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sábado, 20 de maio de 2023

ALLAN KARDEC E DEUS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Publicada pela primeira vez no Brasil em fins da década de 60 do século Vinte, a coleção da REVISTA ESPÍRITA criada e publicada por Allan Kardec entre 1858 e 1869, se constitui num manancial de informações e desenvolvimentos que vão muito além do contido nas chamadas Obras Básicas. Um dos temas em que o Codificador da Doutrina Espírita oferece incríveis conteúdos é sobre o tema DEUS com que abre O LIVRO DOS ESPÍRITOS e no livro A GÊNESE. Da série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, mais especificamente A CONCEPÇÃO DE DEUS, destacamos três delas para maiores reflexões: 1- Como surge na criatura humana a ideia de Deus? Seria algo gravado no inconsciente pelas escolas religiosas? O Espírito no início de sua fase humana, estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois, adora um Deus, que materializa conforme sua materialidade. (RE, 2/1864) O sentimento intuitivo que trazemos da existência de Deus é uma consequência do princípio de que não existe efeito sem causa não sendo efeito da educação e das ideias adquiridas. (LE, 5,6) Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme a ideia que elas dão de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas. (RE; 9/1867) 2- Por que Deus não revelou desde o princípio toda a verdade? Pela mesma razão por que se não ensina à infância o que se ensina aos de idade madura. A revelação limitada foi suficiente a certo período da Humanidade, e Deus a proporciona gradativamente ao progresso e às forças do Espírito. Os que recebem hoje uma revelação mais completa são os mesmos Espíritos que tiveram dela uma partícula em outros tempos e que de então por diante se engrandeceram em inteligência. Antes da Ciência ter revelado aos homens as forças vivas da Natureza, a constituição dos astros, o verdadeiro papel da Terra e sua formação, poderiam eles compreender a imensidade do Espaço e a pluralidade dos mundos? Teriam podido identificar-se com a vida espiritual, conceber depois da morte uma vida feliz ou infeliz senão num lugar circunscrito e sob uma forma material? Não. Compreendendo mais pelos sentidos do que pelo raciocínio, o Universo era demasiado vasto para seu cérebro; era preciso reduzi-lo a menores proporções para acomodá-lo ao seu ponto de vista, correndo o risco de ampliá-lo mais tarde. Uma revelação parcial tinha sua utilidade; então era razoável, mas hoje insuficiente. O erro é daqueles que, não levando em conta o progresso das ideias, creem poder governar homens maduros quais se fossem crianças. (RE, 3/1865) 3- Como é que Deus, visto como tão grande, poderoso, superior a tudo, pode imiscuir-se em detalhes ínfimos, preocupar- se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo? Em seu estado atual de inferioridade, só dificilmente os homens podem compreender Deus Infinito, porque eles próprios são finitos, limitados, razão por que o imaginam finito e limitado como eles mesmos; representando-o como um Ser circunscrito, dele fazem uma imagem à sua semelhança. Pintando-o com traços humanos, nossos quadros não contribuem pouco para alimentar este erro no espírito das massas, que nele mais adoram a forma que o pensamento. É para o maior número um soberano poderoso, sobre um trono inacessível, perdido na imensidade dos céus, e porque suas faculdades e percepções são restritas não compreendem que Deus possa ou haja por bem intervir diretamente nas menores coisas. Na incapacidade em que se acha o homem de compreender a essência mesma da Divindade, desta não pode fazer senão uma ideia aproximada, auxiliado por comparações necessariamente muito imperfeitas, mas que podem, ao menos, mostrar-lhe a possibilidade do que, à primeira vista, lhe parece impossível. (RE)

O que o Espiritismo diz sobre mundo habitados até hoje não se comprovou. Continuamos sendo a única espécie inteligente no universo e, ao que tudo indica, vamos continuar assim. (Comentário de um ouvinte)

O Espiritismo não está preocupado com o que a ciência ainda não descobriu, mas com o que os seres humanos devam fazer com o que já a ciência conseguiu desvendar.

É bem verdade que a ciência tem dado um grande impulso ao progresso material e intelectual, com alguma repercussão no progresso moral da sociedade.

Basta olharmos para o passado da humanidade (as idades Antiga e Média) e logo vamos perceber que as transformações decorrentes das verdades científicas foram bem significativas para o rumo que a humanidade veio tomando.

Diante disso, se não acabarmos com a vida na Terra, nossas condições de vida tenderão a melhorar à medida em que os conhecimentos científicos forem aplicados de forma responsável e em benefício do homem.

Mas ainda existe uma grande falha de ordem moral no que se refere às aplicações dessas descobertas, porque continuam existindo na Terra muitas populações vivendo na miséria e na ignorância.

Se o ser humano pudesse pôr em prática as boas coisas que a ciência vem descobrindo, certamente, a humanidade estaria numa condição social e espiritual bem melhor.

O respeito, a solidariedade e o amor ao semelhante, que Jesus ensinou, hoje são reconhecidos pela ciência do comportamento.

Quanto à questão de outros mundos, os Espíritos só disseram que o universo é bem mais do que se imagina, mas as verdades vão se revelando ao longo dos séculos e milênios pela própria ciência.

A Terra, por milhares de anos, era considerada plana; e somente de uns 500 anos a esta parte é que os primeiros cientistas tiveram coragem de afirmar e sustentar que a Terra é redonda.

Assim mesmo, durante séculos, a ideia de que a Terra é redonda foi combatida, inclusive pela Igreja, e até hoje existem pessoas que defendem que a ideia absurda de que a Terra é plana.

Acreditamos que, se a ciência ainda não foi conseguiu detectar vida inteligência fora da Terra, é porque ainda não temos condições de aceitar e conviver com essa realidade.

Isso quer dizer que um encontro de humanidades de mundos diferentes, certamente em condições morais também diferentes, não seria conveniente neste momento.

Imagine você se o homem da Idade Média, que vivia em constantes disputas e guerras de conquista, tivesse conhecido naquele momento um povo que já tivesse em mãos armas nucleares.

Isso nos leva a concluir que, na ordem geral do universo, há momentos para tudo, até mesmo o de se desvendar esta ou aquela verdade.

Além do mais, estaríamos enganados pensando que vamos encontrar em outros mundos seres iguais ao homem, habitando mundos semelhantes à Terra.

O Livro dos Espíritos afirmam que existem mundos habitados por seres invisíveis para nós em superfícies desprovidas dos recursos naturais próprios de nosso planeta.

Logo, admitindo a impropriedade de um contato entre civilizações tão diferentes, estamos tranquilos quanto a esta questão, esperando que, com o progresso moral, venhamos a ter, no momento adequado, notícias de civilizações extraterrestres




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