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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

QUEBRANDO PARADIGMAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A história recente da fenomenologia operada pelos Espíritos desencarnados na realidade em que vivemos, sobretudo do final do século XX, ficou marcada pelos fatos produzidos, a princípio, por médiuns extraordinários. No campo da música erudita, pela dona de casa inglesa Rosemary Brown através de quem celebre compositores das fases clássicas produziram peças reconhecidas por vários especialistas como sendo dos autores que as assinavam. No da pintura, no Brasil, o jovem Luiz Antonio Gasparetto, desde a adolescência serviu para que grandes mestres da pintura se mostrassem vivos em outra dimensão, evidenciando a realidade da sobrevivência. No campo da literatura, desde o início do século XX, Chico Xavier permitiu que inúmeros poetas e escritores documentassem que continuavam vivos, apesar da morte física. E, na área da saúde, José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, deu inicio a uma verdadeira revolução nos conceitos mecanicistas vigentes, seja nas prescrições, seja nas cirurgias invasivas operadas em tempo reduzido, sem preparo prévio, sem dor apesar da ausência de anestesia, sem efeitos colaterais ou óbitos que se tenha tido conhecimento. No seu caso, a ação do Espírito conhecido como Dr Fritz, começou quando ele contava 28 anos, inesperada e espontaneamente, de forma inconsciente, erradicando um câncer de pulmão de um candidato a reeleição ao cargo de Senador da República por Minas Gerais e, dias depois, de um tumor uterino de uma conhecida de sua cidade. A partir daí, milhares de pessoas foram atendidas até que fosse preso pelo exercício ilegal da Medicina. Depoimentos impressionantes ficaram preservados, especialmente no livro O CIRURGIÃO DA FACA ENFERRUJADA do jornalista norteamericano Brian Fuller. Um deles, envolve a senhora Maria Emília Silveira, oriunda de Vitória da Conquista (BA), portadora de câncer no útero; desenganada pelos médicos, cirurgiada no dia 23/7/57. Testemunhas Ismenio Silveira (marido), Randulfo Paiva (advogado), Adhemar Alves Brito (Cel Exercito), Newton Boechat, Duração: 8 minutos. Atentemos para o depoimento do médico Ladeira Marques: -“Penetramos no pequeno aposento onde se fazem as intervenções, encontrando a paciente deitada em decúbito dorsal, sobre o assoalho. Incumbiu-me o Dr Fritz de afastar as vestes da paciente, a fim de praticar a intervenção. Perguntou ao marido, presente, se desejava que a intervenção se fizesse pela via baixa ou por via abdominal, decidindo-se o marido pela via baixa. Foram introduzidos na cavidade vaginal da paciente, sem auxílio de espéculo, três tesouras e dois bisturis, com manobra brusca sem ferir a doente. Cada instrumento introduzido de um só golpe. O ramo das tesouras era ainda mantido pela mão do médium Arigó. Para surpresa nossa, o outro ramo da tesoura, automaticamente, sem nenhuma intervenção visível de mão humana, passou a se movimentar, aproximando-se e se afastando do primeiro como ocorre no ato de seccionar um objeto. Procuramos ver se o movimento que presenciávamos na tesoura estendia-se a outras peças do instrumental cirúrgico empregado na operação e nada pudemos registrar, ouvindo-se, no entanto barulho de entrechoques de metais e o ruído do seccionamento dos tecidos. Decorridos poucos minutos, o Dr Adolf Fritz, através da intervenção do médium Arigó, retirou do campo operatório uma das tesouras introduzidas, que se apresentava ligeiramente impregnada de sangue. Tornou a repor a tesoura no local, dizendo: - “Senhor!. Não quero que haja sangue!”. E a intervenção se fez sem hemorragia. Tomando em seguida uma pinça, recomendou-nos prestar atenção e, introduzindo no local da intervenção, retirou um pedaço de tecido com cerca de 8x4 centimetros, mostrando-o a todos os presentes. A primeira impressão que tive foi que se tratasse da extirpação do útero, mas, como informasse ele à doente que ainda poderia conceber, conclui que se tratava de operação de um tumor uterino. Sem praticar nenhuma anestesia, no decorrer de toda a intervenção, manteve-se a paciente com fisionomia calma e tranquila, não deixando transparecer, absolutamente, nenhum gesto ou reação de dor. Ainda segundo o marido, “retirado o tumor, o Dr. Fritz deu uns quatro ou cinco socos no ventre – local antes dolorido -, e sua mulher permaneceu impassível, sem nada sentir”. O reconhecidamente intransigente médico e professor universitário Dr Ary Lex, foi a Congonhas do Campo (MG), conferir, testemunhando o seguinte: -“ Arigó, em estado de transe mediúnico, convidou-nos a aproximar-nos do local em que ia operar, na frente do povo. Embora declinássemos nossa qualidade de médico, não nos dispensou nenhuma atenção especial. Tratou-nos rudemente. A única gentileza, convidar-nos a assistir as operações e, posteriormente, o auxiliarmos. No espaço de meia hora, realizou 4 operações, entre as quais: 1- Drenagem de Quisto Sinovial- Sem nenhuma preparação cirurgica, anestesia ou assepsia, não usando nenhuma técnica hipnótica ou letárgica, toques no paciente ou qualquer outro processo de sugestão ou algo semelhante. 2- Operação de ptirígio – Segurei a cabeça da paciente. Arigó realizou a intervenção com uma tesoura de unha. Ante o sangramento abundante, comprimiu o local com algodão, mandando o sangue estancar, produzindo a hemostasia imediata, mandando, ao final, a paciente embora sem maiores cuidados. No correr dos atos operatórios, os pacientes estavam conscientes, tranquilos, não reagindo, respondendo nada sentir.

