A questão da obsessão inicialmente identificada por Allan Kardec e explicada n’O LIVRO DOS MÉDIUNS, ao longo do século 20, foi sendo exposta em seus aspectos espantosos e perturbadores a interferir na experiência reencarnatória de milhões de criaturas. Num dos primeiros livros publicados com o resultado de suas psicografias, o médium Robson Pinheiro abria campo para contribuições do Espírito de um ex-homem de comunicação em nossa Dimensão identificado como Angelo Inácio. A obra intitulada TAMBORES DE ANGOLA, gira em torno de um engenheiro vitimado por um insidioso processo do que o Espiritismo chama de fascinação em suas revelações sobre os diferentes níveis de manifestação da Obsessão denominado fascinação. A surpresa do caso encontra-se no trecho em que descreve: -“Dirigiu-se, então, para a maca onde o espírito desdobrado do rapaz se encontrava e começou uma estranha cirurgia. Pequeno aparelho foi implantado em determinada região do cérebro perispiritual e Erasmino, para produzir impulsos e imagens mentais, caso a pratica de indução falhasse. Eram extremamente rigorosos em suas realizações e não cometiam nenhuma imprudência”. Desdobrando maiores detalhes sobre o observado pelo autor espiritual, diz o Instrutor que este acompanhava: - “Vê, meu amigo, como os Espíritos trevosos são organizados? Neste prédio, encontra-se um dos postos mais avançados das sombras. Nele trabalham cientistas que se especializaram em doenças viróticas, em epidemias e processos requintados de interferência nas estruturas celulares dos irmãos encarnados. Outros, psicólogos, psiquiatras e psicanalistas, os quais, como estes que presenciamos, são especialistas nas questões da mente, Toda essa organização utiliza os modernos métodos desenvolvidos na Terra. Entretanto, fazem-no para prejudicar, atrasando o progresso da Humanidade, pois sabem que bem pouco tempo lhes resta para continuarem com seus desequilíbrios, espalhando a infelicidade na morada dos homens: em breve poderão ser banidos da psicosfera do Planeta e não ignoram o destino. (...) Também as forças das trevas têm o requinte da civilização. Calados, seguimos Erasmino de volta ao ambiente domestico onde repousava seu corpo físico. De olhos esbugalhados, aproximou-se do veiculo de carne e justapôs-se a ele, embora permanecesse entre o sono e a vigília”. Surpreendentemente, contudo, décadas antes – ano de 1970 -, o Espírito Manuel Philomeno de Miranda através do médium Divaldo Pereira Franco na obra NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO (feb) tratando do caso de um Espírito que renascera no corpo físico dentro de um quadro de inversão sexual, ou seja, um espírito feminino preso a corpo masculino. Tal condição, na verdade, objetivava oferecer-lhe a oportunidade de se redimir de ações em vida passada no campo da infidelidade conjugal, homicídio, vida boêmia, promíscua, encerrando a jornada no campo da matéria vitimada pela tuberculose. Reencarnada, em pleno amadurecimento das faculdades sexuais, tornou-se assediada por vítima do passado que, apoiado por hipnotizador ligado à organização criminosa do Plano Espiritual, passou a vampiriza-la no sentido de locupletar-se, explorando sua a libido, situação agravada pelas orientações de psicanalista renomado que inspirado pelo obsessor sugeriu-lhe que o essencial na vida é a pessoa realizar-se como achar conveniente e que tudo o mais são tabus que devem ser quebrados, em prol da felicidade de cada um. No processo de que era vítima, teve implantada nos centros da memória perispiritual, pequena célula fotoelétrica de material especial, com mensagem repetindo insistentemente “você vai enlouquecer! Suicide-se!”.
Por que a ciência não aceita Deus? (Fernanda Patricia)
Cientistas antigos, como Galileu e Newton, que viveram há mais de 300 anos atrás, embora suas descobertas dependessem de observação, pesquisas e estudos, eles sempre colocavam Deus como princípio de tudo, até mesmo para explicar o porquê do movimento dos astros. No entanto, já no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte pediu ao astrônomo Laplace, que desse uma explicação plausível do universo, esse cientista francês disse, para surpresa de Napoleão, que não precisava de Deus para explicar o Universo.
