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terça-feira, 4 de julho de 2023

SEM MUDANÇAS BRUSCAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O materialista ou o religioso convicto muda sua forma de pensar após a morte, vendo-se diante da continuidade da vida? Milhares de depoimentos de Espíritos que se serviram de médiuns para atestar sua sobrevivência provam que não. O tema, a propósito, foi abordado na reunião de 27 de março de 1863 da Sociedade Espírita de Paris, sendo incluída na seção Questões e Problemas do número de maio daquele ano da REVISTA ESPÍRITA. Motivou a abordagem, comentário de um participante sobre frase enunciada em reunião anterior que afirmava: -“Vossa prece comoveu muitos Espíritos levianos e incrédulos”. Diante disso indaga: -“Como podem os Espíritos ser incrédulos? O meio em que se acham não é a negação da incredulidade?”. Allan Kardec propôs aos Espíritos que quisessem comunicar-se tratar da questão, se julgassem conveniente, o que resultou em três manifestações. A primeira assinada por um Espírito de nome Viennois, dizendo, entre outras coisas, o seguinte: -“ No mundo em que habitais, acreditava-se geralmente que a morte vem de repente modificar as opiniões dos que partem e que a venda da incredulidade é violentamente arrancada aos que na Terra negavam Deus. Aí está o erro, porque para esses a punição começa justamente ficando na incerteza relativamente ao Senhor de todas as coisas e conservando a mesma dúvida da Terra. Não, crede-me. A vista obscurecida da inteligência humana não percebe a luz instantaneamente. (...). A passagem da Vida Terrena à Espiritual oferece, é certo, um período de confusão e de turbação para a maioria dos que desencarnam. (...). É fácil vos dardes conta dessa diferença examinando os hábitos dos viajantes que vão atravessar o Oceano. Para alguns a viagem é um prazer; para maior número um sofrimento vulgar, que durará até o desembarque. Então! É, por assim dizer, a viagem da Terra ao Mundo dos Espíritos. Alguns se desprendem rapidamente, sem sofrimento e sem perturbação, ao passo que outros são submetidos ao mal da travessia etérea. (...). Os incrédulos e os materialistas absolutos conservam sua opinião Além Túmulo, até o momento em que a razão ou a graça tiver despertado em seu coração o pensamento verdadeiro, ali escondido”. Baseando-se na resposta, Allan Kardec propõe uma reflexão sobre: -“Compreende-se a incredulidade em certos Espíritos. Mas não se compreenderia o materialismo, pois seu estado é um protesto contra o reino absoluto da matéria e o nada após a morte”. Pronuncia-se o Espírito Erasto pelo mesmo médium, Sr D’Ambel: -“Só uma palavra: todos os corpos sólidos ou fluídicos pertencem à substância material – isto está bem demonstrado. Ora, os que em vida só admitiam um princípio na natureza – a matéria – muitas vezes não percebem ainda após a morte, senão esse princípio único, absoluto. Se refletísseis sobre os pensamentos que os dominaram a vida, acharíeis que estavam certos, ainda hoje, sob o inteiro domínio dos mesmos pensamentos. Outrora se consideravam como corpos sólidos; hoje se olham como corpos fluídicos, eis tudo. Notai bem que eles se apercebem sob uma forma claramente circunscrita, embora vaporosa, mas idêntica à que tinham na Terra, em estado sólido ou humano. De tal sorte que não veem em seu novo estado senão uma transformação de seu Ser naquele em que não tinham pensado. Mas ficam convencidos que é um encaminhamento para o fim a que chegarão, quando estiverem suficientemente desprendidos, para se dissolverem no grande Todo Universal. Nada mais teimoso do que um sábio. E eles persistem a pensar que, nem por ser demorado, esse fim é menos inevitável. Uma das condições de sua cegueira moral é de os encerrar mais violentamente nos laços da materialidade e, consequentemente, de os impedir se afastem das regiões terrestres ou similares à Terra. E, assim, como a grande maioria dos desencarnados, aprisionados na carne, não podem perceber as formas vaporosas dos Espíritos que os cercam, também a opacidade do envoltório dos materialistas lhes veda a contemplação das entidades espirituais” (...). A terceira mensagem foi escrita pelo Espírito Lamennais, através do médium Sr Didier e, sobre seu conteúdo Allan Kardec observa: -“Desde que vemos Espíritos que, mesmo muito depois da morte, ainda se julgam vivos, vagam ou creem vagar nas ocupações terrenas; é que tem completa ilusão quanto à sua posição e não se dão conta do estado espiritual. Desde que não se julgam mortos, não seria de admirar que tivessem conservado a ideia do nada após a morte, que para eles ainda não veio”.



Frequentemente, vemos casos de pessoas – sobretudo, as jovens – que, para se manterem magras e belas, fazem cirurgia plástica, lipoaspiração e acabam morrendo na cirurgia. Será que, nesses casos, elas são culpadas pelo que aconteceu, somente por causa da vaidade. ( Maria Lúcia Silva Mota)


Muito difícil fazer qualquer julgamento a respeito. O certo é que vivemos uma época em que a beleza física tem sido colocada em primeiro lugar, de modo que muitas jovens, no anseio de se projetarem nesse sentido e de se parecerem mais belas e atraentes, acabam se tornando adoradoras de si mesmas. No passado não se podia fazer nada quanto à aparência de uma pessoa, além do que a natureza lhe havia dado. Hoje, temos os recursos das cirurgias corretivas e reparadoras, tanto quanto da cirurgia estética, área médica que está se destacando cada vez mais.


A princípio, cara ouvinte, nós não vemos problema em a pessoa querer melhorar a aparência, quando essa providência provém de uma real necessidade e ajude a elevar sua auto-estima. Mas nada deve ser feito com exagero: por isso, cada caso é um caso que precisa ser examinado por si. O problema é que as cirurgias, por mais simples que sejam, sempre oferecem riscos, que os pacientes necessariamente precisam saber. Por isso, para que alguém se submeta a uma cirurgia, seja qual for, precisa passar por uma série de exames, a fim de que sejam tomados os devidos cuidados, principalmente no caso de apresentar algum comprometimento orgânico.


As cirurgias plásticas são caras e, em vista disso, a pessoa arrisca submeter-se a um risco maior pagando menos numa clínica barata e não tão bem habilitada, deixando-se cirurgiar. Tudo isso deve ser levado em consideração em cada caso, pois a falta de exames adequados no pré-operatório aumenta significativamente a probabilidade de complicações futuras e até de morte. Se a pessoa, assim mesmo, resolve arriscar, o problema é dela e, sem dúvida, ela tem uma parcela de culpa – ou porque não está devidamente esclarecida ou porque não se importa com o que pode lhe acontecer. Infelizmente, há também uma dificuldade na fiscalização dessas clínicas, o que complica mais ainda o problema.

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