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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O OUTRO MAL DO SÉCULO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Confirmado pelas estatísticas como sendo dois dos mais graves problemas de saúde publica da atualidade, a depressão e o suicídio encontram um forte parceiro comprometendo a saúde espiritual das criaturas humanas: a obsessão. Mal revelado pelo espiritismo, ante a vulnerabilidade mento/emocional das pessoas, responde inclusive pela intensidade dos dois problemas citados no início deste comentário, monitorados pela OMS – Organização Mundial da Saúde. Possibilidade ignorada pela importante instituição pode ser melhor entendido nos argumentos lógicos da proposta até certo ponto combatida e desdenhada pelos que representam ciência da nossa dimensão. Mas como se instala a perturbação espiritual? Allan kardec com a racionalidade de sempre, em artigo com que abre a edição de dezembro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, afirma que “ o primeiro ponto que importa nos compenetremos, é da natureza dos Espíritos, do ponto de vista moral. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, e não sendo bons todos os homens, não é racional admitir-se que o espírito de um homem perverso se transforme subitamente; caso contrário não haveria necessidade de castigo na vida futura. A experiência vem confirmar a teoria ou, melhor dizendo, esta teoria é fruto da experiência. De fato, as relações com o Mundo Invisível nos mostram, ao lado de espíritos sublimes em sabedoria e conhecimento, outros ignóbeis, ainda com todos os vícios e paixões da humanidade. Depois da morte, a alma de um homem de bem será um espírito bom. Do mesmo modo, encarnando-se, um espírito bom será um homem de bem. Pela mesma razão, ao morrer, um homem perverso dará um espírito perverso ao mundo invisível; e um espírito mau, ao se encarnar, não pode transformar-se num homem virtuoso, pelo menos enquanto o espírito não se houver depurado ou experimentado o desejo de melhorar-se. Porque, uma vez entrado na via do progresso, pouco a pouco se despoja de seus maus instintos; eleva-se gradualmente na hierarquia dos espíritos, até atingir a perfeição, acessível a todos, porquanto não pode deus ter criado seres eternamente votados ao mal e à infelicidade. Assim, os mundos visível e invisível se interpenetram e se alternam incessantemente, se assim nos podemos exprimir, e se alimentam mutuamente; ou, melhor dizendo, na realidade esses dois mundos não constituem senão um só, em dois estados diferentes”. Na mesma matéria, Allan Kardec apresenta o segundo ponto da influência perturbadora como sendo o modo recíproco de ação dos Espíritos encarnados e desencarnados. Sabemos que os Espíritos são revestidos de um envoltório vaporoso, formando para eles um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de perispírito, e cujos elementos são colhidos do fluido universal ou cósmico, princípio de todas as coisas. Quando o Espírito se une a um corpo, aí vive com seu perispírito, que serve de ligação entre o Espírito propriamente dito e a matéria corporal; é o intermediário das sensações percebidas pelo Espírito. Mas o perispírito não está confinado no corpo, como numa caixa; por sua natureza fluídica, ele irradia para o exterior e forma em torno do corpo uma espécie de atmosfera, como o vapor que dele se desprende. Mas o vapor liberado de um corpo enfermiço é igualmente insalubre, acre e nauseabundo, o que infecta o ar dos lugares onde se reúnem muitas pessoas doentes. Assim como esse vapor é impregnado das qualidades do corpo, o perispírito é impregnado de qualidades, isto é, do pensamento do Espírito, e irradia tais qualidades em torno do corpo. Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim nos podemos exprimir, como agente direto do Espírito, o perispírito é posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por esses raios ele serve à transmissão do pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito.


É verdade que a encarnação neste mundo é para Deus julgar do que cada um é capaz para ganhar a salvação? (Joana)

Não é o que o Espiritismo ensina. As encarnações na Terra funcionam como situações de aprendizagem para o desenvolvimento de nossas virtudes espirituais.

Sua principal finalidade, portanto, é desenvolver essas potencialidades latentes do espírito com vistas à perfeição. A principal meta é o amor.

Todos somos alunos na escola da vida e o maior ou o menor aproveitamento nessa escola depende do desempenho de cada um.

Salvação para o Espiritismo não é uma meta a ser alcançada, mas um desafio de auto superação que o Espírito vai aprendendo a dominar ao longo de suas encarnações.

Veja que cada um é um. Não existem duas encarnações iguais. Cada Espírito, em cada encarnação, passa pela suas próprias experiências.

É como se cada um estivesse fazendo determinado curso, caminhando com seus próprios pés e passando pelas suas próprias dificuldades.

Não é difícil perceber que cada vida tem a sua duração: uns nascem para morrer logo em seguida, outros chegam à infância ou adolescência, outros à idade adulta e outros ainda completam o ciclo da vida com a velhice.

É claro tais condições dependem do caminho que cada qual veio percorrendo em vidas anteriores.

Logo, para cada vida um desafio, sendo que o Espírito tem a liberdade de escolher e trilhar seu próprio caminho. É sempre livre para errar, mas ele é responsabilizado pelos seus atos.

Na verdade, a vida de uma pessoa aqui na Terra, por mais longa que seja, é apenas uma mostra muito curta de sua longa jornada espiritual , que começou num passado remoto e que continuará além desta existência.

A lei divina, quanto ao desempenho em cada encarnação, funciona de forma automática, através da Lei de Causa e Efeito.

O maior juiz em cada caso é a consciência moral do próprio Espírito, que vai se desenvolvendo e se tornando cada vez mais exigente para consigo mesmo.


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