A razão disso tudo é muito simples. Conforme a ciência veio fazendo novas descobertas sobre as leis da natureza, o homem veio obtendo cada vez mais explicações para os fenômenos que observava. Se pegarmos a Bíblia, no primeiro livro, Gênese, vamos encontrar Deus dizendo a Noé, logo após o dilúvio: “Porei o meu arco nas nuvens e ele será o sinal da aliança entre mim e a terra. E, quando eu tiver coberto o céu de nuvens, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da minha aliança convosco e com toda alma vivente que anima a carne, e não voltarão as águas do dilúvio a exterminar a carne”.
Ora, ele está se referindo ao arco-iris que costuma aparecer logo após a chuva ou quando o ar está muito úmido. Segundo a Bíblia, esse arco é o símbolo da aliança de Deus com a Terra. Era assim que o homem antigo explicava o aparecimento do arco-íris. No entanto, veio a ciência, milhares de anos depois, para explicar o que hoje todos nós sabemos: que o arco-íris é simplesmente o efeito da refração dos raios luminosos do Sol a incidir sobre as gotículas d’água suspensas no ar. Sendo assim, Deus desapareceu da explicação.
Assim, como no caso do arco-íris, a ciência encontrou explicação para milhares de outros fenômenos, que ocorrem todos os dias à nossa frente e que, antes, eram atribuídos a Deus - como é o caso da chuva, dos raios, dos terremotos, das cheias, dos vulcões. É que, no passado, o homem era bem menos inteligente que hoje e, por isso, dava explicações muito simples para as coisas. Essa constante marcha da ciência em busca de explicações acabou facilitando o surgimento das idéias materialistas, que negam a existência de Deus. Assim, contrapondo-se ao Gênese Bíblico, a Teoria do Big Bang, a mais aceita hoje, procura explicar o surgimento do Universo, há cerca de 15 bilhões anos, a partir de uma explosão.
A ciência, Fernanda, coloca-se numa posição neutra em relação à idéia de Deus, porque ela só cuida de desvendar as causas mais próximas dos fenômenos, enquanto que Deus é a causa primeira de tudo que existe. Logo, Deus não é objeto de estudo da ciência, mas da filosofia. Mas, se é certo dizer que grande parte dos cientistas afirma não acreditar em Deus, existem aqueles que acreditam e que têm realizado importantes estudos que contestam a posição dos materialistas.
Para o Espiritismo, “as descobertas da ciência glorificam a Deus, em lugar de o rebaixar”. Como diz Kardec, essas descobertas “não destroem senão os que os homens edificaram sobre idéias falsas que fizeram de Deus”. É que, para a Doutrina Espírita, o que a ciência faz é simplesmente descobrir as leis que regem os fenômenos da natureza e, cada vez que ela faz uma dessas descobertas, mais se nos afigura a grandiosidade da obra de Deus.
Hoje, estamos estupefatos com as recentes descobertas – não apenas no campo da Astronomia, que descortina um universo misterioso e sem limites, mas também da Física, que proclama a existência de um verdadeiro micro-universo dentro da matéria. Já não sabemos o que é mais extraordinário: o mundo invisível e extremamente pequeno do átomo ou o mundo infinitamente grande do cosmos. Contudo, o que a ciência faz é mostrar com cores cada vez mais vivas a estupenda perfeição dessa obra, levando a filosofia a concluir que a idéia de Deus cresce cada vez mais em nossa concepção à medida que a ciência avança. Logo, o papel da ciência é descobrir as leis da natureza, cuja perfeição nos remete à idéia de Deus.
Portanto, quem pode tratar de Deus, além da religião, que o vê somente sob o ponto de vista da fé, é a Filosofia- que o estuda sob a ótica da razão - pois Deus, sendo a Perfeição Absoluta, é abstrato para nós. Se não conseguimos desvendar nem a natureza do Espírito, quanto mais Deus, que continua sendo, para nós, no dizer dos Espíritos, “A INTELIGÊNCIA SUPREMA, CAUSA PRIMÁRIA DE TODAS AS COISAS”, questão número 1 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
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