Quando Chico Xavier afirmou ser a reencarnação a chave para entender situações aparentemente inexplicáveis, expressava uma verdade além do conhecimento dominante na sociedade humana. O incomparável pesquisador e escritor Hermínio Correia de Miranda, no livro NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS, demonstra isso em dois fatos incluídos num dos capítulos da obra. Acompanhemos seu relato: Caso “A”— A filha recém casada de um amigo estava tendo problemas com a gravidez. Embora desejosa de ter filhos, acabava abortando (involuntariamente, é claro). Parece que o Espírito (ou Espíritos) reencarnante estava um tanto indeciso, inseguro ou temeroso. Em decorrência do trabalho de que participava semanalmente num grupo mediúnico, fiquei sabendo algo da história pregressa daquele núcleo familiar. Em outros tempos, na Europa do século XVI, o atual pai da moça, fora uma figura de certo relevo na política e recebera para acabar de criar e educar, uma menina, filha de alguém que confiou nele para essa delicada tarefa. O tutor não deu conta satisfatória da sua tarefa, causando profundo desgosto ao pai da menina. Decorridos os anos normais da existência, todos eles morreram e as questões sob o ponto de vista humano, ficaram, aparentemente resolvidas, como pensa muita gente. Mas não é assim que se passam as coisas além dos nossos insuficientes cinco sentidos. Passado o tempo — séculos, no caso —, a menina confiada ao eminente político renasceu como filha deste, agora vivendo no Brasil. Ficamos com o direito de imaginar que como ele não dera conta razoável de seu encargo de tutor, na Europa, há cerca de quatro séculos, resolvera assumir a integral responsabilidade de pai da menina, em nova existência. Aí foi a vez do antigo pai da menina, lá, também renascer como filho de sua antiga filha e, portanto, como neto do homem importante a quem ele confiara sua menina. Estão entendendo a trama? Esse foi o esquema armado para resolver o conflito criado entre eles e que permanecera sem solução. O problema é que o homem ficara tão magoado com a pessoa a quem entregara sua filha que agora relutava em aceita-lo como avô. Será que ele não iria causar-lhe outro desgosto? Nesse ínterim, a filha do meu amigo ficara grávida novamente e outra vez corria o risco de perder a criança por um aborto involuntário. Como eu, indiretamente, soubesse das razões de todo aquele drama de bastidores, mandei um recado um tanto enigmático para meu amigo, futuro vovô, que ele entendeu perfeitamente. O teor do recado era mais ou menos o seguinte: “Amigo, o Espírito que está para renascer como seu neto sente-se temeroso porque, no passado, teve problemas com você. Procure conversar mentalmente com ele, dizendo-lhe que tudo passou e que você o receberá, hoje, com muita alegria e amor. Diga-lhe que confie e venha em paz.” Daí em diante, as coisas correram bem. A gravidez teve bom termo e o garoto nasceu forte e bonitão. Caso “B” — Foi narrado em livro escrito Dr. Jorge Andréa dos Santos, médico, escritor, conferencista e pesquisador de muitos méritos. É a história verídica de um casal de meia idade que julgando mais que suficiente o número de filhos que tinha trazido para a vida na Terra resolveu não mais enviar “convites” para ninguém. A providência indicada era a de ligar as trompas da senhora, ainda com alguns anos férteis pela frente. Por imprevista contingência, um dos médicos faltou no dia da cirurgia e o próprio marido, também médico, foi solicitado a fazer parte da equipe, a fim de suprir a ausência do colega. Ele testemunhou, portanto, ao vivo, todo o procedimento operatório e viu quando as trompas, após cortadas, tiveram as pontas implantadas no devido local. Nenhuma possibilidade havia, portanto, de gravidez posterior àquela cirurgia radical. Ou será que havia? Ainda hoje não se sabe exatamente o que se passou, mas o certo é que a senhora engravidou novamente. Parece até que “alguém” promoveu uma cirurgia invisível para restaurar as trompas, costurando-as competentemente, e colocando-as novamente a funcionar, para que mais um Espírito pudesse retornar à carne.
Este é o comentário de uma senhora ao se dirigir ao nosso programa.
Sei que vocês não gostam que a gente fale de castigo divino. Mas não há outra forma de gente falar dos muitos desastres que a natureza tem preparado para o ser humano neste século, provocando milhares de vítimas e muito sofrimento na população. Se Deus quisesse, Ele poderia acabar com tudo isso, mas Jesus estava certo quando disse que, por causa da dureza do coração humano, chegaríamos a este tempo de calamidades.
Parece que não é tão simples assim. O universo é dinâmico; está sempre em constantes transformações.
A Terra, o planeta onde vivemos, tem cerca de 4,5 bilhões de anos, desde o início de sua formação, também passa por grandes transformações na sua estrutura.
As calamidades, que hoje nos assusta – como furacões, terremotos, enchentes, vulcões, etc. - foram muito mais frequentes no passado distante, quando o ser humano ainda não habitava este planeta.
Só que, naquela época, não havia povoações ou cidades, nem qualquer outra obra da engenharia humana, de modo que apenas as plantas e os animais foram atingidos.
Segundo os estudiosos, o desaparecimento dos dinossauros, por exemplo, se deveu a um meteoro que caiu na Terra, provocando inclusive mudanças climáticas.
Não estávamos lá para registrar esses fatos, mas, desde que o ser humano passou a viver neste planeta, ele vem enfrentando essas calamidades naturais.
Na verdade, considerando a idade da Terra, nós seres humanos somos seus mais novos habitantes e só, agora, com as descobertas científicas, estamos tomando consciência de que ainda temos muito a fazer para o enfrentamento do impacto desses acontecimentos.
No início do século 16 – época das caravelas - quando o Brasil estava sendo explorado pelos portugueses, um grande terremoto matou mais de 800 mil pessoas no outro lado do mundo, na China – e nós nem ficamos sabendo.
As comunicações eram difíceis e uma notícia para atravessar o oceano levava meses.
Portanto, cara ouvinte, o que vemos acontecer hoje no mundo não é diferente do que já aconteceu inúmeras vezes sobre a Terra. Só que hoje estamos mais bem informados dos fatos.
Outra diferença é que, num passado muito distante, quando ainda não existia a humanidade, esse fenômeno não atingia nossos interesses.
Hoje, num mundo superpovoado como o nosso, com cerca de 8 bilhões de habitantes, cidades e aldeias por todos os continentes, qualquer fenômeno acaba provocando prejuízos, agravados pela interferência inapropriada do homem na natureza.
Além do mais, em termos de destino humano, o que funciona é a lei de causa e efeito. Nada acontece por acaso. O problema é que nós muitas vezes não compreendemos a razão de tudo que acontece e atribuímos nossos sofrimentos a Deus.
O planeta Terra nos foi dado como moradia. Temos que aprender a viver nele, respeitá-lo e trata-lo com amor, da mesma forma que temos de conviver e tratar com amor o nosso próximo.
Os fatos da natureza seguem seu curso normal e nós temos que aprender com eles.
A Terra, um mundo em formação, nos dá oportunidade de aprender a tomar os cuidados para sobreviver e a ser solidários com aqueles que precisam de nós.
Deus, a providência divina, já nos deu tudo do que precisávamos. O resto corre por nossa própria conta.
Recordemos Jesus: “Se vós, que sois imperfeitos e maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto não vos dará o Pai celestial, que é bom e perfeito?”
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