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domingo, 5 de novembro de 2023

PAULO DE TARSO - PRECURSOR DO ESPIRITISMO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Recebendo solenemente o título de Arcebispo sete dias depois do lançamento d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, morto cinco anos depois, Francois-Nicolas Madeleine, mais conhecido como Cardeal Morlot,, rapidamente integrou-se à equipe do Espírito da Verdade cooperando com textos psicografados em varias localidades, alguns dos quais aproveitados n’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (capitulos 5 E 17). Dez meses após sua desencarnação em 9 de outubro de 1863, manifestou-se na sessão da Sociedade Espírita de Paris através de mensagem em que apresenta o Apóstolo Paulo de Tarso como precursor do Espiritismo, página que Allan Kardec incluiria na edição de dezembro de 1863 da REVISTA ESPÍRITA. Diz Francois: - “Quantos dias se passaram, meus filhos, desde que tive a felicidade de entreter-me convosco! assim, é com grata satisfação que me encontro no seio da minha cara Sociedade de Paris. “Com que vos entreterei hoje? A maior parte das questões morais foi tratada por penas hábeis; todavia, elas são de tal modo do meu domínio e o seu campo é tão vasto que ainda encontrarei alguns fragmentos de verdade para respigar. Quanto ao mais, mesmo que eu apenas repetisse o que outros já disseram, talvez apareçam alguns novos ensinamentos, porque as boas palavras, como as boas sementes, produzem sempre bons frutos. “Para nós, os livros santos são celeiros inesgotáveis, e o grande apóstolo Paulo, que por sua prédica poderosa tanto contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo no passado, vos deixou monumentos escritos que servirão, não menos energicamente, à expansão do Espiritismo. Não ignoro que os vossos adversários religiosos invocam seu testemunho contra vós; mas, ficai certos, isto não impede que o ilustre iluminado de Damasco seja por vós e convosco. O sopro que corre em suas epístolas, a santa inspiração que anima os seus ensinos, longe de ser hostil à vossa doutrina, está, ao contrário, cheia de singulares previsões em vista do que acontece hoje. É assim que, na sua primeira epístola aos Coríntios, ele ensina que, sem a caridade, não existe nenhum homem, ainda que fosse santo, profeta e transportasse montanhas, que se possa gabar de ser um verdadeiro discípulo de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Como os espíritas, e antes dos espíritas, foi ele o primeiro a proclamar esta máxima que faz vossa glória: Fora da caridade não há salvação! Mas não é apenas por este único lado que ele se liga à doutrina que nós vos ensinamos e que hoje propagais. Com aquela sublime inteligência que lhe era própria, tinha previsto o que Deus reservava para o futuro e, notadamente, esta transformação, esta regeneração da fé cristã, que sois chamados a assentar profundamente no espírito moderno, já que descreve, na citada epístola, e de maneira indiscutível, as principais faculdades mediúnicas, por ele chamadas de dons abençoados do Espírito Santo. “Ah! meus filhos, aquele santo doutor contempla, com uma amargura que não pode dissimular, o grau de aviltamento em que caiu a maior parte dos que falam em seu nome, e que proclamam, urbi et orbi, que outrora Deus deu à Terra toda a soma de verdades que esta era capaz de receber. Não obstante, o Apóstolo tinha exclamado em seu tempo que só havia uma ciência e profecias imperfeitas. Ora, aquele que se lastimava de tal situação sabia, por isto mesmo, que essa ciência e essas profecias um dia se aperfeiçoariam. Não está aí a condenação absoluta de todos os que incriminam o progresso”?




Eu pensei que, no caso da minha mãe, a morte fosse mais suave e tranquila, mas o quadro de sua morte me deixou impressionada. Ela sempre foi uma pessoa calma e conformada, mas naquele momento, ela reagiu como se não quisesse partir. Fico pensando se não estava vendo alguma coisa que a assustou. (Comentário de uma ouvinte)


Precisamos, em primeiro lugar, diferenciar morte e desencarnação. Quem morre é o corpo, quem desencarna é o Espírito. Nem sempre uma coisa coincide com a outra. Há mortes que ocorrem antes da desencarnação, e desencarnações que só se processam após a morte do corpo. Mas, se você quiser entender melhor esse processo, leia o livro NOSSA VIDA NO ALÉM, da Dra. Marlene Nobre.


Nesse livro, a autora – que pesquisou muito os trabalhos de André Luiz - mostra diversos tipos de morte e desencarnação. Uma pessoa emocionalmente equilibrada e tranqüila, que cultivou bons valores morais e esteve sempre transmitindo segurança aos outros, tende a ter uma boa desencarnação, sem maiores problemas, até porque está bem assistida nesses momentos por benfeitores espirituais. Contudo, uma coisa é a reação de seu corpo e outra, o desligamento do Espírito.


O corpo não quer morrer; nenhum corpo quer morrer. A natureza dotou os corpos de meios de defesa, para que eles reajam a qualquer situação de perigo e, principalmente, a situações que possam levá-los à morte. É o próprio André Luiz, no livro OBREIROS DE VIDA ETERNA, capítulo 13, que cuida desse assunto, ao tratar da desencarnação de Dimas, que fora um homem bom e que, portanto, reunia grande méritos.


A certa altura do relato, na hora fatal da morte de Dimas, quando a equipe de benfeitores – da qual André Luiz fazia parte - estava presente para ajudar na desencarnação, ele comenta: “O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do Espírito. Reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente..”


André Luiz está se referindo ao esforço supremo do corpo, opondo-se ao falecimento, quando ocorre a crise da morte, e o organismo gasta suas últimas forças para se manter vivo. No entanto, do lado espiritual, a boa alma já está sendo acolhida – às vezes, como no caso de Dimas, já semidesprendida do corpo e à certa distância, para ser mais bem amparada. Nós, os encarnados, o que presenciamos daqui é um quadro triste e doloroso, mas o Espírito, do outro lado, já está amparado – muitas vezes por parentes e amigos, em manifestações de alegria.  


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