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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

9 MINUTOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Contar sua própria experiência foi ideia que o Psiquiatra George G. Ritchie teve para auxiliar seu paciente diagnosticado como portador de carcinoma nos pulmões, com metástase para o cérebro, o que prenunciava pouco tempo de vida. Procurado por ele meses antes, com um quadro de depressão profunda que, aliado à tosse seca, o fumar ininterrupto durante as sessões, fizeram-no sugerir-lhe um exame físico completo, que revelou o problema, por sinal, inoperável. Vencida a resistência inicial, George começou a relatar o fato que acabou por entrar nos anais da História da Medicina por ser único no mundo, o que o levou a ser submetido a uma verdadeira inquisição na Universidade de Virgínia para que pudesse concluir sua formação em Psiquiatria. Contava, então, 21 anos, era um jovem alto e magro, cheio de idealismo sobre vencer a guerra contra os nazistas, razão pela qual saíra de Richmond, Virgínia, sua terra natal para o Acampamento Berkeley, em Abilene, no Texas, onde em torno de 250 mil homens estavam sendo treinados para entrarem na guerra contra Hitler. Na verdade era uma cidade de barracos de madeira estendendo-se pelo deserto texano. Tempestades de pó, chuvas, lama, vento e, por fim, três meses depois, frio de 10 graus abaixo de zero, resultaram para ele, a princípio, numa dor de garganta acompanhada de febre, que o recolheram no dia 11 de dezembro, ao “estaleiro”, como era chamado o hospital da base. O hospital era algo da ordem de cinco mil leitos, ocupando mais de duzentas construções em madeira, baixas, todas entrecortadas por corredores. Isolado em área apropriada pelo seu estado febril, mantinha fixa a ideia de que no dia 18, de folga, pegaria o trem de volta para sua cidade, a fim de visitar seus familiares. Mantido até o dia 17 em observação, foi transferido para a recuperação após o termômetro mostrar que a febre cedera, pôs-se a imaginar o quanto seria bom regressar à sua casa, por ocasião do natal, mesmo que por alguns dias. A última medição de temperatura, contudo, fez com que o removesse novamente para o isolamento, onde, amargurado pelas conjecturas com a viagem que começava a se frustrar, tossiu miseravelmente durante a noite toda. Somente na manhã do dia 19, apresentou melhoras, voltando à ala da recuperação e, muito agitado, após acompanhar companheiro de quarto ao cinema da base, sentindo-se febril, ingeriu alguns medicamentos obtidos com um contínuo de serviço, adormeceu. A perturbação com o aumento anormal da febre, a escarradeira onde cuspia o expelido pela tosse, a ida em maca ao setor de Raio X, o clique da máquina, um zumbido que aumentava continuamente, a lembrança de haver sentado sobressaltado no leito do cubículo minúsculo para o qual foi devolvido, a ideia fixa de haver perdido o trem, o desaparecimento de seus pertences, a constatação de ver um jovem, de cabelos curtos e castanhos, deitado, imóvel, no leito do qual acabara de sair era algo esquisito de se pensar. Os acontecimentos que se seguiram o deixaram estupefato: no corredor que interligava as enfermarias, viu um enfermeiro ignorar seus berros, vindo em sua direção, sem diminuir o passo, e, ultrapassá-lo, ignorando um esbarrão que não aconteceu; sentiu-se, a seguir, do lado de fora das instalações em que se encontrava, correndo velozmente como nunca fizera, sem as impressões de frio ou calor; via as copas de alguns arbustos; deslocando-se celeremente sobre o deserto frio e escuro; mentalmente – iniciara antes de se alistar curso preparatório de Medicina - negando o que estava acontecendo; a visualização de uma cidade passando sob ele feito relâmpago; um rio extremamente largo abaixo de si; a sensação de estar suspenso a mais ou menos uns 15 metros de altura; a tentativa frustrada de pegar a maçaneta da porta – como se tocasse em algo rarefeito -, de um bar em cidade desconhecida em que se viu parar; a incredulidade, a volta ao hospital refazendo o trajeto anterior, ao pensar no rapaz que vira sobre a cama; a identificação dos ambientes bem conhecidos desde dez dias antes, a busca aflita pela localização daquele que vira sobre a cama; a identificação em leito na sala de Raio X, do anel que lhe pertencia na mão de alguém cujo corpo estava coberto por um lençol, tendo apenas os braços descobertos. Foram os primeiros momentos da aterrorizadora, intensa, surpreendente e rica vivência de George, que, saberia depois através dos registros hospitalares, foi considerado morto e, quando começava a ter seu cadáver preparado por um auxiliar para o sepultamento, movimentou, a princípio, um dos braços e retornou à vida. Nove minutos apenas haviam se passado, mostrando que a variável tempo na Dimensão em que esteve é, realmente, muito diferente da realidade em que vivemos. O caso virou clássico no campo das chamadas EQMs Experiências de Quase Morte, estudadas desde os anos 70, do século XX.



Por que dizem os espíritas que não se deve fazer sessões mediúnicas em casa? No seio da família não seria mais produtivo, pois ali se pode evocar familiares e amigos desencarnados com mais facilidade, por questão de sintonia?

À primeira vista a sessão mediúnica em casa pode parecer mais prática e produtiva, mas na realidade não é bem o que acontece.

Então, entraríamos nesta outra questão: por que o centro espírita?

Trata-se de ter um ambiente especial para trabalhos dessa natureza, até porque o ambiente mental da casa não é tão apropriado para contatos com Espíritos.

É muito importante considerar que se trata de um trabalho espiritual, que depende do padrão mental existente no ambiente.

Quando não existe essa condição, Espíritos não comprometidos com o bem ou mal intencionados encontram mais facilidade de penetrar.

O cotidiano da casa geralmente está envolvido por conflitos emocionais e pensamentos negativos, fruto das relações nem sempre harmoniosa dos membros da família.

O pensamento é um poder criador e, segundo André Luiz, contribui para a criação de uma aura mental mais ou menos favorável, dependendo do tipo de relações que existem no lar.

Enquanto isso, um ambiente especialmente reservado para preces, com horários determinados e regras de disciplina para os grupos mediúnicos, inclusive com preces, passes e outras atividades espirituais é mais bem protegido.

Espíritos benfeitores dedicados às suas atividades sempre estão a postos para ajudar os médiuns e evitar maiores problemas, de modo que as comunicações por eles recebidas são mais autên


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