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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

UM PROCESSO LENTO E DIFÍCIL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O número de outubro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA Allan Kardec dedicou grande parte a um conjunto de previsões sobre a dinâmica do processo de transição pelo qual a Terra passa na passagem de um ciclo evolutivo para outro. Mais de um século e meio passou e a evolução da densidade demográfica confrontada com os extraordinários avanços tecnológicos deixam muitos dos que fazem análises de maior amplitude um tanto quanto assustados ante tantas aparentes contradições em todos os aspectos. Uma reflexão sobre uma parte das abordagens da reproduzidos por Allan Kardec nascidas de manifestações obtidas pelos métodos mediúnico e sonambúlico mostra o acerto deles. Acresça-se a esses dados a revelação de que a população de Espíritos desencarnados da Terra que se renovam diariamente na população de encernados pela reencarnação/desencarnação é algo em torno de 20 /30 bilhões. Destacamos alguns trechos demonstrando isso: A Terra não deve ser transformada por um cataclismo, que aniquilaria subitamente uma geração. A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas esta diferença é capital: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e devotado ao mal que tivesse encarnado, será um Espírito mais adiantado e devotado ao bem. Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corporal que de uma nova geração de Espíritos. Assim, os que esperavam ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão decepcionados. A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados em ponto intermediário, assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já se assinala no mundo pelos caracteres que lhes são próprios. As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, mas, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Devendo fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de certo grau de progresso anterior. Não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, tendo já progredido, estão predispostos a assimilar todas as ideias progressivas, e aptos a secundar o movimento regenerador. Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é: primeiro, a revolta contra Deus pela negação da Providência e de todo poder superior à Humanidade; depois, a propensão instintiva às paixões degradantes, aos sentimentos antifraternos do egoísmo, do orgulho, do ódio, do ciúme, da cupidez, enfim, a predominância do apego a tudo o que é material. Tais os vícios de que a Terra deve ser expurgada pelo afastamento dos que se recusam a emendar-se, porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque os homens de bem sempre sofrerão com o seu contato. Não se deve entender que todos os Espíritos retardatários serão expulsos da Terra e relegados a mundos inferiores. Muitos, ao contrário, a ela voltarão, porque muitos cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo; neles a casca era pior que a essência. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos preconceitos do mundo corporal, a maioria verá as coisas de maneira completamente diferente do que quando vivos, do que tendes numerosos exemplos. Só haverá uma exclusão definitiva para os Espíritos rebeldes por natureza, aqueles que o orgulho e o egoísmo, mais que a ignorância, tornam-se surdos à voz do bem e da razão. Em seu desvario, eles próprios cavarão a sua ruína; impelirão à destruição, que engendrará uma porção de flagelos e calamidades, de sorte que, sem o querer, apressarão o advento da era da renovação. E como se a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os as tentativas de auto-destruição se MULTIPLICANDO  EM PROPORÇÃO NUNCA VISTA, ATÉ ENTRE AS CRIANÇAS.



Gostaria de saber como que alguém consegue ser ateu. (Marcos Antonio Guimarães)

Na verdade, quem melhor poderia responder esta pergunta seria aquele que se diz ateu. É claro que ele deve ter motivos para isso.

Acreditamos que todas as pessoas têm as suas próprias convicções que, certamente, decorrem de suas experiências de vida.

Os pais exercem uma grande influência sobre seus filhos em matéria de religião, até porque a fé é algo que se aprende mais por via emocional.

Logo, as famílias que praticam sua religião com convicção tendem a dar aos filhos a crença em Deus, por causa dos valores que cultivam.

No entanto, a influência dos pais em matéria de crença religiosa pode encontrar uma barreira quando eles mesmos não demonstram acreditar nas coisas que ensinam.

Explicamos melhor: há casos em que os filhos se decepcionaram com os pais que na verdade, de religião só ostentavam o título, pois, na prática, não faziam o que a religião mandava.

O descompasso entre o que a religião diz e o que a ciência afirma pode ser um fator que leva os jovens à descrença, principalmente quando ele cursa uma faculdade.

Por outro lado, a influência dos pais tendem a perder terreno para a sociedade, principalmente hoje, com a grande penetração da mídia ou dos meios de comunicação.

Já tivemos oportunidade de conversar com pessoas que se diziam descrentes por não encontrarem lógica na religião, outras tiveram decepções na própria família.

Já as pessoas que nascem num berço espírita parece crescerem com mais segurança em relação ao que acreditam, já que o Espiritismo proclama uma fé racional e procura seguir o desenvolvimento científico.


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