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sexta-feira, 16 de junho de 2023

CARNAVAL - TRANSE ALUCINATÓRIO ALIENANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Grande, expressiva faixa da humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródromos da razão, mais sequiosos de sensações do que ansiosos pelas emoções superiores. Natural que se permitam, nestes dias, os excessos que reprimem por todo o ano, sintonizados com as Entidades que lhes são afins. É de lamentar, porém, que muitos se apresentam, nos dias normais, como discípulos de Jesus, preferindo, agora, Baco e os seus assessores de orgia ao Amigo Afetuoso”. Os razoavelmente esclarecidos pelos conteúdos do Espiritismo não tem dificuldade de entender a ponderação do Dr Bezerra de Menezes ao Espírito Manuel Philomeno de Miranda nas páginas do livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA (alvorada). Numa das cenas capturadas pelo autor, podemos ter uma ideia dos bastidores das grandes concentrações humanas em diferente localidades brasileiras: -“A cidade, regorgitante, era um pandemônio. A multidão de desencarnados, que se misturava à mole humana em excitação dos sentidos físicos, dominava a paisagem sombria das avenidas, ruas e praças feericamente iluminadas, mas cujas luzes não venciam a psicosfera carregada de vibrações de baixo teor. Parecia que as milhares de lâmpadas coloridas apenas bruxuleavam na noite, como ocorre quando desabam fortes tempestades. Os grupos mascarados eram acolitados por frenéticas massas de seres espirituais voluptuosos, que se entregavam a desmandos e orgias lamentáveis, inconcebíveis do ponto de vista terreno. Uns magotes desenfreados atacavam os burlescos transeuntes, tentando prejudicá-los com as induções nefastas que se permitiam transmitir. Outros, compostos de verdugos que não disfarçavam as intenções, buscavam as vítimas em potencial para alijá-las do equilíbrio, dando início a processos nefandos de obsessões demoradas. Podíamos registar que muitos fantasiados haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas, em visitas a regiões inferiores do Além, onde encontravam larga cópia de deformidades e fantasias do horror de que padeciam os seus habitantes em punição redentora, a que se arrojavam espontaneamente. As incursões aos sítios de desespero e loucura são muito comuns pelos homens que se vinculam aos ali residentes pelos fios invisíveis do pensamento, em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo. Fixados como clichês mentais, ressurgem na consciência e são recopiados pelos que lhes estão habituados, recompondo, na extravagância do prazer exacerbado, a paisagem donde procedem e à qual se vinculam. A sucessão de cenas, deprimentes umas, selvagens outras, era constrangedora”. Sinalizando o tanto que parte dos Espíritos fixados em tal comportamento pouco avançaram nos últimos milênios, explica o Benfeitor Espiritual: -“Perdendo-se nos períodos mais recuados, as origens do carnaval podem ser encontradas nas bacanálias, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Anteriormente, os trácios entregavam-se aos prazeres coletivos, como quase todos os povos antigos. Mais tarde, apresentavam-se estas festas, em Roma, como saturnalia, quando se imolava uma vítima humana, adredemente escolhida, no seu infeliz caráter pagão. Depois, na Idade Média, aceitava-se com naturalidade: Uma vez por ano é lícito enlouquecer, tomando corpo, nos tempos modernos, em três ou mais dias de loucura, sob a denominação, antes, de tríduo momesco, em homenagem ao rei da alegria... "Há estudiosos do comportamento e da psique, sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira sílaba de cada palavra compôs o verbete carnaval. "Sem dúvida, porém, a festa é o vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade. Observa ainda: -“Não se creia que todos quantos desfilam nos carros do prazer, se encontrem em festa. Incontáveis têm a mente subjugada por problemas de que procuram fugir, usando o corredor enganoso que leva à loucura; diversos suicidam-se, propositalmente, pensando escapar às frustrações que os atormentam em longo curso; numerosos anseiam por alianças de felicidade que os momentos de sonho parecem prometer, despertando, depois, cansados e desiludidos...


Nós somos em três irmãs e eu sou a mais velha. Não vou à casa de meus pais, sem que haja discussão, principalmente com minha mãe. Quando eu era adolescente, eles me vigiavam passo a passo. Por isso, casei cedo e muito cedo tive filhos e nem pude gozar direito minha adolescência. Não é o que acontece com minha irmã mais nova; ela faz o que quer e, por isso só dá problema. Mas meus pais não se cansam de defendê-la... ( Anônima, por e-mail)


Não é difícil entender a sua situação. Embora você não nos tenha passado mais dados, pressupomos que, entre você e sua irmã mais nova, há um bom espaço de anos. Por isso, o que vamos dizer aqui não é novidade, mas fica como ponto de reflexão. Nestes últimos anos houve uma profunda mudança no comportamento dos jovens e, com certeza, também nas atitudes dos pais e nas relações familiares em geral. Não sabemos sua idade, mas tudo nos leva a crer que, quando você estava na adolescência, ainda vivíamos num regime mais fechado, muito mais exigente em relação aos filhos.


Não são apenas as crianças e os jovens que mudam; os adultos também mudam e, com certeza, você também pode mudar seu ponto de vista em relação a este problema. Com as grandes transformações sociais, decorrentes do progresso tecnológico, principalmente, a família vem sendo forçada a mudar sua postura em relação ao controle dos filhos, apesar de oferecer resistência. Seus pais, quando você era adolescência, não são os mesmos hoje, e nem poderiam ser. Não queremos dizer que eles não tenham cometido erros ( erros, todos nós cometemos), mas certamente tiveram que ir cedendo à pressão social, razão por que a forma como procuram cuidar de sua irmã não é tão rígida como no seu tempo. Você, que tem filhos, sabe de que estamos falando... e se tiver filha adolescente saberá mais ainda.


Também não estamos defendendo a excesso de liberdade que os jovens de hoje estão buscando, a despeito da resistência dos pais. Não podemos compactuar com a rresponsabilidade e com a libertinagem. Mas, as coisas mudaram muito. Sua reação é de inconformação diante do que vê hoje e do que viveu ontem, mas nós sabemos, pela Doutrina Espírita, que tudo tem uma razão de ser. Não foi por acaso que você nasceu primeiro que suas irmãs, tampouco foi por acaso que recebeu a educação mais rígida. Do ponto de vista espiritual e, diante dos problemas que você diz estão acontecendo, você levou vantagem. Talvez tenha pedido para vir antes justamente para ter uma educação mais rígida ou, então, com receio de que pudesse se envolver em dificuldades que não teria condições de enfrentar.


Entendemos bem isso, pela lei da reencarnação. No entanto, você não se referiu à irmã do meio; talvez porque ela não tenha os problemas da mais nova – e esse é um caso para ser visto parte. Mas ficou um pouco de indignação de sua parte em relação aos seus pais, coisa que não tem razão ser e que você deveria esquecer, compreendendo também os motivos que eles têm para agir como estão agindo. Você deveria ajudá-los. Os pais – e principalmente as mães – são sempre mais solidários com os filhos que dão mais preocupação, que se envolvem mais em problemas. E isso é natural. Procure no evangelho e leia com muita atenção a Parábola do Filho Pródigo. E veja que conclusão você tirar dessa parábola.



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