O Espiritismo fundamentando-se no princípio da lógica tem revelado elementos extremamente interessantes sobre temas como a sobrevivência após a morte, as vidas sucessivas, o papel e a organização da família no processo evolutivo, a origem e cura das doenças, entre outros. O último aspecto citado racionaliza a questão da influência e interferência da mente e seu principal efeito que é o pensamento quanto aos seus aspectos causais. Destacaremos a seguir alguns deles para sua avaliação: 1- “Se dividirmos os males da vida em duas categorias, sendo UMA a dos males que o homem não pode evitar, e OUTRA a das atribulações que ele mesmo provoca, por sua incúria e seus excessos, veremos que esta última é muito mais numerosa que a primeira”. 2 - As doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em nossos organismos condições nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade”. 3 -“Doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, etc. (...), são efeitos que devem ter uma causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito, e, desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente”. 4 - “Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos corporais, em certos casos, não teria colocado meios curativos à nossa disposição. 5 - Ao lado da medicação comum elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o poder da ação fluídica, e, depois o Espiritismo veio revelar-nos outra força, através da mediunidade curadora e da influência da prece”. 6 - Da mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a individualidade, partem as forças que asseguram o equilíbrio orgânico, por intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição humana, raios esses que vitalizam os centros perispiríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular. 7 - Nas criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos que atuam sobre todos os órgãos do corpo físico, através do sangue. 8 - A criatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente, para si mesma, grande parte das doenças que se lhe incorporam às preocupações. Rendemo-nos, habitualmente, às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico, mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências perniciosas interessadas em vampirizar-nos a vida. 9 - Exteriorizando ideias conturbadas, assimilamos as ideias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo, elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrio emotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas ou pesando nas estruturas nervosas que nos conduzem a dor. Mantidas tais conexões, surgem frequentemente os processos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem a razão, nos mantém no domínio de enfermidades – fantasmas que os esterilizam as forças e, pouco a pouco, nos corroem a existência. 10 - Há grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, contra o que a medicação comum é inoperante. 11 - O perispírito por sua natureza FLUÍDICA, essencialmente móvel e elástica, projeta raios pela vontade do Espírito, servindo à transmissão do pensamento. 12 - Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos FLUIDOS espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.13 - A alma carreia consigo as faculdades de criar no próprio cosmo orgânico todas as espécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne, faculdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao próximo com que atrai preciosos recursos em seu favor. O Bem é o verdadeiro antídoto do mal. 14 - A maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim.
Gostaria de saber como os ateus vão encarar Deus depois da morte, se eles negam sua existência.
Você se lembra da parábola do bom samaritano? Pois é, aproveitando a linha de pensamento de Jesus, vamos raciocinar sobre um caso similar. Um homem muito religioso, que vivia louvando a Deus e sempre participava dos cultos e das obrigações de sua igreja, deixou de socorrer um doente abandonado na rua. Veio, porém, um ateu e, vendo o homem abandonado, compadeceu-se dele e o socorreu. A pergunta é a seguinte: Qual desses dois homens tem maior mérito perante Deus? Qual deles reúne as virtudes ensinadas por Jesus? Qual deles fez a vontade do Pai?
Qualquer pessoa de bom senso saberá dizer imediatamente que o ateu, que socorreu o necessitado, tem mais méritos perante Deus do que o crente, que passou indiferente ao seu sofrimento. A virtudes de que Jesus falou não podiam se apoiar numa fé festiva e inoperante, Elas se apoiam sobre a fé, a razão e a prática da caridade ao mesmo tempo. A fé, que Jesus pregou, portanto, não é apenas a crença em Deus que muita gente proclama, mas é sobretudo a disposição de amar o próximo e de fazer o bem.
O homem, que se passa por crente diante da sociedade, mas nada faz pelo bem do próximo, embora o estardalhaço que possa provocar em nome de Jesus, faz o papel do religioso egoísta que louva a Deus, pensando na própria salvação. Na linguagem de Jesus ele é o religioso que tem Deus nos lábios, mas não o tem no coração. A religião só tem sentido se for para tornar o homem melhor; caso contrário, ela será apenas um rótulo, como a dos fariseus, a quem Jesus comparou com o túmulo caiado – bonito por fora, mas cheio de podridão por dentro.
Deus, na concepção de Jesus, é para ser amado e não para ser temido. Quem teme a Deus, apenas o obedece por medo de ser castigado, mas quem ama a Deus, tudo o que faz pelo próximo, faz de coração, por amor, e é feliz pelo bem que espalha. Desse modo, diante de Deus, mais vale o homem de bom caráter sem religião do que o de caráter duvidoso, que vive de louvores na busca vantagens pessoais, mas não está nada interessado no bem de seus semelhantes.
N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS quando Allan Kardec pergunta onde está escrita a lei de Deus, os Espíritos não afirmam que é na Bíblia, que é no Alcorão, que é no Vedas ou em outro livro sagrado qualquer. Eles simplesmente respondem que a Lei de Deus está em nossa consciência. Isso significa que todos trazemos no imo da alma as concepções do Bem, da Verdade e da Justiça – independente se professamos esta ou aquela religião, ou se não adotamos religião alguma. A centelha divina, que existe em nós, é capaz de gerar os mais elevados sentimentos e nos conduzir às mais nobres ações. Quem chega ao plano espiritual, após a morte do corpo, com uma bagagem considerável de boas ações sempre encontrará motivos para ser feliz.
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