário lançar às outras nações. Partiram, como Cesar, para levar Roma a Lutécia; como Clóvis, para os germes de uma solidariedade monárquica; como Carlos Magno para fazer raiar o facho do Cristianismo para os povos cegos, nas nações já corrompidas pelas heresias dos primeiros tempos da Igreja. Ora, eis o que aconteceu: Cesar, o mais egoísta desses três gênios, faz servir a tática militar, a disciplina, a lei, numa palavra, para os trazer às Gálias; na retaguarda do exército, seguia a ideia imortal e as reputações vencidas e indomáveis sofriam o jugo de Roma, é certo, mas se tornavam províncias romanas (...).Cesar é, pois, um grande propagador, um desses homens universais, que se servem do homem para civilizar o homem, um desses homens que sacrificam homens em proveito da ideia. O sonho de Clóvis foi estabelecer uma monarquia, bases, uma regra para seu povo. Como o Cristianismo não o iluminava ainda, foi propagador bárbaro. Devemos encará-lo na sua conversão: imaginação ativa, febril, belicosa, viu na vitória sobre os Visigodos um prêmio da proteção de Deus; e, daí por diante, certo de estar sempre com ele, fez-se batizar. Eis que o batismo se propaga nas Gálias e o Cristianismo se propaga cada vez mais. É o momento de dizer, com Corneille, Roma não era mais Roma. Os bárbaros invadiam o mundo Romano. Depois do abalo de todas as civilizações esboçadas pelos Romanos, eis que um homem sonha espalhar pelo mundo, não mais os mistérios e o prestigio do Capitólio (...), eis um home que está ou se julga com Deus. Um culto odioso, rival do Cristianismo, ainda ocupa os bárbaros: Carlos Magno cai sobre essa gente e o lendário líder saxão Wittikind, depois de lutas e vitórias alternadas, se submete, por fim, humildemente, e recebe o batismo. Eis aí, por certo, um quadro imenso, onde se desenrolam tantos fatos, tantos golpes da Providência, tantas quedas e tantas vitórias. Mas qual a conclusão?(...) É necessário, pois, encarar esses três homens como grandes propagadores que, por ambição ou por crença, avançaram a luz no Ocidente, quando o Oriente sucumbia na enervante preguiça de sua inatividade. Ora, a Terra não um mundo em que o progresso se faça rapidamente e por via da persuasão e da mansuetude. Não vos admireis pois, que, muitas vezes, seja preciso tomar da espada em vez da cruz”.



Este comentário aconteceu numa reunião de estudo. “A vida é incerta – disse um dos participantes. Mais dias, menos dias, todos vamos deixar esta vida. É o que sempre vi acontecer com outras pessoas. O problema não é a morte em si. Não é dela que tenho medo, mas do que eu posso encontrar depois. Não seria melhor não acreditar em nada?”

-Esta talvez, caros ouvintes, seja uma das questões mais frequentes que passa pela nossa cabeça e pela cabeça de todo mundo. Quem já não pensou na morte?

- Para alguns a morte é o fim de tudo. Além dela, nada. Não seria melhor pensar assim? - pergunta o ouvinte no seu questionamento.

Com certeza, como dizia Allan Kardec, não existe no ser humano um medo maior do o do seu próprio aniquilamento. Isso quer dizer que, no fundo, todos temos medo de se transformar em nada.

O Nada parece ser pior do que qualquer outro destino para qualquer pessoa. Sobre isso diz Allan Kardec, logo no primeiro capítulo do livro “O CÉU E O INFERNO”:

– “Todo ser humano experimenta a necessidade de viver, gozar, amar e ser feliz”.

E continua: “Dizei àquele que sabe que está para morrer, que ele ainda viverá, que a sua hora foi adiada. Dizei-lhe sobretudo que será mais feliz do que tem sido e o seu coração se encherá de júbilo ou de alegria”.

E sobre aqueles que dizem não crer na imortalidade da alma, diz Kardec: “Haverá uma coisa mais desesperadora do que sua própria destruição absoluta”?

Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquirido,... tudo desperdiçado, tudo perdido...”

Essa doutrina do Nada ou da negação da continuidade da vida não ajuda ninguém. Antes, pode levar a pessoa ao desespero.

Não esqueça de que todos os povos do mundo, desde os mais antigos, acreditaram na vida espiritual e todo progresso da humanidade, até hoje, se assenta sobre uma visão espiritualista da vida.

É claro que sobrou para nós a grande pergunta: E o que vai acontecer comigo após a morte?

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