-“A mente, tanto quanto o corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para reequilibrar-se. Mais tarde, a ciência humana evolverá em cirurgia psíquica, tanto quanto hoje vai avançando em técnica operatória, com vistas às necessidades do veiculo de matéria carnal. No grande futuro, o médico terrestre desentranhará um labirinto mental, com a mesma facilidade com que atualmente extrai um apêndice condenado. O comentário é encontrado no capítulo 12 do livro ENTRE A TERRA E O CÉU, do Espírito André Luiz pelo médium Chico Xavier. Mais à frente reproduz outro apontamento do Instrutor que ouvia: -“Em obras de assistência ante quadros de transtornos psicológicos, é preciso recorrer aos arquivos mentais, de modo a produzir certos tipos de vibração, para descerrar os escaninhos da mente, nas fibras recônditas em que ela detém as suas aflições e feridas invisíveis.. Adverte contudo que “as recordações do pretérito não devem ser totalmente despertadas para que ansiedades inúteis não nos dilacerem o presente. A Verdade para a alma é como o pão para o corpo que não pode exorbitar da quota necessária a cada dia. Toda precipitação gera desastres”. A técnica que no futuro certamente será melhor utilizada pelos profissionais da saúde mental foi tema da série AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ que pode ser conferido no YOUTUBE.. Dela destacamos alguns tópicos para sua avaliação: 1- O que vem a ser regressão de memória? Um procedimento que, ao longo do tempo vem ganhando importância em discussões a respeito de tratamentos na esfera de transtornos mentais e sociais. Consiste na recuperação de dados ou informações através de estados alterados de consciência que trazem para o nível consciente registros armazenados no inconsciente próximo ou remoto. 2- Como surgiu essa possibilidade? Embora existam indícios de ter sido prática utilizada em Civilizações remotas como no Egito dos Faraós ou na Índia milenar, o primeiro registro sobre uma experiência do tipo foi incluída na edição da REVISTA ESPÍRITA publicada por Allan Kardec, no número correspondente a junho de 1866. Em texto intitulado VISÃO RETROSPECTIVA DAS VÁRIAS ENCARNAÇÕES DE UM ESPÍRITO, é citada uma manifestação mediúnica havida na reunião de 11 de maio p.p. em que uma entidade de nome Cailleux morto recentemente na cidade de Lyon onde fora dedicado médico, relata ter sentido certo dia uma espécie de torpor apoderar-se dele, magnetizado pelo fluido de Amigos Espirituais; adormecido num sono magnético-espiritual; viu o passado formar-se num presente fictício. A despeito de conservar a consciência do seu EU, sentiu-se transportado no espaço; vendo-se numa reunião de Espíritos que, em vida, tinham conquistado alguma celebridade por descobertas feitas. Ficou surpreso ao reconhecer personalidades antigas de todas as idades e épocas, com semelhança perispiritual consigo. Perguntou-se o que tudo aquilo significava; dirigiu-lhes as perguntas sugeridas por sua posição, mas sua surpresa foi ainda maior, ouvindo-se responder a si mesmo. Voltou-se, então, para eles e vi que estava só. Quando seu Espírito sofreu essa espécie de entorpecimento, viu os diferentes corpos que seu Espírito animou desde um certo número de encarnações, e todos trabalharam a ciência médica sem jamais se afastarem dos princípios que o primeiro havia elaborado. Esta última encarnação não era para aumentar o saber, mas simplesmente para praticar o que ensinava sua teoria. 3- E na nossa Dimensão? O primeiro registro pode ser verificado no livro VIDAS SUCESSIVAS de Albert de Rochas, engenheiro, militar e ex-diretor da Escola Politécnica de Paris, publicado em 1905, em Paris, França, relatando suas pesquisas com o magnetismo proposto no século 18 pelo médico alemão Franz Mesmer. Nelas deparou-se no estado alterado de consciência observado em indivíduos em estudo, com relatos sobre experiências pessoais pregressas, bem como futuras. Na obra, preserva detalhes sobre 19 experimentos conduzidos por ele ou amigos da Universidade de Paris, casos em que os investigados retroagiram no tempo voltando a vidas passadas, evidenciando o fato da reencarnação ser uma ocorrência natural na evolução do Espírito.
É possível a gente imaginar como Deus é? (Aylton)
Possível sempre é, Aylton, pois todos nós temos uma apreciável capacidade de imaginação. Observe bem: a palavra “imaginar” ; ela deriva da palavra “imagem” e, ao pé da letra, imaginar significa “criar uma imagem”. Desse modo, imaginamos, porque temos uma capacidade criar pelo pensamento a forma que queremos ou que julgamos mais adequada. Assim, é possível criar uma imagem de Deus, e é o que tem sido feito ao longo da História por todos os seres humanos que concebem a existência da divindade. No mundo antigo, Deus teve muitas e variadas formas, como tem até hoje, dependendo de como as pessoas dos diferentes povos e cultura o imaginam.
O famoso pintor, Michelangelo Buonarotti, foi contratado pelo papa Julio II, e pintou, entre os anos de 1508 e 1512, os afrescos da Capela Sistina, em Roma, e lá deixou registrado para a História como ele imaginava “Deus criando o homem”, a famosa cena da Criação, uma de suas mais ricas e belas produções artísticas. Essa imagem de Deus, criada por Michelangelo, muito divulgada pelo mundo, serviu de modelo para que as pessoas, de um modo geral, passassem a pensar em Deus como um homem bem idoso, de barba e cabelos compridos, uma figura humana.
Nós, seres humanos, limitados pela ação dos nossos parcos sentidos, não conseguimos pensar numa imagem que não tenha forma e cor, qualidades percebidas pela visão. A visão é um dos sentidos fundamentais para a vida; e é por isso que, quando alguém nos fala de uma pessoa, que nunca vimos, logo nos vem uma imagem que julgamos a ser a dessa pessoa referida. Assim, em tudo: uma cena, uma história que nos contam, estimulam a nossa imaginação. Para facilitar a ligação com Deus e para fortalecer a crença num deus presente, Jesus criou a imagem do Deus-Pai, que fez com que as pessoas pudessem conceber Deus, não como um ser distante no céu, mas como um pai sempre presente na vida de cada um.
Entretanto, como seres imperfeitos que somos, incapazes de ir além de nossa imaginação, sabemos que Deus está muito além do que nossa imaginação pode conceber, pois ele é o Princípio Criador por excelência, infinito em todos os sentidos: e nós não conseguimos imaginar o infinito. Em nada ele poderia se parecer com o homem, pois, se assim fosse, seria tão limitado quanto nós, e, com certeza, não poderia ser Deus. A palavra bíblica, onde se coloca que Deus nos criou à sua imagem e semelhança, com certeza, não se refere à semelhança física, pois Deus não pode ter nada de físico, mas ao princípio espiritual divino, existente em cada um de nós, que somos suas criaturas, sempre caminhando em sua direção.
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