Sobre ele pouco se tem sabe, a não ser que era do Ceará, onde, em diferentes localidades, teria exercido o cargo de Juiz; publicado, em 1924, um livro com suas criações poéticas, intitulado ESCADA DE JACÓ, não se tendo notícia que tenha conhecido o Espiritismo enquanto encarnado. De volta ao Plano Espiritual, nos processos de aprendizado possíveis ao seu nível evolutivo, aprofundou-se no estudo da Justiça Divina, mais especificamente a Lei de Causa e Efeito. Nas décadas de 60 e 70, serviu-se do médium Chico Xavier para oferecer-nos em doze poesias, os resultados de suas pesquisas, revelando em versos belíssimos a situação de muitos Espíritos com os quais se envolveu em múltiplas encarnações anteriores à terminada no século 20. Seu nome Epiphanio Leite e, atendendo às limitações de espaço, exporemos parte de seu trabalho apresentando os Efeitos de agora, seguido da Causa determinante de outrora. O primeiro deles, por sinal, sobre um Espírito que lhe fora filho em vida passada. CASO 1 – Efeito: homem cego e surdo vivendo de esmolas obtidas na mendicância Causa: Existência em que, embora exortado a amar, construir e ensinar, armou-se de ouro e lança, transformando o mando em presença assassina, deixando uma trilha de fogo nas vidas e regiões por onde passou (Meu Filho) CASO 2 – Efeito: mulher, vivendo em extrema penúria entre humildes choupanas, trazendo nos braços um filhinho sem fala, mutilado ao nascer Causa: Existência em que, mulher ligada à nobreza, induz jovem por ela apaixonado ao suicídio durante festa que promovia em sala de seu castelo (Santa Maternidade) CASO 3 – Efeito: Homem confinado a hospício em função da insanidade mental Causa: Soberano que, em excursões bizarras, ordena invasões, ferindo, vencendo, dominando e deixando um rastro de dor, castelos em ruínas, agonia e pavor (Renascença da Alma) CASO 4 - Efeito: Mulher insana mentalmente vivendo na mendicância, carregando um boneco nos braços, o que lhe valeu a alcunha de Maria Boneca Causa: Dama da nobreza que na ânsia de continuar a desfrutar dos prazeres da vida, três séculos antes, livra-se do filho consanguíneo, atira-o à fossa do castelo em que vivia (Maria Boneca) CASO 5 – Efeito: Mulher, anônima e solitária, presa à prova da hanseníase, confinada em Hospital/Colônia para Leprosos Causa: Existência em que na condição de conhecida rainha europeia, quatrocentos anos antes, cria dominações, ordena, expandindo penúria e lágrimas, enquanto suas arcas repletavam-se. ( Fim de Prova) CASO 6 – Efeito: menino morador de aldeia remota, em corpo limitado pela idiotia e a mudez. Causa: intelectual que, pela palavra falada e escrita, na última década do século 18, espalhou ateísmo e violência, suscitando rebeldia e delinquência (Gênio Enfermo) CASO 7 – Efeito: Morador de rua, vivendo da caridade alheia, preso ao estigma da hanseníase Causa: Existência há quatro séculos, em que, à custa de mortes, destruição, violência, conquista o poder, tornando-se, por fim, chefe e Rei, pouco antes de morrer (Dor Bendita) CASO 8 – Efeito: Mulher carregando a dura prova da cegueira, obcecada por encontrar a origem de sua limitação nos estudos reencarnacionistas. Causa: Soberana feudal que, seiscentos anos antes, através de hordas assassinas espalhou fogo e lama, oprimindo o povo dominado (Cegueira) CASO 9 – Efeito: Mulher cumprindo o papel da maternidade, triste, entre penúria e pó, chagas, sombras, ruínas Causa: Existência em que, há quatro séculos, exercendo o poder, amada e desumana, destrói lares, gasta a vida insana, humilhando os homens que avassalava (Prova e Libertação) CASO 10 – Efeito: Homem, morador de rua, enfermo, relegado à via pública, sobrevivendo da caridade alheia Causa: Existência seiscentos anos antes em que, de conquista em conquista, abusa do amor, arrastando filhas, esposas, mães, seduzidas egoisticamente (Mendigo) CASO 11 – Efeito: Mulher enferma, vivendo da mendicância em praça pública Causa: Existência no século 19, em que exibindo riqueza e beleza perturbadora, por ciúmes de alguém, mata a própria filha preservando os domínios do prazer em que se comprazia. Os livros em que podem ser consultados os documentos aqui citados, são respectivamente LUZ NO LAR (feb,1968); POETAS REDIVIVOS (feb,1969); CAMINHOS DE VOLTA (geem, 1975) e ALGO MAIS (ideal, 1979).
