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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

SEXO ALEM DA MORTE ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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...seu filho anda partido em dois, tamanho é o meu anseio de realizar-me na condição de homem(...). Muitos rapazes se desligam facilmente desses anseios. Tenho visto centenas que me participam estarem transfigurados pela religião e outros adotam exercícios de ioga com o objetivo de cortarem essas raízes da mocidade com o mundo(...).Meu tio Ivo fala em amor entre jovens apenas usufruindo o magnetismo das mãos dadas, e até já experimentei, mas a pequena não apresentava energias que atraíssem para longos diálogos sobre as maravilhas da vida por aqui. Fiz força e ela também; no entanto, nos separamos espontaneamente, porque não nos alimentávamos espiritualmente um ao outro. Creio que meu caso é uma provação que apenas vencerei com o apoio do tempo(...). Dizem por aqui que os pares certos trocam emoções criativas e maravilhosas no simples toque de mãos; no entanto, estou esperando o milagre”. O desabafo foi feito por Ivo Barros Correia Menezes à mãe, em carta psicografada por Chico Xavier, seis anos após seu desencarne aos 18 de idade, quando o veículo em que se encontrava com amigos foi colhido por ônibus cujo motorista ultrapassou o sinal vermelho. Embora o sexo além da morte não tenha sido objeto de mais aprofundados estudos por Allan Kardec, os Espíritos que auxiliaram no cumprimento do programa desenvolvido através do médium de Pedro Leopoldo, deixaram importantes subsídios para nossas reflexões. André Luiz, por exemplo, acompanhando a benfeitora Narcisa num atendimento num dos pavilhões em que começava a servir na colônia descrita em NOSSO LAR (feb), atraído por gritaria próxima, foi contido por ela, no instintivo movimento de aproximação, ouvindo dela: “- Não prossiga, localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro seria extremamente doloroso para seus olhos”. MISSIONÁRIOS DA LUZ (feb), expõem situação verificada com Marcondes que “no desdobramento natural do sono físico deveria estar em palestra proferida durante a madrugada pelo Instrutor Alexandre, em instituição localizada na Crosta e que é localizado em seu quarto de dormir, parcialmente desligado do corpo que descansava com bonita aparência, sob as colchas rendadas (...), revelando posição de relaxamento, característica dos viciados do ópio, tendo a seu lado, três entidades femininas” - definidas por André como da pior espécie de quantas já tinha visto nas regiões das sombras -, em atitude menos edificante, atraídas, segundo disseram pelos pensamentos curtidos pelo encarnado no dia anterior”. O caso de Odila apresentado no ENTRE A TERRA E O CÉU (feb), mostra a situação de mulher desencarnada, evidenciando no corpo espiritual, o centro genésico plenamente descontrolado, não querendo senão o marido, em vista do apego enlouquecedor aos vínculos do sexo, que a paixão nada faz senão desvirtuar”. Segundo análise do Instrutor Clarêncio, embora “possua admiráveis qualidades morais, jazem eclipsadas. Desencarnou em largo vigor de seu idealismo, sem uma fé religiosa capaz de reeducar lhe os impulsos, justificando-se desse modo a superexcitação em que se encontra”. Calderaro, o Benfeitor apresentado em NO MUNDO MAIOR (feb), explica que “a sede do sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização”. Na mesma obra, acompanhando tarefa socorrista efetuada em recinto reservado de um clube de dança, André observa: “-Algumas dezenas de pares encarnados dançavam, tendo as mentes absorvidas nas baixas vibrações que a atmosfera vigorosamente insuflava. Indefinível e dilacerante impressão dominou-me o Ser. Não provinha da estranheza que a indiferença dos cavalheiros e a leviandade das mulheres me provocaram; o que me enchia de assombro era o quadro que eles não vinham. A multidão de entidades conturbadas e viciosas que aí se movia era enorme. Os dançarinos não bailavam sós, mas, inconscientemente, correspondiam, no ritmo açodado da música inferior, a ridículos gestos dos companheiros irresponsáveis que lhes eram invisíveis”. Comentando a cena, o Orientador diz: “- Observamos, neste recinto, homens e mulheres dotados de alto raciocínio, mas assumindo atitudes de que muitos símios talvez se pejassem(...). Muitos deles são profundamente infelizes, precisando de nossa ajuda e compaixão. Procuram sufocar no vinho ou nos prazeres certas noções de responsabilidade que não logram esquecer”. Finalizando, porém, destacamos um que de certo modo surpreende por sua peculiaridade. Provém do E A VIDA CONTINUA (feb), envolvendo Ernesto Fantini que, vários meses após ter desencarnado, ansioso, retorna ao lar que fora dele defrontando-se com um quadro que jamais poderia imaginar. Conta: “-Elisa – a esposa -, descansava... O corpo magro, o rosto mais profusamente vincado de rugas e os cabelos mais grisalhos. No entanto, junto dela, estirava-se um homem desencarnado”. Tratava-se de colega de infância, cuja amizade conservara adulto e que, embora também casado, pressentia nutrir atração anormal por sua esposa, a qual, a compartilhava. Anos antes, acreditava ter eliminado o rival numa caçada – na verdade atingido por tiro fatal desferido por outro – e, desligado compulsoriamente do corpo, passou a viver a partir de então na casa e na cama com a pretendida que o percebia pela ignorada mediunidade, ao longo do anos que se seguiram até aquele momento de reencontro”.



Será que o Espiritismo pode explicar porque a maioria dos mendigos são homens? Aqui, em nossa cidade, existem poucas mulheres pedindo esmola nas ruas. As pessoas, que pedem esmola estão pagando alguma dívida ou elas escolheram essa vida? (Anônimo)


Ninguém vem ao mundo para depender dos outros e viver de esmolas. Pedir esmola é a condição humana mais humilhante que pode existir. A pessoa, que chega a esse estado, na maior parte das vezes, já perdeu a sua dignidade, a sua auto-estima, pois não tem amor por si mesma. Contudo, os Espíritos, quando reencarnam, estão buscando justamente o contrário: a sua libertação, a sua autonomia, o seu progresso espiritual. Os problemas da vida não são impedimentos para viver, mas apenas obstáculos que nos servem de desafio.


Quando o individuo cai na mendicância já não se sente em condições de encarar esses obstáculos. Na verdade, ele já desistiu de si mesmo, não dá mais importância a nada, perdeu sua auto-estima e a única coisa, que lhe restou, foi o instinto de sobrevivência, que centrado no aqui e agora. Muitas vezes, ele foi ignorado ou abandonado pela família e, caindo na mendicância, abandona-se a si mesmo e acaba sendo abandonado também pela sociedade. Deve haver um considerável número de pedintes com limitações, problemas mentais ou emocionais morando nas ruas, quase sempre embriagados e vivendo numa condição sub-humana.


Talvez o fato de existirem mais homens que mulheres na condição de mendigo possa mostrar que, em geral, os homens são mais frágeis que as mulheres, quando se trata de encarar os próprios problemas e lutar por uma solução. Com muita facilidade os homens apelam para a bebida ou para as drogas, e caem no mundo para andarem sem rumo, como a fugir de si mesmos. As mulheres seriam mais fortes nesse sentido, estão mais preparadas para encarar as adversidades da vida. Não é por acaso que o índice de suicídio no mundo também é bem maior entre os homens.


Do ponto de vista espiritual, a fuga na mendicância pode significar um fracasso moral do Espírito, mas isso não quer dizer que ele nasça para ser mendigo; apenas que está sujeito a trilhar esse caminho, caso não seja bastante forte para vencer os próprios impulsos e reequilibrar-se emocionalmente. Junte-se a isso o fato de que, muitas vezes, o meio em que nasceu não conseguiu ou não contribuiu em matéria de educação para que ele se reerguesse de suas quedas morais em vidas anteriores


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