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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

- UMA SURPREENDENTE COMUNICAÇÃO COLETIVA ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Integrantes da Sociedade Espírita de Paris encontravam-se reunidos na noite de primeiro de novembro de 1866 para reverenciar o Dia dos Mortos, convencionalmente comemorado no dia dois do mesmo mês, conforme instituído no calendário da predominante no lado Ocidental da Terra. Um fenômeno interessante marcaria aquela reunião, revelando mais um aspecto do instigante processo de intercâmbio entre os dois mundos. Deu-se através do médium Sr Bertrand, conforme relatado por Allan Kardec na REVISTA ESPÍRITA, número de março de 1867. Foi a comunicação de vinte Espíritos cujas vidas, em nossa Dimensão, marcaram importantes momentos da História da Humanidade. Mesmer, General Brune, Luiz XVI, Lafayette, Arago, Napoleão, entre outros. O mais curioso é que a partir do tema proposto por um, outros contra pontuavam ampliando a compreensão do mesmo, encadeando, por fim, uma mensagem de conteúdo de grande elevação. Um trecho que bem exemplifica isto: o Espírito Meyerbeer escreveu: -“Três coisas devem progredir: a música, a poesia e a pintura. A música transporta a alma ferindo o ouvido”; Casemir Delavigne acrescentou: -“A poesia transporta a alma abrindo o coração”; seguido por Flandrin: -“A pintura transporta a alma acariciando os olhos”, enquanto Alfred de Musset: -“ Então a poesia, a música e a pintura são irmãs e se dão as mãos: uma para abrandar o coração, outra para suavizar os costumes e a última para abrir a alma: as três para vos elevar ao Criador; ao que São Luiz, encerrando a comunicação em nome de todos, aditou: -“ Mas nada, nada deve progredir mais momentaneamente do que a Filosofia; ela deve dar um passo imenso, deixando estacionar a ciência e as artes, mas para as elevar tão alto, quando for tempo, que essa elevação será muito mais súbita para vós hoje”. Kardec acrescenta que no dia 6 de dezembro, o mesmo Sr Bertrand, no grupo do Sr. Desliens, psicografou uma comunicação do mesmo gênero que, de certo modo, é continuação da precedente, desta vez com vinte e nove manifestantes, desenvolvendo raciocínios rápidos em torno do amor, da sabedoria, ciência, reencarnação, a Doutrina de Jesus, além de outros temas. Considerando que o estudo da mediunidade evidencia a necessidade da identidade de fluidos entre o Espírito comunicante e o médium, Kardec levantou a duvida no seguinte questionamento: -“Como os fluidos de tão grande número de Espíritos podem assimilar-se quase instantaneamente com o fluido do médium, para lhe transmitir seu pensamento, quando tal assimilação por vezes é difícil da parte de um só Espírito, e geralmente só se estabelece com vagar?”. Conta o Codificador que, Slener,“o guia espiritual do médium parece o ter previsto, porque dois dias depois lhe deu a seguinte explicação”:-“A comunicação que obtiveste no Dia de Todos os Santos, como a última, que é o seu complemento, posto nesta haja nomes repetidos, foram obtidas da seguinte maneira: como sou teu Espírito protetor, meu fluido é similar ao teu. Coloquei-me acima de ti, transmitindo-te o mais exatamente possível os pensamentos e os nomes dos Espíritos que desejavam manifestar-se. Estes formaram em torno de mim uma assembleia cujos membros, cada um por sua vez, ditava os seus pensamentos, que eu te transmitia. Isso foi espontâneo e o que naquele dia tornava as comunicações mais fáceis é que os Espíritos presentes tinham saturado a sala com seus fluidos. Quando um Espírito se comunica com um médium, fá-lo com tanto mais facilidade quanto melhor estabelecidas entre si as relações fluídicas, sem o que o Espírito, para comunicar seu fluido ao médium, é obrigado a estabelecer uma espécie de corrente magnética, que atinge o cérebro deste. “E, se em razão de sua inferioridade, ou por qualquer outra causa, o Espírito não pôde estabelecer esta corrente, ele próprio, então recorre à assistência do guia do médium, e as relações se estabelecem como acabo de indicar”. As informações suscitaram outra pergunta: -“No número destes Espíritos não há alguns encarnados, neste ou noutro mundo e, neste caso, como se podem comunicar?”. Eis a resposta que foi dada: “- Os Espíritos de um certo grau de adiantamento tem uma radiação que lhes permite comunicar-se simultaneamente em vários pontos. Nuns, o estado de encarnação não amortece essa radiação de maneira completa para os impedir de se manifestarem, mesmo em vigília. Quanto mais avançado o Espírito, mais fracos os laços que o unem à matéria do corpo; está num estado de quase constante despendimento e pode dizer-se que está onde está seu pensamento”.


Tenho quatro filhos, mas um deles, com mais de 30 anos, é viciado em drogas. Ele chorou antes de nascer, quando ainda estava na minha barriga. Será que isso tem alguma a ver com os problemas de hoje? Além disso, o pai e o tio, que também eram viciados, já morreram. Eles poderiam estar influenciando meu filho? (Ouvinte do Jardim Paineiras)


A questão do choro do bebê não tem nada a ver com o seu comportamento hoje, quando ele é adulto. Há estudos muito sérios sobre esse fenômeno do choro na barriga, mas os cientistas dizem que esse choro ( que pode ocorrer, quando o bebê se sente desconfortável no ventre da mãe) não pode ser ouvido, simplesmente porque, naquela condição, não há como produzir som. Se você ouviu alguma coisa, na ocasião, ou foi uma impressão sua ou veio de outra fonte, que não o bebê.


Quanto à dependência de droga, pode haver várias causas, inclusive a influência que esse pai e esse tio, quando vivos, tiveram sobre seu filho. Os maiores problemas emocionais, inclusive o de buscar a droga como fuga ou como apoio para enfrentar a vida, ou de seguir o modelo de pessoas que se drogam, provêm quase sempre da infância, mas deve ter causas ainda mais profundas, ligadas às tendências do próprio Espírito. É possível que o pai ou o tio tenham influência espiritual sobre seu filho, mas, seguramente, não é a causa principal de seu problema.


Na idade em que se encontra, é difícil solucionar o problema. Em primeiro lugar, é necessário que ele queira se tratar para se libertar da droga e esteja disposto a se esforçar nesse sentido. Depois disso, além das preces de mãe ( que sempre ajudam), seria conveniente um tratamento médico para desintoxicação, além de um acompanhamento psicológico e espiritual. 


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