ACOMPANHE DIARIAMENTE AS ATUALIZAÇÕES DO INSTAGRAM no endereço luizarmandoff
Eu gostaria de saber de vocês se existe algum jeito de não se decepcionar com uma pessoa, que aparenta ser minha amiga, mas que, de repente, mostra suas garras, fala mal de mim e me causa muito sofrimento? Como é que a gente faz para não sofrer com isso e viver em paz?
Nesta vida, não existe quem não sofra decepções. Contudo, você precisa verificar com muito cuidado se essa atitude que você descreve e que lhe trouxe tanto sofrimento, realmente ocorreu – e, se ocorreu de fato, se foi da forma como você está concebendo. Há muitos males que surgem do jogo de interesses, da mentira, da aparência ou de erro de interpretação, que dão impressão de verdade. Entretanto, uma coisa é certa: mesmo sendo a verdade, você terá de saber lidar com ela.
Como dissemos, não há como não sofrer decepção nesta vida; até porque somos todos imperfeitos. Quem não erra? Quem não comete enganos e desatinos que acabam por ferir? Jesus nos alertou muito bem sobre isso. Na condição espiritual, em que nos achamos, aprender a conviver é, acima de tudo, saber evitar decepções, compreendo primeiramente que não são apenas os outros que nos ferem; nós também, mesmo a contragosto, de vez em quando ferimos. É uma condição humana natural do nosso estágio de evolução.
Mas, o que vem a ser decepção? É um choque emocional causado por uma expectativa falsa. Acreditávamos que tal pessoa, que considerávamos amiga, não seria capaz de praticar determinada ação contra nós. E ela praticou... Se fosse outro, não sofreríamos tanto, porque se trata de alguém que se acha à distância, mas daquela jamais poderíamos esperar e, por isso, é grande o impacto que sofremos Esse tipo de problema não é tão raro assim, mas demonstra que ainda não aprendemos a lidar com o próprio sentimento, principalmente com o orgulho. O orgulho é o sentimento que mais nos faz sofrer.
Por outro lado, quando amamos uma pessoa – uma amiga, por exemplo - aprendemos a relevar suas atitudes negativas e procuramos amá-la em qualquer circunstância. A verdadeira amizade não se mostra apenas nos bons momentos, onde tudo são flores. Ela se mostra principalmente nas horas difíceis, quando um de nós revela sua fraqueza e falha com o outro. Contudo, em termos de verdadeira amizade, uma atitude de compreensão na hora difícil vale mais do que mil outras manifestações de afeto nos momentos de alegria. Não é o que as mães fazem pelos seus filhos?
Considere, portanto, a sua capacidade de compreender, colocando-se no lugar daquela que errou. Cada caso é um caso, mas se o ato a atingiu profundamente, só você pode aquilatar a sua gravidade e medir a extensão dos prejuízos. Às vezes, é algo que pode ser relevado. Entretanto, se o ato lhe causou um grande prejuízo, mesmo assim, pense no que Jesus recomendou, quando falou em amar os inimigos. Você não precisa seguir à risca as letras do evangelho e dar a cara para bater. Pode até, por medida de cautela, colocar-se à distância, mas não deseje o mal a essa pessoa e tampouco pense em revidar o mal que sofreu. Essa é uma lição que serve para amoldar seu orgulho e diminuir sua dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário