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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

ESPIRITISMO, HOMEOPATIA E INTERESSANTES REVELACÕES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Tão desdenhado pela comunidade científica do século 19 quanto o magnetismo e o Espiritismo, a Homeopatia encontrou entre os adeptos da proposta espírita, campo fértil para sua expansão – embora paulatina -, no século 20, agora, no 21. Na edição de agosto de 1863 da REVISTA ESPÍRITA, no artigo de abertura daquele número, entre outras considerações Kardec afirma: -“Provando o poder de ação da matéria espiritualizada, a Homeopatia se liga ao papel importante que representa o períspirito em certas afecções; ataca o mal em sua própria fonte, que está fora do organismo, cuja alteração é apenas consecutiva. Tal a razão pela qual a Homeopatia triunfa numa porção de casos em que falha a Medicina ordinária: mais que esta, ela leva em conta o elemento espiritual, tão preponderante na economia, o que explica a facilidade com que os médicos homeopatas aceitam o Espiritismo e porque a maioria dos médicos espíritas pertencem à escola de Hahnemann”. Em março de 1867, analisando e discordando da possibilidade dos medicamentos Homeopáticos modificarem disposições morais, escreve: -“Os medicamentos homeopáticos, por sua natureza etérea, tem uma ação de certa forma molecular; sem contradita podem, mais que outros, agir sobre certas partes elementares e fluídicas dos órgãos e lhes modificar a constituição íntima (...). Não se pode agir sobre o Ser espiritual senão por meios espirituais (...). Nos embalaríamos em ilusões se esperássemos de uma medicação qualquer um resultado definitivo e durável”. No mesmo ano, em junho, retornaria ao tema, contestando comentário do médico Charles Grégory, dizendo: -“Os medicamentos homeopáticos podem ter uma ação sobre o moral, agindo sobre os órgãos de sua manifestação, o que pode ter sua utilidade em certos casos, mas não sobre o Espírito; que as qualidades boas ou más e as aptidões são inerentes ao grau de adiantamento ou de inferioridade do Espírito, e que não é com um medicamento qualquer que se pode fazê-lo avançar mais depressa, nem lhe dar as qualidades que não pode adquirir senão sucessivamente e pelo trabalho”. Mais de um século depois, o Espírito Carlos Eduardo Frankenfeld de Mendonça, desencarnado em 22 de novembro de 1980, na cidade de Niterói (RJ) revelaria aspectos interessantes envolvendo a Homeopatia. Carlos, um dos três filhos de um Engenheiro e de uma Médica, foi vitima de um ataque cardíaco durante a madrugada, enquanto dormia. Onze meses depois, confirmaria sua sobrevivência em emocionante carta psicografada por Chico Xavier, em Uberaba (MG). A partir daí, serviu-se do médium mineiro ao longo de toda a década de 80, fornecendo detalhes extremamente curiosos sobre suas atividades no Plano Espiritual. Uma delas motivou sua mãe a se especializar em Homeopatia para atender os necessitados assistidos pelo Grupo Espírita Regeneração ao qual ela e o marido serviam como voluntários desde antes da inesperada morte do filho. Uma delas relacionada à AIDS – Sindrome de Imunodeficiência Adquirida, contida na mensagem de 22 de junho de 1989, informa ter se filiado com o avô materno João Antonio, a uma escola de combate ao vírus psicogênico, estando na esperança de que muito em breve haverá recursos para a preparação da vacina adequada. A certa altura, poderá: -“Não sei se esse agente negativo foi produto do desequilíbrio dos pensamentos”. Noutra, recebida em 30 de novembro de 1989, relata: -“Quando possível, vou ao encontro da Mãezinha Edda, tomar informes sobre os que pedem auxílio na casa da “Regeneração”. Estas primeiras notas do dia seguem comigo para a sede de nossas atividades, que se acham sob a orientação e revisão de assessores do Dr Dias da Cruz, que se encarregam de visitar a moradia e ver as condições do enfermo que precisa ser medicado. Os membros da família são examinados e o ambiente doméstico é rigorosamente observado pelo colega que foi então designado para anotar os elementos de que o doente faz “inalação”. Se há entidades em processo obsessivo no lar visitado, esses Espíritos necessitados de luz espiritual são vistoriados e com esses ingredientes informativos, faz-se a ficha do irmão ou da irmã enferma, a fim de que qualquer irregularidade seja sanada. Se há obsessores no caso, a instituição do Dr Dias da Cruz já possui turmas de Entidades mais ou menos semelhantes a eles, para afastá-los da casa que está sendo socorrida. O tratamento do enfermo começa com a limpeza do ambiente em que o irmão doente se encontra e, só depois da residência libertada, os agentes medicamentosos da Homeopatia passam a funcionar. Se a moradia está excessivamente carregada de pensamentos infelizes, o tratamento é mais difícil e mais longo, entretanto, se o recinto doméstico se mostra limpo e isento de quaisquer influências nocivas, tratamento encontra facilidade para se revelar”. O rapaz que pela familiaridade e interesse nos assuntos relacionados à saúde mental e física sugere ter atuado nesse campo em outra vida, fornece muitos outros informes na obra PORTO DE ALEGRIA, publicado pelo IDE – Instituto de Difusão Espírita de Araras (SP).



No caso de uma obsessão espiritual, o que a pessoa pode fazer?

Primeiramente, para se cientificar de que realmente se trata de uma ação espiritual, ela precisaria ir a um centro espírita e expor seu problema.

Não raro, há pessoas que já vem ao centro com o diagnóstico da obsessão espiritual, apenas porque ouviu alguém dizer. Mas não é tão simples assim.

É preciso ter um bom conhecimento de Espiritismo para se saber se se trata da ação de um Espírito mal- intencionado.

Mas, dependendo dos sintomas que a pessoa vem sentindo, será preciso primeiro consultar um profissional de saúde, médico ou psicólogo.

Isso não quer dizer que ela não deva ir ao centro, até porque mesmo de tratando de um simples transtorno emocional, o tratamento espiritual é sempre recomendável.

De qualquer forma, portanto, se for primeiro ao centro, ela deverá ser orientada no sentido de fazer os dois tratamentos ao mesmo tempo, o médico e o espiritual.

Allan Kardec, numa carta enviada a um tal Chuard, que reclamou de obsessão na época, questionou se o problema que ele estava enfrentando seria realmente de ordem espiritual.

Se fosse, esclareceu Kardec, que ele se procurasse se conhecer de verdade na forma como se relaciona com as pessoas, para melhorar suas atitudes no dia a dia.

Os Espíritos perturbadores só conseguem seu intento, quando encontram brechas morais no encarnado.

Por isso, em qualquer que for o caso, cada um de nós é o melhor defensor de si mesmo.

Kardec fala, n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO que, na maioria dos casos de obsessão, a pessoa encontra solução por ela mesma, mudando de conduta.

Além disso, o problema da obsessão seria melhormente resolvido, se ela se interessasse em conhecer a doutrina.


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