Eu acho que a religião está certa quando fala do inferno. A ideia da perdição eterna serve de freio para muita gente. Mas, no Espiritismo, como não existe essa possibilidade, as pessoas se sentem mais vontade para cometer erros, porque sabem que, cedo ou tarde, encontrarão o caminho para Deus. A concepção espírita não deixa de ser um consolo para todos nós, mas, ao mesmo tempo, deixa-nos mais livre para pecar.

Interessante a sua colocação. No entanto, precisamos ver como as ideias de inferno e de reencarnação funcionam.

Ao longo da História da Humanidade, não percebemos que o chamado “castigo divino” tenha funcionado a contento para os crentes.

A grande maioria das pessoas, no seu dia a dia, nem se lembra dos conceitos religiosos, parte porque a própria religião ensinou que uma coisa é a vida religiosa e outra é a vida profana.

Portanto, o fato de a religião ensinar o inferno como caminho da perdição não tem tanta influência na conduta das pessoas.

A História demonstra o quanto de maldade e crueldade foram perpetrados em nome da religião, levando muita gente ao materialismo.

Além disso, a própria religião se vale de certos artifícios, como o perdão da igreja e os estados de graça que ela concede aos seus profitentes, deixando-os mais à vontade quanto à possibilidade de voltar a pecar.

Quanto ao Espiritismo, consideramos que a lei de Deus, sendo perfeita e também autoaplicável – cobra de cada um de nós todos os erros que cometemos.

A misericórdia de Deus está justamente nas oportunidades de resgatar esses erros e refazer nosso caminho.

Tudo que fazemos, absolutamente tudo, é considerado. As consequências vêm imediatamente ou vem depois, de tal forma que, na sua longa trajetória de encarnação em encarnação, o Espírito vai se aperfeiçoando paulatinamente, sem precisar de castigo eterno.

Esta doutrina racional da reencarnação e, ao mesmo tempo consoladora, ajuda cada um a procurar melhorar-se segundo seu próprio ritmo.

Melhorar é evitar o erro tanto quanto possível, e procurar servir ao próximo dentro dos princípios cristãos.

Essa crença na reencarnação vem ajudando muito os espíritas – quer dizer, aqueles que aceitam o Espiritismo – de tal forma que eles vão se esforçando para superar seus defeitos morais.

Desse modo, não deixa de ser apreciável ambiente social que os espíritas conseguem criar em torno dos princípios da doutrina.


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