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domingo, 14 de maio de 2023

VASTO IMPÉRIO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Se você já admite a influência espiritual e a existência dos Planos invisíveis ou Universos Paralelos onde nascem as interferências em nossa realidade, precisa conhecer essas informações. No livro OS MENSAGEIROS (feb, 1944), o segundo dos transmitidos para nossa Dimensão por André Luiz através de Chico Xavier, um apontamento interessante: -“Na Crosta, nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica, pelas paixões desordenadas, pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas espirituais imediatas à mente terrestre, temos tudo isso em identidade de condições. Entre as entidades perversas e ignorantes, há cooperativas para o mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa exploração de certas forças da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de mentiras, escravização dos que se enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro dos Espíritos falidos e imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as da Terra, inquietações sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente, angustiosos desvios do sentimento. Em todo o lugar, as quedas espirituais, perante o Senhor, são sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração”. Já as imagens a seguir fazem parte do pronunciamento feito por um Instrutor Espiritual reproduzido no livro LIBERTAÇÃO (feb, 1949): -“Além do principado humano, para lá das fronteiras sensoriais que guardam ciosamente a alma encarnada, amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens (...). Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as Civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência, tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não se apercebem da situação dolorosa em que se acham.(...). Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam- se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra. Conservam, igualmente, quanto ocorre a nós mesmos, largos e valiosos patrimônios intelectuais e, anjos decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária. Mentes cristalizadas na rebeldia tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar. Escravizam o serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios e dispõem de agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes propósitos que o Senhor nos traçou às ações. Os homens terrenos que, semi-libertos do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram, tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte. A mente infantil da Terra, embalada pela ternura paternal da Providência, através da teologia comum, nunca pôde apreender, mais intensivamente, a realidade espiritual que nos governa os destinos. Raros compreendem na morte simples modificação de envoltório, e escasso número de pessoas, ainda mesmo em se tratando dos religiosos mais avançados, guardam a prudência de viver, no vaso físico, de conformidade com os princípios superiores que esposam”.


Se as religiões tivessem cumprido seu papel, a esta altura não haveria mais maldade no mundo, pois religião existe desde os tempos mais antigos.

De fato, esta é uma boa conclusão: a religião de um modo geral não vem cumprindo seu papel, mas é mais sensato dizer que os religiosos é que não perceberam a finalidade da religião.

Qual foi a missão de Jesus senão despertar a consciência do homem para a vivência do amor? No entanto, o que veio acontecendo com o cristianismo?

Religião, como diz Kardec, é a religação do homem com Deus. E é essa religação que deve promover a mudança de conduta de cada um.

Nesse sentido, Jesus chamou a atenção dos que se diziam religiosos, mas, na vida prática, agiam em conflito com os princípios religiosos.

Essa recomendação, por incrível que pareça, ainda é válida nos dias atuais. Há muito de religião e muito pouco de boa conduta.

Ou seja, há mais religião nos lábios, mas muito pouco no coração – como observou Jesus em relação aos fariseus.

De um modo geral, a religião continua sendo apenas uma máscara social, que esconde os defeitos das pessoas: túmulos belos por fora, mas cheios de podridão por dentro, no dizer de Jesus.

Portanto, não basta uma religião, esta ou aquela. É preciso muito mais. Muito mais mesmo. É preciso que nos esforcemos para vivenciar os verdadeiros princípios do evangelho.

E ninguém faz isso, se não mudar de atitude; se não chamar para si a responsabilidade de agir com amor diante do próximo.

A religião precisa deixar de ser apenas um rótulo para ser, de fato, um guia de conduta.

E a verdadeira conduta cristã se revela pela forma como tratamos as pessoas, a começar aquelas que compartilham conosco da mesma família.

Sobre isso, gostaríamos de lembrar uma chamada de alerta, que encontramos n’O LIVRO DOS MÉDIUNS – e esta se referindo especificamente aos espíritas.

Que importa acreditar na existência dos Espíritos – diz Allan Kardec – se essa crença não torna a pessoa melhor, mais benevolente e mais indulgentes para seus semelhantes, mais humilde e mais paciente na adversidade?”

De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se é sempre cheio de si, ao invejoso se é sempre invejoso?”

E conclui Kardec: “Todos os homens poderiam acreditar nas manifestações e a humanidade ficar estacionada; mas tais não são os desígnios de Deus”.

Essa chamada de atenção –é claro – não serve somente para os espíritas, mas para os religiosos de todas as religiões, para as pessoas enfim, que dizem acreditar em Deus, mas que na prática em nada mudam, em nada melhoram na sua maneira se conduzir diante do próximo.

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