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sexta-feira, 23 de junho de 2023

PORQUE NÃO PRECISA SER MÉDIUM OSTENTIVO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A maioria dos seres humanos ignora, mas, como explicado e provado pelas pesquisas desenvolvidas por Allan Kardec, “muitas das situações observadas nos comportamentos da criatura humana tem sua fonte na reação incessante que existe entre o Mundo Visível e o Invisível, que nos cerca, e em cujo meio vivemos, isto é, entre os homens e os Espíritos, que não passam de almas dos que viveram e entre os quis há bons e maus. Esta reação é uma das forças, uma das leis da natureza, e produz uma porção de fenômenos psicológicos e morais incompreendidos, porque a causa era desconhecida. O Espiritismo nos deu a conhecer esta lei, e, desde que os efeitos são submetidos a uma lei da natureza, nada tem de sobrenatural. Vivendo no meio desse mundo, que não é tão imaterial quanto o imaginam, uma vez que esses seres, embora invisíveis, tem corpos fluídicos semelhantes aos nossos, nós sentimos sua influência. A dos bons Espíritos é salutar e benéfica; a dos maus é perniciosa como o contato das criaturas perversas na sociedade”. Em artigo com que abre a edição de janeiro de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec esclarece como é possível aos Espíritos desencarnados exercer influência sobre o indivíduo, sem que este tenha consciência disso ou seja médium desenvolvido. Explica ele: - Pela natureza fluídica e expansiva do períspirito (corpo espiritual), Espírito atinge o indivíduo sobre o qual quer agir, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. O homem que vive em meio ao Mundo Invisível está incessantemente submetido a essas influências, do mesmo modo que às da atmosfera que respira. Elas se traduzem por efeitos morais e fisiológicos, dos quais não se dá conta e que, frequentemente, atribui a causas inteiramente contrárias. Essa influência difere, naturalmente, segundo as boas ou más qualidades do Espírito. Se ele for bom e benevolente, a influência será agradável e salutar; é como as carícias de uma terna mãe, que toma o filho nos braços. Se for mau e perverso, será dura, penosa, de ânsia e por vezes perversa: não abraça, constringe. Vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos, ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva seu livre arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica, tal qual esta é vulgarmente compreendida. Estando a ação do Mundo Invisível na ordem das coisas naturais, ela se exerce sobre o homem, independentemente de qualquer conhecimento espírita. Estamos a elas submetidos como o estamos à ação da eletricidade atmosférica, mesmo sem saber física, como ficamos doentes, sem conhecer Medicina. Ora, assim como a física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, parecerá inexplicável. A mediunidade é o meio direto de observação. O médium – permitam-nos a comparação – é o instrumento de laboratório pelo qual a ação do Mundo Invisível se traduz de maneira patente. E, pela facilidade oferecida de repetição de experiências, permite-nos estudar o modo e as nuanças desta ação. Destes estudos e observações nasceu a ciência espírita. Todo indivíduo que, desta ou daquela maneira, sofre a influência dos Espíritos, é, por isto mesmo, médium. Por isso mesmo pode dizer-se que todo o mundo é médium. Mas é pela mediunidade efetiva, consciente e facultativa, que se chegou a constatar a existência do Mundo Invisível e, pela diversidade das manifestações obtidas ou provocadas, que foi possível esclarecer a qualidade dos seres que o compõem e o papel que representam na natureza. O médium fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos. É, pois, uma força nova, uma nova energia, uma nova lei, numa palavra, que nos foi revelada. É realmente inconcebível que a incredulidade repila mesmo a ideia, por isso que esta ideia supõe em nós uma alma, um princípio inteligente que sobrevivem ao corpo. Se se tratasse da descoberta de uma substância material e não inteligente, seria aceita sem dificuldade. Mas uma ação inteligente fora do homem é para eles superstição. Se, da observação dos fatos produzidos pela mediunidade, remontarmos aos fatos gerais, poderemos, pela similitude dos efeitos, concluir pela similitude das causa”.



Se os Espíritos dos mortos podem se comunicar com os homens, por que eles não mostram soluções para os grandes problemas da humanidade como, por exemplo: como acabar com a violência, com a miséria e com as doenças?


Apesar de o Espiritismo já ter completado 166 anos, a grande maioria das pessoas o desconhecem e, portanto, desconhecem também o que são os Espíritos. Muitos acham que os Espíritos são seres sobrenaturais, que têm todo saber e todo poder, muito acima do ser humano. Mas não é assim. Os Espíritos,que estão na Terra, nada mais são do que os seres humanos desencarnados; eles são tão imperfeitos e ignorantes quanto nós. É claro que você pode encontrar Espíritos de elevada sabedoria, como encontra homens de grande saber, mas eles não estão acima da humanidade; eles pertencem à humanidade.


Por isso, quanto à questão, que você propõe, podemos responder o seguinte: os Espíritos, tanto quanto os homens, estão envolvidos com os mesmos problemas e, ao contrário do que você pode pensar, eles participam de discussões em busca de soluções para os grandes problemas da humanidade. Os especialistas, que hoje se sentam para debater alternativas para as questões mundiais, antes de reencarnar, já eram Espíritos que estavam se preparando para isso, a fim de poderem trazer sua contribuição para o progresso do mundo. Logo, toda a problemática humana – que diz respeito à violência, à fome e à pobreza - está também na cogitação da espiritualidade que pertence à Terra.


Existem, é claro, Espíritos Superiores, de mundos superiores, que têm saber muito mais elevado que o nosso. Mas, são Espíritos que já estão num nível de espiritualidade muito superior ao nosso e, por isso mesmo, jamais trariam para o homem soluções prontas, que livrasse o homem do estudo e do trabalho. Quem deve resolver os problemas humanos é o próprio homem. É a lei do progresso. Caso contrário, se obtivesse soluções prontas, não aprenderia a buscá-las e, portanto, não progrediria intelectual e moralmente. É o que está muito bem claro no primeiro capítulo do livro A GÊNESE, lançado há 141 anos por Allan Kardec.


Além do mais, todos sabemos – desde Jesus, e até antes dele – que o problema humano se resolve com amor e trabalho. Por enquanto, ainda estamos muito preocupados com o lado material da vida; pouca importância damos ao lado espiritual. Desejaríamos, sim, que o nosso planeta fosse um mundo pacífico, onde as pessoas vivessem se amando umas as outras em completa harmonia. Para isso, só há um caminho: seguir as recomendações de Jesus e exercitar o amor em nossa vida.



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