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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

DIFERENTE DO QUE SE IMAGINA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Dramaturgo e libretista francês Eugène Scribe (1834/1861) é um exemplo daqueles autores extremamente populares à sua época e que caem no esquecimento após sua morte. Desencarnado no mês de fevereiro, fez-se presente espontaneamente alguns meses depois numa das reuniões da Sociedade Espírita de Paris, conforme explicado na seção PALESTRAS DE ALÉM TUMULO, da edição de outubro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA. Allan Kardec observa que a simples menção de seu nome em assunto que os participantes debatiam foi suficiente para que ele se manifestasse opinando sobre o tema. Após ter ditado uma dissertação sobre o assunto tratado, foi entrevistado pelo dirigente da reunião, oferecendo alguns tópicos para nossas reflexões, destacados a seguir: 1- Dissestes ainda que queríeis compor uma obra mais útil e mais séria, mas que essa alegria vos foi recusada. Foi como Espírito, que teríeis querido fazer essa obra e, neste caso, como teríeis feito para fazer aproveitar aos homens? R. Meu Deus! Da maneira muito simples que os Espíritos empregam, inspirando os escritores que, frequentemente, imaginam haurir em seu próprio fundo, ah! algumas vezes bem vazio. 2- Pode-se saber qual foi o assunto que vos propusestes tratar? R. Eu não tinha objetivo combinado, mas, vós o sabeis, gosta-se um pouco de fazer o que jamais se fez. Teria querido me ocupar de filosofia e de espiritualismo, porque estou insuficientemente ocupado de realismo. Não tomai esta palavra realismo como é entendida hoje; quis só dizer que estou mais especialmente ocupado com aquilo que diverte os olhos e ouvido dos Espíritos frívolos da Terra, do que daquilo que poderia satisfazer os Espíritos sérios e filósofos. 3-. Dissestes à senhorita J... que não éreis feliz. Podeis não ter a sorte dos bem-aventurados; mas ainda há pouco, na comissão, contaram uma multidão de boas ações que fizestes e que, certamente, devem vos contar. R. Não, eu não sou feliz, porque, ai de mim! tenho ainda a ambição, e que tendo sido acadêmico sobre a Terra, quisera igualmente fazer parte da dos eleitos. 4- Parece-nos que, na falta da obra que não podeis fazer ainda, poderíeis alcançar o mesmo objetivo, para vós e para os outros, vindo aqui nos fazer uma série de dissertações. R. Não peço nada .melhor, e viria com prazer se me fosse permitido, o que ignoro, porque não tenho ainda posição bem determinada no mundo espiritual. Tudo è tão novo para mim, que passei minha vida a casar subtenentes com ricas herdeiras, que não tive ainda tempo para conhecer e admirar este mundo etéreo, que esquecera em minha encarnação. Retornarei, pois, se os Grandes Espíritos mo permitirem. Em comentário complementar, Allan Kardec escreveu: -“A morte não separa, pois, aqueles que se conheceram sobre a Terra; eles se reencontram, se reúnem se interessam pelo que faziam o objeto de suas preocupações. Dirse-á, sem dúvida, que se lembram do que fazia a sua alegria, lembram-se também dos motivos de dor, e que isso deve alterar sua felicidade. Essa lembrança produz um efeito todo contrário, porque a satisfação de estar livre dos males terrestres é uma alegria tanto mais doce quanto o contraste seja maior; apreciam-se melhor os benefícios da saúde depois da doença, a calma depois da tempestade. O guerreiro de volta aos seus lares não se compraz em contar os perigos que correu, as fadigas que suportou? Do mesmo modo, para os Espíritos, a lembrança das lutas terrestres é uma alegria, quando delas saem vitoriosos. Mas essa lembrança se perde na distância, ou pelo menos diminui de importância aos seus olhos, à medida que se livram dos fluidos materiais dos mundos inferiores e se aproximam da perfeição; essas lembranças são para eles sonhos distantes, como são no homem feitas as lembranças da primeira infância”.



Eu acredito - disse-nos um ouvinte –que muita gente está meio perdida diante de tanta informação que chega a todo momento. Até pra ter uma religião e viver tranquilo com sua crença, como acontecia antigamente, não está sendo mais possível. São muitos as opiniões e muitos os apelos que nos chegam no dia a dia. Onde vamos parar com isso?”

Essa situação que você coloca é o que de fato está acontecendo, até porque estamos vivendo um novo tempo.

No passado, talvez de meio século para trás, a vida era bem mais tranquila e as crenças mais estáveis.

Mas a situação mudou em decorrência do progresso científico e tecnológico, porque as condições da sociedade também mudaram.

Hoje não dá mais para a gente contemplar o mundo como mero expectador. A vida exige de nós uma participação maior.

Já podemos descortinar um horizonte mais amplo, porque não somos mais apenas cidadãos de nossa comunidade: agora somos cidadãos do mundo.

Esse fenômeno decorre do avanço evolutivo da humanidade. Foi o tempo em que o homem podia viver sossegado no seu cano, ignorando o que se passa no mundo.

A vida, como dissemos, pede participação, a partir do momento em que ficamos sabendo que ninguém é dono da verdade e que todos somos chamados para contribuir.

Contribuir como? - você perguntaria. Assumindo uma postura diante de tudo e diante de todos.

Falamos da postura moral de cada um de nós. Para onde a humanidade está caminhando?

Se buscarmos no Evangelho os ensinamentos de Jesus, vamos perceber que ele nos encaminha para um mundo melhor.

Contudo, esse mundo melhor não é algo que vamos encontrar pronto, mas algo que todos e cada um de nós vamos construir.

O “amai-vos uns aos outros” não é mero discurso, é uma proposta de vida. Se todos aprenderem a amar, todos serão amados.

É o mundo que queremos. É o mundo que precisamos construir. As religiões têm um papel muito importante nisso.

Elas poderão se unir para proclamar o amor, ou continuarem separadas fortalecendo o orgulho de cada grupo.













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